Com certeza você já reparou a sua volta a oferta crescente de produtos sem glúten, assim como deve ter amigos ou parentes que optam por uma dieta livre desse composto.
Atualmente observa-se um número crescente de pessoas intolerantes ao glúten, além dos celíacos.
Os portadores da doença celíaca têm um grau de intolerância elevado de tal forma, que o mínimo contato com glúten pode colocar sua vida em risco, desencadeando diarreia, fechamento de glote, cólicas e diversos outros sintomas.
Os intolerantes podem apresentar anemia, enxaqueca, artrite, infertilidade, depressão, fadiga e vários outros desconfortos, porém não precisam de um controle tão rígido, não necessitando investigar se existem traços de glúten em tudo que consomem.
Já parou para se perguntar por que isso está acontecendo?
Diante do crescimento da intolerância ao glúten, vários estudos passaram a ser realizados em busca de um fator que justificasse esses dados.
No livro “Barriga de trigo”, o cardiologista William Davis acredita que o desenvolvimento dessa intolerância está ligado à mudança genética que o próprio trigo sofreu ao longo dos anos.
Davis aponta diversos problemas que o consumo de glúten pode acarretar, mesmo para quem não é intolerante:
- Dependência (tal qual substâncias viciantes)
- Obesidade
- Acnes e espinhas
- Doenças cardiovasculares
- Lipogênese
- Envelhecimento precoce
- Diabetes
- Resultado metabólico de natureza acídica
Contudo, mesmo diante dos estudos apresentados, pode parecer desafiador optar de forma espontânea pela redução do consumo de glúten.
Deixar o pãozinho de lado, a pizza de domingo, assim como as pastas da mamma, é algo que não passa pela cabeça.
Porém, indo além dos estudos, existe um convite para você experimentar e provar como se sente ao reduzir o consumo de glúten no seu dia a dia, avaliando e percebendo como seu corpo se comporta, para então fazer uma escolha consciente, baseada na sua experiência.
Vou dizer que faz dez anos que optei por deixar o glúten fora das minhas refeições. Meu nível de vitalidade, imunidade e bem-estar cresceu de forma exponencial, mas essa é a minha percepção.
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Diante de minha escolha, ao longo desses anos, desenvolvi diversas receitas que trazem satisfação e prazer.
Uma delas é o pão de amêndoas. Anota a receita, pega o avental, e vamos para a cozinha!
Pão de amêndoas
Serve: 6 pães
Ingredientes
- 1 xícara de chá de farinha de amêndoa
- 1/2 xícara de chá de aveia em flocos médios
- 3/4 de xícara de chá de polvilho doce
- 1/4 de xícara de chá de azeite
- 2 colheres de chá de sal
- 1 sachê de fermento biológico para pão
- 1 colher de sopa de açúcar
- Mix de sementes a gosto
Modo de preparo
- Em um bowl pequeno, misture o fermento com o açúcar.
- Adicione 1/2 xícara de chá de água morna e misture. Reserve.
- Em um bowl grande, coloque a aveia, a farinha de amêndoa, o polvilho doce e o sal. Misture.
- Adicione o azeite, 1/2 xícara de chá de água e o fermento dissolvido em água.
- Misture, integrando todos os ingredientes.
- Unte 6 aros de modelar alimentos, de 8 cm de diâmetro, com azeite e farinha de mandioca.
- Distribua os aros sobre uma assadeira untada.
- Distribua a massa, preenchendo os seis aros por igual.
- Polvilhe a superfície dos pães com o mix de sementes.
- Deixe descansar por 15 minutos.
- Leve ao forno preaquecido a 180°C por cerca de 45 minutos.
- Retire do forno e distribua os pães sobre uma grade.
- Espere esfriar antes de cortar (o pão continua seu processo de cozimento, depois que sai do forno).
Dicas
- A água a ser misturada no fermento deve estar morna, com uma temperatura agradável para mergulhar o dedo, de forma que não desestabilize o fermento.
- O pão pode ser armazenado em recipiente fechado por até 5 dias na geladeira, ou dois dias em temperatura ambiente.
- Você pode enriquecer o seu pão, acrescentado algumas sementes à massa.
- Você pode optar por assar o seu pão em uma forma de bolo inglês, no lugar dos aros.
Bom apetite!