Convivendo Trabalhos Sociais e Voluntários

Um desenhista que virou super herói

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Conversamos com Maxx Figueiredo, que desde 2014 ajuda a elevar a autoestima de crianças e adolescente em hospitais. Com ajuda de um financiamento coletivo ele conseguiu comprar um traje de armadura e visita hospitais e instituições espalhando alegria.

Tudo começou em 2007, enquanto ele andava de moto no Bairro Perdizes em São Paulo e caiu. Esse acidente lhe custou caro, ficou sem uma perna após três meses internado. Ele tem parafusos no braço direito e ainda uma prótese mecânica abaixo do joelho. Se isso lhe impediu de viver a vida e ainda ajudar mais pessoas, você está enganado.

Para muitas pessoas, o desenhista é chamado de Homem de Ferro (o super herói) devido à vestimenta que usa enquanto visita crianças com câncer nos hospitais em São Paulo. O que um dia lhe custou a vida, hoje prova que a superação está acima de tudo. Confira a entrevista com o Maxx:

Crédito: Alex Silva/Estadão

Eu sem Fronteiras: Como é o seu trabalho frente à recuperação das crianças?

Maxx Figueiredo: É um trabalho voluntário, onde levo alegria a um ambiente geralmente triste, onde a presença do herói faz a criança ou o paciente, mesmo que adulto, relembrar os melhores momentos de sua vida onde a figura do herói, dá força com palavras de apoio, levando esse imagético ao paciente, lhe gerando uma descarga de dopamina auxiliando quimicamente em seu estado emocional e, por conseguinte, no tratamento.

ESF: No que consiste a sua rotina?

MF: Não há uma rotina hoje, faço visitas esporádicas. Mas estou me institucionalizando. 

ESF: Como é o seu envolvimento com as crianças?

MF: Pergunto seu nome, onde mora. Procuro saber sobre ela e a partir daí falar algo que ela gostaria de ouvir, baseado no seu perfil. 

ESF: Me fale um pouco sobre o financiamento coletivo. Como foi arrecadar esse dinheiro para comprar o traje?

MF: Foi uma surpresa, pois não imaginava arrecadar tão rápido. 

ESF: O que é mais recompensador desse trabalho?

Crédito: Fernando Moraes/Veja SP

MF: Saber que se está fazendo bem aos outros. 

ESF: Como é o seu trabalho como desenhista?

MF: Agora menor. Mas penso em me dedicar mais. Estou com muitos projetos agora. Tenho que priorizar. Mas sempre me aparecem trabalhos para fazer. 

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ESF: Você acha que as crianças têm mais forças em continuar lutando pela doença quando conhecem um “herói” de verdade?

MF: Sim, em algumas pessoas e até adultos. Mesmo sabendo que é uma pessoa vestida, elas acreditam na ideologia do herói. E isso vai além da imagem. 


  • Entrevista realizada por Angélica Weise da Equipe Eu Sem Fronteiras.

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