A existência de vida extraterrestre é no mínimo um tema complexo. Acreditar nela ou não depende de como nos posicionamos em relação à questão. O que definimos por vida é o núcleo do tema. A vida pode apresentar-se de variadas formas. Acreditar em vida fora do planeta Terra já nem é questão.
Ainda há pouco tempo foram descobertas bactérias em Marte ou moléculas orgânicas complexas numa Lua em Saturno. Bactérias ou moléculas orgânicas por si só são seres vivos e estando em Marte ou Saturno são extraterrestres. Acontece que, quando tocamos neste assunto, assumimos que os seres vivos que procuramos tenham algumas semelhanças conosco. Que sejam seres intelectualmente superiores, capazes de viagens espaço-tempo e que de alguma forma nos visitem, nos vigiem e contactem.
Esta realidade foi sobretudo criada pela indústria cinematográfica norte-americana, que colocou o mundo a pensar que todos os ET’s seriam homenzinhos verdes, esguios e cabeçudos que sobrevoariam o planeta Terra nos seus discos voadores. Brincando com a situação, espero sinceramente que a humanidade não evolua nesse sentido e fiquemos esteticamente parecidos com essa fantasia! Mas convenhamos que a realidade não pode nem é tão simples assim. O universo observável é algo tão grande que nem o infinito define.
Se pensarmos com lógica poderá dar-se o caso que em outro sistema solar se conjuguem as condições perfeitas para a criação de vida inteligente. Agora a forma ou a cor que tenham, a forma como respiram ou se respiram, a sua orgânica são tudo suposições. Acredito que ainda existam materiais, composições ou mesmo cores das quais somos totalmente alheios e imaginar o que não conhecemos torna-se uma tarefa impossível, pois o nosso conhecimento é a barreira da nossa imaginação. Para fazermos o exercício correto de pensamento sobre o tema, teríamos que nos isentar de todas as preconcepções que temos sobre ele. Teríamos de o racionalizar sobre uma folha branca.
“Querer muito encontrar uma forma de vida semelhante advém do nosso medo primário de solidão. Neste caso, uma solidão coletiva. A humanidade com receio de se encontrar sozinha na vastidão do universo.”
Se por um lado o universo é demasiado vasto para estarmos sós, por outro, se há assim tantas evidências de que a vida extraterrestre existe e nos visita por que não nos apercebemos dela? Por que só um pequeno número de pessoas diz ter estabelecido contato? Por que é que os governos não divulgam informações se estão na posse delas? Não deveríamos nós, enquanto humanidade, estarmos preparados ou sabermos como agir num cenário desses? O silêncio dos governos apresenta-se ou como negligência ou simplesmente como falta de provas e evidências. Um fato curioso é que hoje em dia vivemos na era da imagem e da tecnologia, todos têm como captar imagem quase que instantaneamente e, no entanto, os registros de aparecimentos de OVNIs são mais raros em comparação com décadas anteriores. Este fator poderá fazer-nos pensar que existia muita manipulação de imagem quando esta técnica era mais restrita e não dominada globalmente.
Você também pode gostar
- Conheça os melhores pontos para ver discos voadores no mundo
- Discos voadores: Uma reflexão sobre o passado, presente e o futuro. Confira!
- Conheça o poder do infinito e mude a sua vida
“Nós somos provavelmente a coincidência mais extraordinária de sempre. A conjugação perfeita de todos os fatores.”
Será difícil, portanto, que algo em algum outro lugar tenha sido criado à nossa semelhança. Escolher a palavra difícil é deixar a porta entreaberta a uma pequena possibilidade embora remota. Mas o desconhecido não pode ser certeza, logo me previno sempre com uma pequena chance. Acredito mais que no nosso universo observável iremos encontrar pequenas formas de vida — molecular, bacteriana —, mas sem descartar a hipótese de outras existências.