Quero falar sobre a razão. Mas por que especificamente sobre ela? Estamos na era em que todos acreditam tê-la.
Atribuo esse fenômeno a diversos fatores, mas o maior e mais nocivo de todos é, sem sombra de dúvida, a explosão da mídia social. Esse tipo de plataforma trouxe autonomia, espaço de fala e coragem (devido à sensação de falsa proteção por nos posicionamos atrás da tela), para que as pessoas falem o que pensam baseadas numa razão que acreditam ter. E mais que isso, as pessoas sem conhecimento passaram a ter um meio de propagar as suas presunções errôneas.
Mas o que de fato é a razão? Ela é o denominador comum, o final do conceito, a pós exploração para se chegar a solução. É uma lógica baseada no conhecimento amplo da história, da experiência e da estatística.
A razão é o que determina o final da discussão, já que nenhum outro ponto vai sobrepor a afirmativa proposta. E só faz sentido quando o raciocínio debatido termina na falta de argumentos da oposição.
Porém, vivemos na era da falta de razão: a era da santa ignorância.
A razão tornou-se individualizada e ela é uma estupidez quando baseada no próprio interesse. As pessoas não têm medo de assinar um atestado de burrice, não temem ser julgadas, mesmo vivendo simultaneamente na era dos julgadores.
Quando existe consciência de que não há embasamento suficiente para uma afirmação, o subconsciente entende que é necessário procurá-lo. Mas, na mente do ignorante, o que acontece é o efeito contrário: começa a afirmar conceitos como se tivesse absoluta certeza do que profere, como uma forma de defesa da própria falha.
Esse é justamente o maior problema do ignorante: achar que sabe tudo, adotando, em muitos casos, estratégias para encobrir as próprias falhas, de modo que sua insegurança seja encoberta por um manto de verdade que ele criou baseado numa mentira.
O ignorante, em vez de procurar adquirir conhecimento sobre o que diz, para ser julgado de forma positiva pelos demais, tem preguiça e teimosia de confirmar o que pensa e acha ser certo e, na verdade só comprova e atesta a sua burrice. A pior parte de todo esse processo é quando o receptor acredita nesse embasamento e se propagam falsas informações e falsas verdades pela população.
Quando o ser humano é desprovido de intelecto, a mente começa a traçar circunstâncias para que ele trabalhe em cima do que subconscientemente não tem: conhecimento.
A razão, porém, tem um denominador comum que é a relação com o conhecimento e a experiência. Dessa forma, a própria razão se assume como indiscutível: não se pode discutir aquilo que pode ser comprovado.
O raciocínio lógico e coeso é a chave para a razão.
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O estudo é o antídoto para sobreviver à era da desinformação e falta de razão. Procurar sites e fontes confiáveis, pessoas que por anos disseram palavras plausíveis e que são importantes fontes de conhecimento para se auto abastecer de lógicas confiáveis e verídicas.
Você pode parecer esperto aos burros, mas sempre vai se deparar com alguém inteligente e/ou com conhecimento que mostrará o quão volúvel é a sua lógica.