Perdão X Culpa
O ato de perdoar é a forma mais generosa, humilde e empática que a humanidade tem para desvincular-se de coisas, pessoas e/ou situações, assim, percebe-se uma leveza instalada na sua mente e em seu coração.
O fato de termos mágoas e culparmos outrem ou nós mesmos diante de determinada postura revela o quanto criamos expectativas e então demonstra que a nossa parte controladora precisa estar no comando, “custe o que custar”. Direcionamos bastante energia neste contexto e, se algo der errado, nos decepcionamos e nos culpamos ou culpamos outrem do insucesso.
A culpa então vira uma extensão da “incapacidade” de acertar, resolver, solucionar… e carrega com ela uma falsa sensação de compensação, geralmente há uma substituição do lugar de derrota pela culpa. A repercussão disto é uma experiência mal assimilada que configura ou reconfigura crenças limitantes relacionada às relações intra e interpessoais e, principalmente, à sua capacidade de realização, coragem diante da vida e dos riscos inerentes ao ato de viver.
A maior dificuldade é perceber que, na realidade, essa culpa é pesada e vai travando diversos âmbitos da vida, afinal, para carregarmos algo muito pesado, precisamos de muita energia, força, disposição… com isto, de forma pouco ou nada consciente, deixamos de lado as coisas e/ou pessoas, metas,…, gerando baixa vitalidade e autoestima,…, “fraqueza” para realizar atividades habituais em casa e/ou no trabalho, queda de imunidade,…, começam a aparecer sintomas no corpo físico…, ou seja, uma cadeia de sabotadores internos ganha espaço e tudo parece estar em desequilíbrio neste momento.
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A culpa aprisiona a mente, o perdão traz à luz da consciência a necessidade de sermos livres e direcionarmos nossas energias para o que é leve, impulsiona, traz sentido, amorosidade e humildade.
Se você está se sentindo assim, se começou a perceber essa perda de energia, reflita sobre a culpa ou o ato de culpar outrem, pratique o autoperdão, perdoe aquele que lhe fez algo não tão positivo e entenda uma coisa muito importante: o que é do outro deixa com o outro, o que é seu fica com você, ou seja, agregue apenas aquilo que faz sentido para a sua evolução como pessoa, como profissional, deixe todo o “resto” que não lhe agrega com aquele que fala, sente, escolhe ser desta maneira; separe o que é seu, o que o toca, o que ainda precisa aprender daquilo que não tem nenhum motivo para o atingir seja porque você “passou de fase”/aprendeu, seja porque é o perfil de outrem não o seu, seja porque não acredita ser certo… escute mais sua intuição e perceberá como conduzir este processo.
O outro está em um estágio de consciência, maturidade, evolução/aprendizado diferente do seu, então, não exija que pense e/ou se comporte como você, todos somos falíveis… até mesmo você. Respeite o espaço, as escolhas, a vida do outro… respeite-se, dê espaço no seu coração à compaixão.