As pessoas em geral têm dificuldade de se desvincular de hábitos, relações e situações diversas e, muitas vezes, acabam confundindo um estado de angústia, incômodo, dor e tristeza com o que são e o que verdadeiramente faz sentido para suas vidas… e isso por um simples motivo: se acostumaram tanto a viver desta ou daquela maneira que ao sair deste estado é como se uma parte lhes fosse arrancada…
E, sim, claro, essa sensação é comum já que, na maioria dos casos, há um preenchimento de algo dentro de si com o que está fora. Então, quando é tirado, abre-se um buraco com que não se aprendeu a lidar e passa-se a entender como cuidar, cuidar de si mesmo…
É muito importante falarmos da diferença entre o que você é e aquilo que representa a sua essência, que você nasce com ou adquire por mérito, evolução, aprendizado… e dos seus “estados” físico, mental, relacional, material…, os quais representam “passagens”, momentos, vivências, interações… necessários para a sua caminhada, para a sua vida. Mas, ao mesmo tempo, há um dinamismo intrínseco ao ato de viver, muitas vezes deixado de lado por mero comodismo, afinal, a vida é dinâmica e estamos em movimento, em constante aperfeiçoamento… “tudo muda o tempo todo…”, já dizia Lulu Santos…
O que você é ninguém jamais “tira” de você. As pessoas não têm esse poder. E você, bem…, você convive 24 horas por dia consigo mesmo e não se desgruda, mesmo que negue às vezes… Agora, o que você “está”, seja o que você tem, seja com quem você conviva, não pertence nem a você nem a ninguém, mas pode variar, pode ser igual ao estado de outrem ou pode se tornar apenas de outrem. São tantas variáveis envolvidas…
Relacionamentos não representam quem você é, mas representam onde você escolheu estar, com quem você entendeu que seria interessante estar. Idem para as escolhas de adquirir um bem material… Não se reduza a isto. Foi uma escolha. Sendo assim, você pode e deve mudá-la, principalmente se, de alguma maneira, você priorizá-la diante da sua essência. Não permita que as suas escolhas, coisas, pessoas e relações em geral “possuam” você. Compreenda que é você que as tem, que é apenas uma escolha diante de um determinado contexto, que é um estado de consciência e pode ser transitório, e isso depende do que faz sentido e faz bem para você…
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Cuidado com as suas escolhas. Passar “por cima” do “SER” não é uma estratégia interessante, pois adoece, enfraquece e pode tirar o SENTIDO da vida, afinal, ele só pode ser encontrado quando você enxerga o seu lado de DENTRO.
Já dizia Osho: “O outro não o preenche, preenchimento é interno”.