Convivendo

Vamos pensar além do automático?

Mulher em frente ao mar e ao pôr do sol com os braços levantados
123RF

A motivação é algo pessoal, que muitas vezes depende de ser pessoalmente cuidada e discutida. Às vezes o único pessoalmente disponível é o eu consigo mesmo, o que representa uma complicação e um desafio a mais se pensarmos na falta que um outro faz, um outro que pareça ter aquilo que precisamos, um outro que nos faça entender que tudo que precisamos, muitas vezes, é aprender a crescer sozinhos em um mundo onde ninguém nasceu sabendo.

Porém deixar a estrada de lado porque não há mais acostamento, não nos levará a lugar nenhum.

Como alunos e professores, seria um crime contra toda a história do pensamento deixar de lado a possibilidade de pensar.

E não são os pais, professores e alunos por excelência?

Pensar é como qualquer outra atividade perigosa, como surfar ondas grandes ou escalar montanhas.

Não sabemos como começar, tampouco imaginamos como os que pensam, pensaram e passaram a pensar. Não há como acompanhar os que se dispõem a surfar ondas grandes e escalar montanhas, há que se apenas apoiar.

Mulher sentada em uma montanha olhando para o sol
Daniel Mingook/Unsplash

Apoiar talvez seja mais importante do que ensinar.

Se tivermos apoio em nossas ideias mais simples, poderemos pensar sobre o que nos ensinam.

O certo é que cada pessoa possui sua história e encerra em si mesma, a história de toda a humanidade.

O automatismo, processo psicológico básico que explica o fenômeno de quanto mais repetirmos uma ação ou comportamento, menos temos consciência do que estamos fazendo, faz com que sucessos e fracassos sejam quase a mesma coisa, pois não são transformados em experiência.

Mulher pensativa ao lado de uma árvore
Jon Ly/Unsplash

O que as experiências nos ensinam, teremos de pensar e teremos que sofrer este pensar.

E pensar é perigoso, pois pode nos levar para muito longe de onde imaginamos estar.

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Inspiração talvez seja o que nos falta e o que precisamos.

O pensar nos traz inspiração e ela nos leva a pensar sobre o que é criação do homem e o que é humano, o que deveríamos combater e o que deveríamos simplesmente deixar ser.

Comecemos…

Sobre o autor

Eduardo Marchese Damini

Eduardo Marchese Damini é psicólogo clínico, docente do curso de Psicologia no Centro Universitário Fundação Santo André e Mestrando em Psicologia da Saúde na Universidade Metodista de São Paulo.

Email: eduardodamini@gmail.com