Relacionamentos

Autoestima no relacionamento

Homem e mulher correndo na praia de mãos dadas
Pablo/Unsplash

Quando estamos em um relacionamento, inevitavelmente iremos procurar suprir as nossas carências e acabamos frustrados porque o outro não corresponde às nossas necessidades, muito pelo contrário, ele em geral nos coloca de frente com aquelas partes obscuras que vivem dentro de nós. Mas por que isso acontece se só queremos ser amados? Por que é tão difícil não projetar no outro as nossas próprias dificuldades e ficar lutando com elas? Por que é tão difícil construir uma parceria que aumente a nossa autoestima e a do outro? Nosso padrão de relacionamento vem dos nossos pais e da nossa infância.

À medida que observamos a relação entre os nossos pais é que estabeleceremos o padrão de relacionamento que iremos ter. As situações difíceis que vivenciamos quando crianças e como nos sentimos naquela época ficam gravadas em nosso cérebro e vão se manifestar no relacionamento com o outro. O outro é o nosso espelho e, quanto mais íntima a relação. mais iremos refletir nossas dificuldades com relação a nós mesmos e ao nosso passado no nosso parceiro(a). Iremos exigir do outro aquilo que nos faltou, iremos ver no outro tudo aquilo que escondemos em nós mesmos. Isso é inevitável e é a razão pela qual vemos, e muitas vezes vivenciamos, relacionamentos abusivos, com sentimentos deslocados (que são tão intensos que não correspondem ao momento presente), relações cheias de brigas e discussões.

Homem e mulher se abraçando em um jardim
Gus Moretta/Unsplash

E qual a solução? Será procurar um novo parceiro? Essa resposta só você poderá dar, mas uma coisa é certa, esse é um padrão de relacionamento que irá se repetir no próximo. Não estou dizendo aqui que se você estiver apanhando deve permanecer no relacionamento para poder aprender. Você pode terminar esse relacionamento. Mas, enquanto não se curar, o padrão se repetirá de formas diferentes em outros relacionamentos. Então, a resposta é procurar o autoconhecimento, a autopercepção, procurar algum tipo de tratamento, e hoje existem muitos que te ajudam a curar essas situações difíceis na infância e o padrão de relacionamento que adquiriu de seus pais.

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E, além de se curar individualmente, você pode utilizar o relacionamento como um mecanismo de cura, quando observa o que te incomoda e o que julga no outro, poderá ir se conhecendo através do outro, percebendo que essas são suas sombras, aprendendo a respeitá-las e integrá-las, crescendo, evoluindo. Quanto mais nos conhecemos e aceitamos quem nós somos e quem o outro é, mais nos sentimos bem e confortáveis em nossa própria pele, e em nossa relação. Melhorar a sua autoestima no relacionamento demanda um trabalho individual e de parceria, é muito mais do que ter alguém pra conversar, beijar e passear, é ter uma parceria de evolução na vida.

Sobre o autor

Juliana Izabel Polydoro

Sou psicóloga, fiz mestrado em psicologia da saúde e há um ano e meio trabalho com terapia EMDR (Eyes Movement Desensitization and Reprocessing).

Sou fascinada pelos resultados dessa terapia. O tratamento consiste em estimulação neurológica por meio dos movimentos bilaterais, para o processamento de situações traumáticas, e os resultados são excelentes. Todos nós temos traumas, em especial de infância, uns mais e outros menos, mas todos temos. E agora temos como curá-los, e é com isso que eu trabalho. Já morei muitos anos fora do Brasil, a maior parte do tempo na Irlanda, e por quatro anos viajei pelo mundo, cada hora em um lugar, e estive em lugares fantásticos, como Índia, Egito, Nepal, Tailândia e na maior parte da Europa. Fiz o Caminho de Santiago três vezes, na última vez caminhei por dois meses e meio. Tudo isso me trouxe muitos ensinamentos e conhecimento de mim mesma e espiritual. Por tudo isso meu foco é atender principalmente brasileiros que moram fora do Brasil e escrever. Adoro praia, dança, vida e calor! Por isso voltei para o Brasil, para a Bahia, vim ser feliz aqui!

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