O intestino é um dos maiores e mais importantes órgãos do corpo humano. Ele tem neurônios e aloja diversas bactérias, a grande maioria delas tem papel importante no funcionamento do nosso organismo.
O sistema nervoso entérico (SNE), próprio deste órgão, coordena diversas tarefas e controla a extração da energia dos alimentos, independente do sistema nervoso central, embora comunique-se com este, além disto, os neurônios intestinais produzem serotonina (90% de toda a descarga do corpo) — hormônio do bem-estar. Essa substância é apenas uma das encarregadas em viabilizar a comunicação entre o intestino e o cérebro. Então, podemos concluir que o intestino controla muito do que fazemos e influencia no que pensamos.
Diversas pesquisas da Federação Brasileira de Gastroenterologia (“FBG“), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e diversos estudos internacionais, como o Projeto Microbioma Humano (EUA), têm mantido o foco em entender essa conexão intestino–cérebro. Este último projeto citado mapeou as bactérias que estão presentes no nosso organismo e buscou entender como a flora gera interferência na predisposição à doenças e tem capacidade para influenciar nosso comportamento e emoções.
Uma outra questão interessante é o fato de que, por razões hormonais, as mulheres estão mais sujeitas a problemas no abdômen do que os homens. A FBG constatou impacto na qualidade de vida da grande maioria das mulheres entrevistadas quando da ocorrência destes incômodos (prisão de ventre, inchaços, etc.), gerando variações no humor e perda na concentração, ou seja, alterações comportamentais.
Outro ponto relevante está relacionado aos estados de ansiedade e depressão. Estudos apontam que pacientes com depressão apresentam desde alterações de apetite a problemas na flora intestinal, assim como aqueles com transtornos de ansiedade, então houve constatação da conexão cérebro–intestino.
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A boa notícia é que podemos prevenir e reverter desequilíbrios modulando a flora intestinal, melhorando o funcionamento do segundo cérebro com a alimentação, estilo de vida e cuidado com doenças preexistentes. Algumas dicas (consulte uma nutróloga ou nutricionista para questões relacionadas à alimentação): consumo de probióticos e prebióticos, diversificar e equilibrar a dieta, redução/controle do nível de estresse (exemplo: meditação, Yoga), dormir bem.