Você já parou para observar os diálogos que estabelece com você mesmo?
O caminho da auto-observação eu escolhi percorrer diariamente. A tarefa de equalizar as tantas vozes que comigo dialogam internamente e afinar a escuta daquela voz que insiste em me falar, mas que quase não se ouve por tantos ruídos que ali habitam.
Dar voz à minha voz, escolher a maneira de me relacionar comigo mesma fez com que eu fosse habitando meu corpo, ocupando o meu espaço. E deixando nascer minha voz.
Uma voz composta de muitas, mas sem sobreposição e com reconhecimento daquela que é minha.
Desse encontro nasceu o que divido com vocês:
Tantas vozes nos falam e nos apontam a direção… O que talvez não saibam é a distância do coração. Cada dia uma novidade. Tanta gente se dando bem. O que a poucos interessa é aquilo que só você tem. Insistem em nos igualar, em calar as nossas vozes, para que, assim, dependamos de suas ideias ferozes. Há muito a ser feito! Muito além do que se pensa! Mas, enquanto não pararmos, ficaremos em suspenso. Cada vez mais nos afastam daquilo que viemos ser, tentando nos ditar o que devemos fazer. Enquanto não silenciarmos essas outras tantas vozes que nos falam sempre alto – e nos deixam tão velozes – elas não respeitarão nosso ritmo de andar mais devagar. Sempre querem que corramos, insistem em nos apressar… Já chega! Não quero mais isso! Sou eu quem aqui decido. O volume irei abaixar daquilo que me é dito. Minha voz quero encontrar – meus saberes silenciados – para reconectar com o que tenho de sagrado. Aqui dentro do meu ser, algo insiste em falar: “Vai e faz o que tens de fazer. E se deixa descansar”. Cada dia um novo dia. Cada momento um momento. Encaremos a mudança sem sofrimento. A mudança é constante nesta vida tão real. De assim querer fazer o que nos torna leal. Leal a você mesmo, aos seus valores e princípios. E vejo assim nascer quem estava desde o início. Minha alma então sorri. Meu ser assim se expande, por poder me encontrar comigo a todo instante.
Você também pode gostar:
Eu desejo que você se inspire a dar vazão a sua própria voz e, assim, descobrir, retirar aquilo que cobre e revelar quem sempre esteve aí.