Olá, eu sou Viviane Manso e estou aqui com Nisargan, meu companheiro de vida, para a gente falar um pouquinho sobre meditação e relação sexual, uauuu… que tema, hein! Qual será a relação? Será que a meditação traz algum benefício para a relação sexual, para o ato sexual, para o enamorar, enfim. Vamos conversar um pouquinho com o Nisargan sobre isso.
Como você acha que a meditação pode melhorar a qualidade da relação sexual? Outro dia eu estava assistindo um podcast e achei superinteressante, porque era uma sexóloga falando que uma relação sexual dela dura 20, dez minutos, quer dizer, hoje é muito comum mesmo, a gente vai transar, é cinco minutos, 20 minutos… que mais… você acha que precisa mais que isso? Você está louca? E aí, né? Primeiro é que não existe esse tempo ideal, mas será que se a gente aumentar a qualidade da nossa presença na relação ela tende a ser melhor?
Nisargan: São várias as questões aí que ela está colocando. Eu acho que o primeiro ponto é que tradicionalmente a meditação está associada ao fato de a pessoa ser celibatária, ela evitar, isso desde a cultura de tudo, então é um enfoque de desenvolver a presença para restringir esse impulso natural. Nós estamos fazendo uma abordagem de meditação contemporânea, que inclui o natural como algo não só aceito, mas o natural com presença, com consciência deve ser acolhido. A transformação positiva, construtiva de nós mesmos, de estarmos em acolhermos o natural, então é uma abordagem diferente da tradicional. No nosso contexto, sexo é natural, você negar a sexualidade é você negar a sua base de vida, ele não precisa e não deve ser negado e o que a meditação traz é eu estar com a minha consciência dentro do que está acontecendo. Se eu estou bebendo água, eu estou sentindo a água. Se eu estou comendo, eu estou comendo, se eu estou falando, eu estou falando. Eu não estou fora do momento presente, eu estou cada vez mais no momento presente.
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Quando nós colocamos isso dentro de uma relação sexual, nós estando no momento presente, quanto mais a gente se dá conta de que nós estamos no momento presente, mais a gente nota um fluir original, cada momento é único, cada desdobrar desse momento surge por si mesmo. Então as relações sexuais passam a ser mais criativas com esse aumento da perceptividade da realidade que nós temos, nós passamos a ter mais consciência das nossas necessidades, de onde a gente gosta mais de ser tocado, qual é a postura mais adequada, vai havendo um encaixe, é um equilíbrio necessário, eu posso ficar só voltado ao que eu quero e esqueço o outro. Tradicionalmente, parece que o homem está mais interessado em aliviar as suas próprias cargas sexuais do que realmente estar atento ao que a mulher gosta, ao que a mulher precisa, ao que a excita mais. Então é um equilíbrio entre o que eu quero, o que eu gosto com o que eu tenho afinidade e a percepção do outro para que fluam os dois juntos, são os dois que estão em um processo de desfrute, de prazer.