Nós somos seres relacionais e sociáveis por natureza. Porém a imensa maioria das pessoas enfrenta conflitos em algum tipo de relacionamento em suas vidas. Grande parte desses conflitos é gerada por uma comunicação não eficiente. Comunicarmo-nos de maneira clara é primordial para os nossos relacionamentos e, principalmente, para o nosso bem-estar físico e emocional. Muitas pessoas, por não “conseguirem” se expressar como gostariam, acabam por viver conflitos internos, e muitas delas arrastam isso por toda uma vida. O que lhes gera o famoso “engolir sapo”, que, cedo ou tarde, desencadeará doenças emocionais e, até mesmo, físicas. Bem, isso não é segredo para ninguém. Já está mais do que provado pela Medicina que reprimir sentimentos traz doenças. E doenças graves. Por outro lado, existem outras pessoas que explodem constantemente. E, como dizem por aí, “chutam o balde”. Bem, algumas vezes, “chutar o balde” será interessante! Falaremos um pouco mais sobre isso, mais para frente. É importante que fique bem claro que o hábito de utilizar a famosa “explosão”, sempre, também poderá trazer uma série de problemas e conflitos externos na vida e nos relacionamentos em geral. Então podemos entender aqui a importância de se desenvolver uma comunicação eficiente, por meio de uma linguagem eficaz.
Existe um pressuposto da PNL (Programação Neurolinguística) que nos diz que é impossível não nos comunicarmos. E isso quer dizer que, em tudo que nós fazemos, estamos nos comunicando. Seja por meio dos nossos gestos, expressões faciais ou até mesmo do nosso silêncio. Então o que acontece é que, muitas vezes, estamos emitindo, ainda que sem saber, uma comunicação que pode estar contribuindo para que as pessoas respondam de alguma maneira contrária à que gostaríamos.
Uma comunicação clara, dizer aquilo que se pretende, dizer de maneira transparente, no momento e do jeito corretos, buscar entender o outro e, principalmente, certificar-se de que sua real comunicação está sendo entendida como você gostaria é fundamental para que os seus relacionamentos sejam saudáveis e para que você consiga construir relacionamentos produtivos. Uma comunicação real e focada fortalece os elos relacionais, ao mesmo tempo em que trabalha o respeito do outro por você, e o ensina a manter limites. Em contrapartida, uma comunicação incoerente, reativa, confusa e ineficaz pode enfraquecer os relacionamentos, afastar pessoas interessantes ou ainda fazer com que o outro perca o respeito por você e invada o seu espaço. Claro, nós nunca poderemos controlar 100% as interpretações vindas do modelo mental do outro. Porém é bom buscar, ao máximo, evitar distorções na comunicação. Afinal de contas, conflitos nos relacionamentos geralmente partem das distorções das comunicações.
E o que fazer quando percebermos que a nossa comunicação não tem sido eficaz e que o outro esteja, por exemplo, ultrapassando os limites conosco e nos desrespeitando? Bem, como já foi esclarecido neste artigo, podemos adotar as seguintes posturas:
Postura 1: utilizar de uma linguagem clara e transparente. Falar do que gosta, dizer do que não gosta de maneira tranquila, dizer o que precisa ser dito no momento certo e da maneira correta, ou seja, conversar. Lembre-se: uma conversa implica falar e ouvir.
Postura 2: negociar com o outro. Buscar uma comunicação não impositiva, agressiva, reativa ou defensiva, e usar de combinações, trocas e negociações.
OK, mas e se, mesmo depois de ter adotado a postura 1 e a postura 2, eu continuar a não obter o limite e o respeito do outro?
Então, você pode adotar a postura 3: afastar-se da pessoa calmamente e sem dizer uma só palavra. Essa simples postura poderá evitar que você tenha a sua energia sugada e se desgaste. Simplesmente sair e deixar a pessoa falando sozinha costuma ter um ótimo efeito.
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Hmmm… E se, ainda assim, o outro continuar a invadir o meu espaço?
Bem, talvez nessa hora seja necessário adotar uma postura mais rígida!
Postura 4: “virar a mesa” e “chutar o balde”.
Algumas vezes, será necessário se defender mais duramente das invasões e falta de limites do outro. Existem algumas pessoas muito sem noção. E essas apenas aprenderão a nos respeitar quando receberem uma boa “virada de mesa” e falarmos bem claro para elas: “Epa! Aqui não!”. Mas lembre-se: isso jamais poderá se tornar um padrão!
Nós podemos ser pessoas boas, educadas, ouvintes e flexíveis. Devemos conversar e negociar, buscar uma comunicação clara e eficiente, mas, ainda assim, existirão pessoas que só mudarão de postura após uma comunicação mais firme.
E lembre-se: quando você se respeita, o outro te respeita.