Existem várias técnicas de psicoterapia e de autoajuda para auxiliar na busca de respostas sobre o sentido da própria existência. Um exercício muito revelador é se olhar no espelho. Você já se olhou no espelho de forma profunda frente a frente consigo mesmo? Se sim, quais sensações você teve? Confesso que nas primeiras vezes que tentei, 100% dos pensamentos e sentimentos eram negativos. A partir desta consciência, comecei a utilizar o EXERCÍCIO do PERDÃO como ferramenta para destravar esses bloqueios. Qual sua autopercepção e autoimagem? Já fez o exercício de perdoar a si mesmo? Desde a infância nos ensinam a pedir desculpas para alguém quando fazemos algo que socialmente parece “errado”, mas por que não fomos ensinados a ter gentileza com nosso próprio EU? A pedir desculpas e seguir com generosidade a nós mesmos?
Autoconhecimento: uma ferramenta para mudança de Rota!
“Se queres acordar toda a humanidade, então acorda-te a ti mesmo, se queres eliminar o sofrimento do mundo, então elimina a escuridão e o negativismo em ti. Na verdade, a maior dádiva que podes dar ao mundo é a tua própria autotransformação.” -Lao Tsé
A forma como enxergamos o mundo tem muita relação com nossa primeira infância (0 a 6 anos), como padronizamos e processamos nossas experiências, principalmente familiares. Talvez você tenha vivido momentos difíceis. Talvez, do seu ponto de vista (porque é sempre de acordo com a perspectiva pessoal), lhe faltou amor, respeito, cuidado etc. Talvez, não tenha havido a presença do pai, da mãe ou de ambos. Ou, como na maioria dos casos, houve presença física dos pais/responsáveis, mas não houve presença emocional (ex.: havia presença afetiva dos responsáveis no momento do jantar? Havia um “boa noite” cheio de amor ao ir dormir? se sentia acolhido e amado?). Se essas experiências foram negativas quando criança, de certa forma, você cocria seus “fantasmas” e traumas atuais baseados nessas referências, e assim projeta nos relacionamentos a programação da sua “matrix”, olhando o mundo externo e interno com um “kit de lentes desfocadas” da realidade (lentes de desamparo, de crítica, de desamor, de abandono etc.). Mas gostaria que você soubesse que seus pais/responsáveis fizeram o MELHOR POSSÍVEL dentro da realidade deles. Cada um tem sua “criança interior” com suas próprias feridas. Você já perguntou como foi a infância dos seus pais, dos seus avós? Quais dificuldades enfrentaram?
Neste contexto, é libertador refletir sobre o versículo bíblico que virou ditado popular: “Antes de olhar o ‘cisco’ nos olhos do seu irmão, veja o ‘galho’ que há em seus próprios olhos!” O cisco representa a atitude do outro perante dada situação. O galho representa nossos próprios “fantasmas”, traumas e medos, os quais projetamos no outro. Segundo Carl G. Jung, psiquiatra e psicoterapeuta, projeção é ver no outro o que temos dentro de nós (só vemos fora o que há dentro de nós reprimido ou suprimido no inconsciente). Então, quando algo o incomoda na ação alheia, significa que “surgiu” um lindo convite para analisar a origem dos seus próprios sentimentos. Podemos nos perguntar: por que isto me incomoda? O que posso aprender sobre mim mesmo diante deste desafio? Ex.: se o desrespeito do outro me incomoda e projeto nele minha própria falta de respeito (projeção), de que maneira eu também não me respeito? De que maneira não respeito às outras pessoas? Se a agressividade me incomoda, em quais situações sou agressivo comigo mesmo e com os demais?
Por meio dessas análises introspectivas e questionamentos internos a cada incômodo, você tem a oportunidade de desenvolver o autoconhecimento, domínio próprio e trazer à consciência o que estava encoberto no inconsciente (sombra). Isso me faz lembrar uma frase linda e tão profunda que é um mantra em minha vida: “A escuridão é a luz!” (Rumi). Ah, que lindo se conhecer! Ah, que desafio! Quanta dor momentânea brota ao tirar a “sujeira debaixo do tapete”, quão doloroso é expor as próprias feridas, quanto desespero em não ter (ainda) respostas para tantas questões e perguntas que emergem quando se traz luz à escuridão! Mas logo após esse período “duro”, quanta paz no coração! É algo indescritível! Desejo a você leitor, que tenha a oportunidade de vivenciar essa experiência!😉
Quer trilhar um Novo Caminho?!
A essa altura você deve estar se perguntando, como experimentar?! Creio que não existe uma fórmula, é uma questão de fazer uma ESCOLHA! A escolha é sua! A escolha é minha! Escolher continuar dentro do padrão de crenças limitantes e negativas que levam a resultados ruins e permanecer como “vítima” da sua própria história, ou escolher se vai “tomar as rédeas” da própria vida! Você decide!
Virar a página requer coragem! E mais do que virar a página, o importante é iniciar um novo capítulo, com um RUMO totalmente diferente da inércia que segue até hoje! Escrevendo o texto, tive um insight (ideia) muito importante (…), para que seja possível o NOVO, é preciso deixar ir o VELHO! Mas como?! Aí me veio a analogia da página em branco que há nos livros entre o término de um capítulo para o próximo. “Página branca” é exatamente o momento em que você não aguenta mais viver da mesma maneira, repetindo os mesmos padrões de descontentamento. É na “página branca” que você respira fundo e mergulha para dentro de si e analisa tudo que ocorre dentro. “Aquilo a que você resiste, persiste” (Carl G. Jung), então deixe vir todas as emoções, choros, tristezas e tudo que precisa ser “descoberto”. Em algumas das minhas experiências de deixar ir, me prostrei e chorei, chorei, e chorei mais um pouco! E ao final, ao cessar o choro, a sensação de alívio e paz é seu guia para entender que está pronto para o “ponto de virada” para seguir rumo ao NOVO.
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Convido-o, assim como eu DECIDI, a escrever um novo capítulo, no qual ESCOLHO que as coisas negativas do passado não têm mais poder sobre minha vida; escolho me amar, me perdoar e aceitar a mim mesmo e os outros como são! Aceitar que cada um tem sua história, e está tudo certo!
Vamos juntos nesta jornada?! E quando errar o caminho, não tem problema, apenas “recalcule”. Ah, um detalhe importante! Verifique se o “destino final” da rota está mesmo em direção ao “novo caminho”. Porque o EGO, MEDO e CRENÇAS LIMITANTES têm um grande poder de conduzi-lo (automaticamente) para os velhos padrões (afinal, você esteve tantos anos nesse padrão que se transformou em hábito). Apenas volte para seu “centro” com gentileza, porque não importa quantas vezes “saia do centro”, mas sim, quantas vezes consegue voltar, e a cada volta estará mais resiliente. Então, quando estiver fora da rota, ligue seu GPS que vai dizer “recalculando”, e siga em frente até o próximo “RECALCULANDO”!
Ótima viagem!