A abolição da escravatura aconteceu há um bom tempo. Nos EUA uma Guerra Civil ocorreu antes de formalizá-la; já no Brasil, esse processo durou um pouco mais, contudo seguiu o mesmo caminho. Antes disso, o Brasil já tinha se comprometido com a Inglaterra de não praticar mais o tráfico de negros em embarcações. Ledo engano, pois isso ainda perdurou por 57 anos no interior do Brasil – provavelmente, até hoje todo o planeta ainda passe por isso.
Em nosso contexto histórico, a raça negra foi, evidentemente, a que mais sofreu diferenciação. Isso mudará, estamos na Era de Aquário, logo outra ótica de vida se sobressairá na civilização planetária. Esse signo é o guardião da 11ª casa (consciência social, do coletivo). Além do mais, ele tem como característica marcante a liberdade, então sentimentos de distinção não serão mais presenciados nessa Era.
A Guerra de Secessão Americana (1861-1865) tinha como principal motivo o fim da escravidão. Os sulistas (Confederados) não aceitavam a abolição, por entenderem que os negros eram essenciais para a produção de algodão, enquanto os nortistas (União) queriam o término da escravidão para fomentar a indústria – a questão humanitária não era a causa, mas uma consequência da abolição. O Norte venceu, e mais de 4 milhões de negros nos EUA ficaram livres formalmente.
Ocorre que até hoje esse povo sofre, e, nos anos 1960, surgiu o movimento negro americano, com Martin Luther King. Hoje, como vimos no caso George Floyd e no caso Blake, em que homens negros foram mortos pela força policial, infelizmente a segregação interior se perpetua em alguns, e nem mesmo a lei de alforria pode ser considerada salvo-conduto da plena liberdade de vidas.
Já no Brasil, em 13 de maio de 1888, a famosa Lei Áurea (áurea = ouro) retirou o povo negro da submissão. Todavia, já em 1831, o Brasil, por meio do primeiro-ministro Feijó, já tinha aderido a um acordo com a Inglaterra de que não manteria o tráfico negreiro. Barcos com negros não poderiam mais entrar no Brasil e, caso viessem, seriam severamente punidos de acordo com os termos da Lei Eusébio de Queirós. Porém foi uma legislação sem eficácia alguma, uma vez que os tráficos continuaram por quase 60 anos, e, por isso, esse acordo ficou conhecido como “negócio para inglês ver”, pois, de fato, a sujeição no Brasil perdurava.
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Ser racista é julgar-se superior a outra raça. No nosso cotidiano, isso é mais exacerbado com a raça negra. Qualquer raça que se autointitula mais do que a outra será racista, pode ser um pele amarela com um pele vermelha, até um negro com um branco. Acontece que isso é notório com os negros, em razão da escravidão, como se ela existisse imperceptível aos olhos, contudo totalmente visível aos sentimentos, sobretudo ao sofredor. Aqueles que já têm a percepção disso que tenham compaixão, coloquem-se no lugar deles. Talvez com isso consigam sentir uma fagulha do martírio hercúleo que esse povo tanto passou e passa.
Visto que a Era de Aquário urge em nossas vidas, as mazelas discriminatórias não existirão nestes novos tempos. Somado a isso, esse é o signo que estampa a liberdade, não é um livre formalizado, mas sim uma liberação dos seres de fato, inclusive no tratamento intrínseco de cada um, chegando à finalidade que é a igualdade de raças. Diferenças serão invisíveis, porque, simplesmente, não existirão. Nessa máxima, será “o negócio que o mundo praticará”.