“Quem não vive para servir, não serve para viver.” (Mahatma Gandhi)
Ao longo do processo civilizatório, o ser humano vem adquirindo conhecimentos e crescendo na proporção do seu grau de inteligência. A partir do século XIX, quando do surgimento da Doutrina Espírita, houve uma grande expansão nos avanços científicos e culturais por conta do contexto histórico do Iluminismo.
Daí em diante, a evolução tecnológica deu saltos surpreendentes, oportunizando a divulgação dos fatos e trazendo à luz conhecimentos dantes considerados como sobrenaturais. Nos dias de hoje, não há como alegar desconhecimento daquilo que somos: Espíritos.
E, seguindo os preceitos morais que Jesus nos deixou, aliados aos esclarecimentos incontestes que a Doutrina Espírita nos confere, o ser humano tem como avaliar conscientemente a razão de sua existência.
A par disso, cabe escolher os rumos de sua vida para o bem ou para o mal. Cada dia que passa é um tempo que recebemos do Criador, ressaltando que quando perdido, não retorna, ou seja, alongamos por vontade própria nosso processo evolutivo sempre crescente e incessante. É comum encontrarmos pessoas totalmente ausentes às necessidades dos outros, agindo egoisticamente e vivendo de forma totalmente inútil.
Essa chaga que acomete o ser humano é o maior obstáculo do seu progresso moral. Como ser social, nenhum de nós pode viver isoladamente. Todos são necessários a todos! Esses que assim procedem ainda não se aperceberam de que vivemos submetidos às leis naturais e a causa e efeito integram as nossas atitudes. Observamos que no campo do crescimento moral existe um vácuo imenso, ainda a ser corrigido.
Essa imperfeição e tantas outras fazem parte do nosso histórico espiritual através dos séculos. Precisamos podar essa raiz cuja árvore só produz frutos maus, e buscar a renovação interior, participando da vida coletiva, praticando a fraternidade com todos. Trata-se de um processo longo e árduo. Porém, antes de tudo, temos que ter a vontade para iniciar esse novo caminho. Imprescindível também a perseverança, para que uma nova raiz se consolide tornando-se uma árvore saudável.
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O melhor terreno para que plantemos essa nova raiz é aquele que seja cultivado com a semente do amor. Ele será a seiva que evitará que as ervas daninhas destruam os bons frutos… Nesse processo de renovação, libertemo-nos dessas amarras do passado e iniciemos a transformação dos nossos pensamentos, comportamentos, hábitos e práticas. Procuremos, nesse universo de equívocos, fazer a diferença para o nosso bem e dos nossos semelhantes, já que o exemplo é duradouro e a palavra fugidia…
Devemos nos perguntar sempre: qual o tipo de frutos que estou oferecendo para o mundo? (Não importa o quanto melhoramos, importa, sim, que melhoramos. Não estamos inertes nas sombras, mas buscando a luz.)