Para que haja uma relação, é necessário haver pelo menos dois elementos, no caso, um abusador e um abusável. O abusador contém uma boa dose de psicopatia e um histórico complicado.
Mas não é para o abusador que vou escrever agora, e sim para o abusável.
O abusável é um ser carente que precisa do outro.
Ok, somos seres gregários e precisamos de alguém, mas o grau de importância que o abusável dá ao outro é excessivo, ele depende do outro.
Depende do outro para ser validado, para ser protegido, para perceber seu valor, para que o apoie, o perceba, e que, principalmente, corresponda a todas as suas expectativas.
E com esse perfil, uma pessoa só pode ficar porosa, cheia de lacunas a serem preenchidas, e por quem?
Pois é, pelo abusador.
Esse tipo de relação é mais frequente do que se imagina, e é permeada de vários matizes, desde pequenos abusos, até assassinatos do corpo e da alma.
A princípio, o abusador vem camuflado de benfeitor, príncipe/princesa, aquele que vê em você o que ninguém nunca viu, que percebe suas necessidades e as satisfaz, que preenche expectativas…
É a “fome com a vontade de comer”. A fome de afeto, de acolhimento e preenchimento, com a vontade de comer vidas.
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O abusador quando descoberto, revelado, não se detém, apenas muda de táticas; se mostra arrependido, pede perdão, traz presentes, se precisar até chora, mas continua abusador, numa relação de “morde assopra”.
Para que a gente perceba que está em alguma relação abusiva, é preciso “iluminar”, colocar luz (lucidez) em nossas relações.
Da mesma maneira que o outro percebe nossas carências, nós também precisamos percebê-las, e preenchê-las, supri-las.
Relações de abuso acontecem o tempo todo; entre parceiros (homo ou hétero), pais e filhos, mães e filhos, vizinhos, amigos, colegas de trabalho…
Onde houver pessoas, haverá as que se enfraqueceram e as que enfraquecem o próximo, as que drenam a energia do outro tal qual um vampiro.
Qual a saída?
Perceber, iluminar, ver!!!
E crescer.
Cresça!!!
Cresça em autoestima, em responsabilidade pela própria vida, em empenho e dedicação a você, em amor-próprio.
Esse é o antídoto.