Somos eternos aprendizes da vida em um mundo não tão justo nem tão perfeito. Plantamos o nosso futuro com as sementes das nossas intenções.
Vemos barbaridades, como negros serem assassinados com atrozes requintes, apenas por terem nascidos negros. Com a sistemática divulgação de ilícitos de todas as espécies, faz-se apologia ao crime, tornando-o costumeiro. Temos a nossa bela natureza devastada em troca de moedas; dá-se, a cada instante, a banalização da crença pelo descaminho de crentes e a exaltação de posses, guerras…
Esse tormento traz a desesperança, fazendo-nos espiritualmente debilitados, daí ficarmos à mercê da depressão e da ansiedade, a doença surge.
Com o corpo debilitado e a mente enfraquecida, caímos no desalento. Prostrados, sem reação, chegamos ao fim da existência terrena e entramos no plano espiritual como suicidas.
Por que suicida? Sim, suicídio involuntário, porquanto a não luta pelo acerto permitiu a debilidade do corpo e a sua morte, é ter-se deixado envenenar.
Pelo exercício da vontade havemos de ir para a superação, persistindo na justeza do caminho e pautando-o com o equilíbrio.
“Para Aristóteles, a virtude é a habilidade de escolher o grau correto ou a intensidade da ação dentro da escala de possibilidades. Em outras palavras, ser virtuoso é saber escolher o caminho do meio.” 1
Havemos de nos cuidar com o que pensamos, com o que falamos, como agimos e como é o nosso modo de vida na prática da virtude, conforme o postulado aristotélico supratranscrito. Havemos de nos precaver contra o apedrejamento dos desvios a que somos submetidos e que domina o planeta.
Nós, aprendizes, temos de cuidar para que a nossa expressão verbal se dê com adequação aos propósitos do bem; que adquiramos a visão exata do que vemos, pois que, como sabemos, nem tudo é o que parece ser. Que nossas ações sejam compatíveis com o acerto e se prestem ao exemplo; atentarmos ao empenho adequado dos afazeres, não permitindo os excessos que nos debilitam; meditar sobre si e ter modo de vida adequado aos bons costumes, segundo nossa cultura. Para que isso seja possível, o ponto primeiro, fundamental, é ser cuidadoso em manter o pensamento correto para que não seja infectado pelo cotidiano bombardeio de coisas ruins.
Entendamos que esse metralhar de desencantos não deve se prestar à revolta, são lições de como não fazer, nos mostrando a direção do correto.
Guardemos a máxima kardequiana: “O plantio é facultativo, mas a colheita é obrigatória.”
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Quem nada planta, nada colhe, quem planta espinheiro colhe espinhos, portanto não plantemos o ódio apregoado e ao qual somos induzidos; plantemos, a cada instante, o melhor de nós para saborearmos os frutos desse plantio.
Obrigado por me ouvir.
1 Ética em Aristóteles — Sérgio Biagi Gregório