Tenho um relacionamento há 33 anos, conheci com 18 anos, em 1982, era uma menina. O Carlos chegou na minha vida trazendo o questionamento, e como se tudo antes dele fosse automático, como ele já fazia terapia, começou a me perguntar “Mas por que vc aceita isso?” e aí eu pensava “Nossa, ele tem razão, não precisa ser assim”. Em outras palavras trouxe o acesso ao mundo psicológico, eu conhecia o mundo espiritual, de aceitar, mas eu podia questionar a vida, querer mais.
Sempre fomos parceiros de alma, contávamos as nossas dores um para o outro, tínhamos uma historia de família muito desafiante e sempre nos apoiávamos quando doía mais.
Depois de cinco anos veio o primeiro presente, a maior oportunidade de crescimento, termos um filho, me lembro do desafio de carregar na barriga, da mudança do meu corpo, dos enjoos, mas que depois quando ele se materializou no meu colo, todos aqueles sentimentos, ficaram muito menores, ser mãe. Fiquei e sou completamente apaixonada pelo bebê querido, acessei o melhor e maior sentimento da minha vida, o amor incondicional, a doação total, me lembro até hoje a sensação dele sugando com muita força no meu peito, como é possível alguém tão pequeno com tamanha força.
Nosso relacionamento atingiu o primeiro estágio: éramos dois e nos tornamos três. Nossa dedicação ao crescimento do nosso bebê foi em período integral, queríamos o melhor para ele, mesmo que ficássemos para depois, a prioridade era o nosso filhote. Nessa fase a nossa relação ficou mais distante, apesar de estarmos perto e termos o desejo de família.
Quando ele tinha quatro anos e meio, senti um chamado no meu coração, a minha alma clamava por mais um filho, não sei explicar direito esse sentimento, mas posso garantir que ele gritava na minha alma.
Meu desejo se materializou e uma linda princesa, digo linda pois a Stephanie foi linda desde o primeiro dia de vida. Como diz o Paulo Coelho: “Tem certas bençãos que chegam em nossa vida estilhaçando todas as vidraças”, assim fiquei 15 dias no hospital entre a vida e a morte, literalmente toquei o fundo do poço, e aí tive uma nova oportunidade de ver os meus filhos crescerem, então prometi a mim mesma que seria diferente, que eu aprenderia a me ver, me escutar. Isso era completamente novo para mim, acho que nesse momento o meu relacionamento atingiu o segundo estágio. Ter a minha princesa me permitiu amar mais leve, foi mais fácil, mais tranquilo, apesar do amor ser absurdamente grande e intenso.
Em uma relação os dois precisam estar presentes, dizendo e vivendo os desafios que são da vida, alinhar as informações e uma tarefa diária. Como fazer isso? Crescendo pessoalmente, visitando seus desafios e propósitos de vida, fazendo o mapa astrológico que e o GPS de como usar os seus talentos e cuidar das suas dores, com PNL, Constelação, Coaching…
Posso dizer que demos aos nossos filhos o nosso melhor, todo o tempo, energia, a prioridade era para eles, e com essa atitude criamos duas pessoas incríveis de quem me orgulho muito.
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Como eles cresceram chegou a nossa vez, o tempo é nosso, a prioridade é nossa e posso afirmar com toda convicção que vale a pena quando tem amor, esperar o amadurecimento dos dois, muitas vezes o remédio é amargo, mas o resultado foi doce. Tem que ter muita paciência e cuidado, às vezes o desafio é enorme e você pensa “Não sei se vou conseguir”, mas hoje é muito bom ter você ao meu lado, meu amigo, companheiro, amante, parceiro de vida.