O Arcanjo Miguel ou São Miguel Arcanjo é um dos anjos mais importantes da hierarquia angelical e, para muitos, o braço direito de Deus. Eu não ia escrever sobre ele, é um assunto muito complexo. Mas, como autora de ficção e tendo já publicado um livro “Dark Wings” – com a temática de anjo, com o Arcanjo Miguel representado pelo nome “Michael” (não há diferença nenhuma nos dois nomes, é apenas uma tradução), senti-me senti desafiada e na obrigação de falar sobre essa figura tão importante para o algumas religiões, como o judaísmo e o cristianismo.
Muito conhecido – ainda mais sendo representado em pinturas e esculturas de barro – o Arcanjo Miguel é um dos anjos mais importantes. Isso se não for o mais importante, já que é o príncipe supremo entre esses seres espirituais e está associado à proteção, além de também ser um anjo guerreiro.
Miguel, Mikha’el ou Michael significa “aquele que é similar a Deus”, ou também “quem como Deus?”: Mi= quem, Kha= como, El= Deus.
Arcanjo: arché – angelos = “acima dos anjos, acima dos mensageiros”, “líder/chefe dos mensageiros”.
Lembremos que existe uma hierarquia, e, dependendo da posição de um determinado anjo, ele tem mais proximidade com Deus. Então dá para ter uma dimensão da força e poder de Miguel, ainda mais sendo líder do exército de anjos. Existem até passagens da Bíblia que confirmam esse seu poder. Por exemplo, o livro de Daniel conta como o arcanjo ajudou na luta contra os príncipes da Pérsia e da Grécia. Já o livro de Apocalipse conta sobre a guerra no céu contra Lúcifer, o querubim que se voltou contra Deus e levou parte dos anjos. Nessa guerra, Miguel não apenas era o líder supremo dos anjos, como também se fala que ele se levantara para defender seu povo. Por isso, existem até crenças de que ele seja uma divindade, uma representação da figura divina, ou um ser humano que foi exaltado por Deus.
Deixando de lado essa polêmica da identidade do Arcanjo, vamos focar mais a parte histórica. Na carta de Judas, Miguel é citado como “o arcanjo”, e os santuários em nome dele foram construídos a partir do século IV, quando era visto como um anjo de cura e, com o tempo, anjo protetor. A partir do século VI, a devoção a esse arcanjo se espalhou, fazendo com que as doutrinas sobre ele fossem se distinguindo.
Esse anjo também é associado a milagres, bênçãos e prosperidade, tanto que é sobre isso que tratam as orações e canções para ele.
No período da Idade Média, esse arcanjo era considerado o patrono dos militares e policiais, assim como São Jorge. No século XV, graças às exaltações de Jean Molinet sobre os feitos de Miguel na guerra, este se tornou o patrono natural da primeira ordem de cavalaria da França – a Ordem de São Miguel (1469). Em 1818, foi fundada uma outra ordem de cavalaria em homenagem a esse padroeiro e a São Jorge: a Ordem de São Miguel e São Jorge.
Uma curiosidade: na Romênia existe uma condecoração em homenagem a São Miguel, é uma patente muito alta. Outra curiosidade: ele é o padroeiro dos marinheiros e pescadores, para proteção e abundância.
Como eu disse, este artigo era para trazer essas curiosidades sobre esse grande padroeiro. Era mais do que justo falar sobre ele, até porque há produções artísticas que falam sobre anjos, como as séries “Lúcifer”, “Good Omens”, “Supernatural”, “Legião”, “Constantine” e “Instrumentos Mortais”. Aliás, recomendo todas essas séries, filmes e livros.
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E claro, eu, como autora do livro “Dark Wings” – também sobre anjos –, fiz uma menção ao anjo Miguel e vou lançar duas sequências que vão continuar essa menção. Então era mais do que meu dever escrever sobre isso, essa parte histórica e literária sobre São Miguel Arcanjo. Eu queria trazer um conteúdo diferenciado. Espero que você tenha gostado, e vou amar ver os comentários. Pode ser que eu responda em um story no meu Instagram.