Quando chega o mês de outubro é comum ouvirmos as pessoas falarem que o ano passou rápido e já está chegando ao fim, muitos lamentam que não aproveitaram o quanto gostariam, ou seja, o trem da vida passou e elas têm a sensação de terem permanecido na estação, sem embarcar no trem e aproveitar a viagem.
Mas e esse ano que foi atípico devido a pandemia – onde várias mudanças ocorreram ao mesmo tempo em um curto período de tempo e direta ou indiretamente afetaram todos. Mudanças como ter que ficar em casa para cumprir o distanciamento social, home office, crianças em casa por tempo integral sem poder frequentar a escola, empresas que não resistiram às mudanças e fecharam as portas, auxílio social, empresas que cresceram nesse cenário novo, aumento da violência doméstica, pessoas que tiveram parentes e/ou amigos que morreram de Covid-19, enquanto outras não acreditavam na existência da pandemia, polarização entre crédulos e incrédulos da pandemia, vacinas, uso de máscaras, número de mortos pela pandemia etc. – qual a sensação que você ficou, devido a tudo isso, achou que sua vida foi “interrompida” e você ficou na estação olhando o trem parado, porém não pode entrar e seguir viagem? Ou você vivenciou esse período como vem vivendo todos os outros, com o trem seguindo o percurso e fazendo apenas pequenas alterações?
É normal que as pessoas não tenham pensamentos agradáveis em relação à morte, entretanto diante da pandemia, esse medo pode se agravar. Não só o medo da própria morte, mas também o medo de perder familiares e amigos.
E como será para cada indivíduo vivenciar o Natal dentro de uma pandemia? O Natal que é a celebração da vida, do nascimento do mestre Jesus Cristo, enquanto a pandemia mostra a nossa condição humana, na qual temos certeza que experienciaremos a morte.
No mês em que celebramos o Natal, eu peço que você olhe para diferentes áreas da sua vida e observe se há vivacidade em cada uma delas ou se estão no último suspiro e a causa não é exclusivamente a pandemia. Há vida no seu relacionamento afetivo? Na forma que executa seu trabalho? Ao se divertir? Na sua religiosidade? No trato com as pessoas? Na ceia de Natal, nos presentes e nas caixinhas de Natal que você doa?
Jesus nos lembrou da importância do amor, mas não basta meditar, entendê-lo mentalmente e falar sobre ele. É o amor vivenciado que dá vivacidade, graciosidade aos seus relacionamentos, trabalho, dia a dia… é o amor vivenciado que nos torna mais solidários e mais cooperativos enquanto vivemos a experiência terrena ao atravessar a tempestade da pandemia, nas festas natalinas e na vida cotidiana.
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