Comportamento Convivendo

O desprezo é um rompante da insegurança

Mulher com expressão facial insatisfeita.
ocusfocus / 123RF
Escrito por Andrea Fray

“Sacar” um desprezo desferido é inicialmente tão complicado quanto compreender os diferentes tipos de choro de um recém-nascido.

Como entender os motivos de quem não fala?

Como entender a sutil aproximação e também o sutil afastamento de um ser que às vezes se mostra interessado em você e outras, absolutamente não?!?

O choro expressa, a partir de todo o recurso que o bebê possui, a necessidade de algo que lhe é vital.

O desprezo expõe uma resposta desprovida de inteligência emocional, na qual o ser utiliza da não expressão para demonstrar um arcabouço de sentimentos velados com intenção de ferir pela falta.

Pode ser um familiar, um(a) parceiro(a) sexual, um(a) amigo(a), um(a) colega.

Quanto ao entendimento do choro, a vivência e o instinto orientam. Assim como a boa observação de acordo com frequência, intensidade, horários em que ocorrem e variação tonal do bebê… Vai ficando fácil entender esta linguagem e o relacionamento flui, ainda que impreciso.

Mulher chorando.
Alex Green / Pexels

Quanto aos desprezos “velados”, os motivos são sempre imprecisos e o relacionamento segue aos solavancos, com caraminholas na cabeça e frustração.

Portanto, para entender a situação do desprezo, sugiro que se questione sobre a necessidade e a vantagem que a pessoa possa ter ao:

  • Manipular.
  • Ser aceita socialmente, independentemente de aceitar.
  • Querer sua admiração.
  • Cumprir um papel (familiares, por exemplo).
  • Querer algo muito específico que você tenha a dar em alguns momentos também específicos.
  • Não saber declarar fim definitivo à relação.
  • Ter medo de solidão.
  • Ter admiração exagerada por você e timidez ao revelá-la.
  • Comparar-se, diminuindo-se ou elevando-se.

O que todos têm em comum?

Insegurança!

Importante frisar:

Os mesmos motivos acima servem para você também compreender o porquê você ainda pode esperar ingenuamente algo de uma pessoa inconstante afetivamente e o porquê de mantê-la em sua vida.

Meu apelo é: segure-se em si!

Porque ao “segurar”, se apegar em algo ruim e disfuncional, você não está se segurando no que mais importa e realmente estabiliza a segurança: você no melhor que pode se dar!

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Sobre o autor

Andrea Fray

Terapeuta integrativa sistêmica, pós-graduada em psicologia cognitiva e comportamental com ênfase em terapia familiar e de casal, master em hipnose conversacional (Change Work) e coach - life, leader, professional (turn point).

Possui também especialização em meditações ativas, gestão de pessoas e formação em processos gerenciais.

Idealizadora do método CCD (Current Context Diagnosis) de terapia breve.

Pesquisadora, escreveu artigo científico, abordando a autenticidade como método na clínica psicológica.

Atua desde 2005 realizando atendimentos individuais e para grupos com crianças, adolescentes e adultos em espaços terapêuticos, escolas, CAPSIS, promovendo projetos próprios na área de desenvolvimento humano, atendendo demandas de forma exclusiva, criando propostas e processos totalmente particulares.

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