Constelação Sistêmica

Constelação tem a ver com religião?

Mão segurando objeto de madeira em formato de uma família
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Escrito por Ana Paola Lamanna

O medo do desconhecido é o que mais limita o ser humano. Se é desconhecido, que ao menos se possa pesquisar e analisar, buscar sentido que tenha coerência no que se propõe e resultados que possam ser presenciados antes de chegar a julgamentos precipitados. O preconceito de muitos que consideram e julgam o método terapêutico da constelação sistêmica familiar ligado ao misticismo, espiritismo, umbanda é um grande equívoco.

Muitos confundem espiritismo com espiritualidade. O que a constelação sistêmica traz é o desenvolvimento da espiritualidade, que é inerente a todo ser humano, por meio do autoconhecimento e da conexão com nossas emoções e nossa essência.

É uma poderosa ferramenta que até mesmo muitos psicólogos, psiquiatras e psicanalistas têm adotado de forma complementar e conseguem, assim, potencializar os efeitos em seus atendimentos que se mostraram muito satisfatórios. Reorganiza a família em sua ordem e função, unindo e incluindo aqueles que estavam afastados pela dor de um amor ressentido, inclui aqueles que foram julgados sem ter a oportunidade de se sentir pertencente à família e mostra o que é um pertencimento saudável, sem abrir mão de si mesmo, ou seja, trabalha também no resgate do amor-próprio, na autoestima do indivíduo.

A constelação sistêmica traz uma abordagem também fundamentada em estudos comprovados pela biociência, como a Epigenética. Além disso, não podemos deixar de mencionar o campo mórfico, trazido por Rupert Sheldrake.

Família deitada no chão.
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A religião traz uma questão delicada, pois é muito particular para cada um. Em contrapartida, ao considerarmos que Deus é amor, o que se manifesta na abordagem sistêmica é exatamente o fluxo de amor que se irradia para a família. Não somente à família, mas ao próximo, inclusive por meio do fortalecimento da empatia, empatia esta que fortalece o sentimento de gratidão, os laços familiares e com o próximo. A religião traz muitas vezes em seus dogmas algo que desune os seres humanos, quando permite julgar o próximo por acreditar em uma religião ou doutrina diversa, mas, enfim, cada um é livre para acreditar no que o faz se sentir bem, desde que não condene o outro por isso, mas que, ao menos, pare para refletir e se abra para questionar e enxergar possiblidades que o façam perceber a vida de uma nova maneira, fora da caixa.

Deixemos de ser preconceituosos com o que muitas vezes desconhecemos ou com o que conhecemos de forma superficial.

A constelação sistêmica apresenta uma abordagem também fundamentada em estudos comprovados pela biociência, como a Epigenética. Além disso, não podemos deixar de mencionar o campo mórfico, trazido por Rupert Sheldrake.

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Além dos nossos tão conhecidos 5 sentidos, o/a profissional em constelação ou terapia sistêmica estuda e se utiliza de elementos como a percepção, a intuição, a observação, a sintonia, a compreensão, que, juntos, compõem nosso sistema dos sentidos em conexão com nossa consciência. Sempre estiveram conosco e à nossa disposição.

Aprimoramos essas capacidades inerentes a todos os indivíduos quando vamos em busca de desenvolver nossa espiritualidade.

A mente é muito mais do que um cérebro pensante. Desligamo-nos muito do SENTIR com o tempo. Não somos só um corpo, mas temos uma consciência e uma alma que fazem parte do que somos, então por que não as utilizar em benefício do nosso bem-estar e em benefício do próximo?

Sobre o autor

Ana Paola Lamanna

Quando iniciei esse caminho de autoconhecimento, notei que não existem coincidências. E quando me tornei terapeuta, percebi que não seria diferente. A área de desenvolvimento humano me fascina. Cheguei a um ponto da minha vida em que tive que dar uma pausa em tudo e quebrar paradigmas, ouvir o que minha alma pedia para me conectar mais comigo mesma. Foi quando conheci a constelação, o método sistêmico que me reconectou com minha essência. A experiência de ser constelada foi tão profunda e de tal transformação em minha visão de vida e de mundo, que determinada fiquei a estar do outro lado — de fato me conectei com muito amor a essa profissão e, dessa forma, tornei-me consteladora. Venho da área do Direito e pretendo dar uma chance de exercer a advocacia agregando o conhecimento sistêmico para me voltar a dedicar ao direito de forma humanizada, mais conhecido como direito sistêmico. Procuro pesquisar e estudar além do conhecimento sistêmico para aplicar em meus atendimentos, enfim, tudo que me permita utilizar o máximo em benefício do desenvolvimento humano e da descoberta do poder pessoal; por exemplo: psicossomática, leitura corporal, traços de caráter etc. Acredito que quanto maior o conhecimento que o profissional tem, maior a probabilidade de ajudar seu cliente a se expandir além do que se possa imaginar. Espero que cada vez mais pessoas busquem e se interessem em conhecer e se maravilhar com esse método tão revolucionário e, ao mesmo tempo, tão essencial nesta época conturbada em que vivemos. OBSERVAÇÃO: Realizo atendimentos online.

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