Já calou a fala, os pensamentos e ideias? Já se calou para ouvir com atenção de onde vem tudo isso?
Pedimos silêncio quando precisamos nos concentrar em algo, como se qualquer ruído atrapalhasse o raciocínio.
Pedimos silêncio no cinema, na sala de aula, no teatro.
Pedimos 1 minuto de silêncio em respeito a alguém que partiu.
Pedimos silêncio para os outros e por vezes, pelos outros.
Pedimos silêncio para dormir, que é quando, enfim, conseguimos nos calar.
Gosto de pensar no silêncio como aliado a um encontro genuíno com nossos sons mais agudos.
Uma caminhada no parque, um momento na natureza, meditação ou qualquer coisa que nos relaxe é capaz de trazer um silêncio intenso.
Silenciar nos obriga a olhar para dentro.
Já ouviu atento as batidas do seu coração? O ar que entra pelas suas narinas, já ouviu?
O estalar dos seus menores ossos, quando fazemos qualquer movimento, sabe que som tem?
Já ouviu o tom do seu silêncio?
Quando sentimos fome, o estômago emite o som mais alto que é capaz, como quem tenta nos dizer: “Ei! Aqui dentro! Olha pra mim!”.
Precisamos ter esse tempo para perceber o silêncio como algo que nem sempre é a ausência de som.
Precisamos do silêncio que nos conecta com a nascente da nossa fala, pensamentos, ideias.
O silêncio nos traz paz, acalma, traz tranquilidade para tomar decisões mais assertivas.
Às vezes, a quietude nos leva a ouvir um barulho ensurdecedor. Que esteve sempre ali. Quando optamos por nos calar. E engolir.
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Silenciar nos permite escolher melhor quais sons queremos fazer ecoar pelo mundo.
O mundo.
É preciso escutar o mundo.
Shhh…!
Consegue se ouvir agora?