Ora, ora, um stop ao carnaval, como daremos um start ao ano sem essa largada?
Somente uma pandemia para causar tal impacto sobre a festa mais esperada e respeitada do nosso país, pelo menos sinônimo de alegria, chutar o balde e fazer tudo o que se quer fazer, o que é oculto e negado por uma sociedade rotulada.
De fato, é um evento que causa uma consciência coletiva concreta a quem participa, de arquétipos de liberdade e êxtase, como se fosse um portal que as pessoas entrassem e pudessem acessar tal sentimento.
Um sentimento almejado por tantos milhões de pessoas, a felicidade, a plenitude, a alegria, o batuque ancestral de nossas almas vibrando junto com a bateria da escola de samba. Nós nos reconhecemos a tal ponto de deixar se levar, sem muito esforço, sem pensar.
No entanto, deparamos com centenas de milhares de pendências em nossas comunidades, onde soluções eficazes poderiam trazer esse sentimento almejado em uma data, para todos os dias, fazendo com que as pessoas vivessem mais assim…
E quantas técnicas trazem entendimento e bem-aventurança, cura, paz, contentação, imagine só um evento que pudesse liberar as pessoas definitivamente de toda dor e sofrimento?
O stop é um convite a repensar se o que estamos fazendo é certo, porque ao participarmos estamos dando apoio, então é um aval da população também. E se tudo isso, toda essa energia fosse canalizada em problemas a serem resolvidos e a arte se manifestasse a partir daí, de soluções simples, de pequenas mudanças que geram um impacto efetivo pra comunidade?
Fazer diferente, essa é uma nova oportunidade de estarmos aqui, presentes em consciência, todos sabem o que se passa e o que precisamos, enfim. Um ato coletivo com propósito, um carnaval com propósito, ressignificar as festas comemorativas, reflexão que existe por trás.
É tudo uma grande lição, provação, o que faremos das pistas que nos trazem? O que faremos com o carnaval e com os outros eventos que nos proporcionam também tal horizonte?
Uma energia canalizada, a união das pessoas com propósito, os rios, os mares, as matas são parte de nós. O alimento vem da terra, assim como a água também brota. A inteligência humana ressignificada.
Como seres supremos nos tornamos covid, a humildade se faz necessária, temos de voltar aos nossos ancestrais, à sabedoria ancestral, e pegar o fio da meada que foi perdido, um elo perdido que fundamentará nossos próximos passos.
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Exaltar os valores e nosso real trabalho, que é amar incondicionalmente, expulsar toda vulgaridade e colocar muito respeito e projetos sustentáveis no carro-chefe. O projeto artístico refletido em comunidades pode deixar nosso Brasil muito mais lindo.
Essa é a mensagem que vim trazer hoje, o carnaval utopia, salvem o Tietê, salvem as águas, as matas e nós.