O sentido de uma resolução eficaz da constelação familiar está centrada no não julgamento.
“A reconciliação vai de encontro ao não julgamento” – Ordens da Ajuda (Bert Hellinger).
O NÃO JULGAR é uma questão muito delicada de se lidar. Ter o entendimento do NÃO JULGAR não significa esquecer, tornando-nos uma santidade, mas sim nos reconciliarmos com a vida. Tirarmos o peso desnecessário que assumimos muitas vezes de modo inconsciente.
Quanto mais condenamos ou julgamos nossos pais, mais ficamos “emaranhados” com os problemas e destinos deles (em muitos casos difíceis e pesados).
Carregar esses emaranhados conosco nos limita, enfraquece, sufoca e não é nada saudáveis. Ocultam-se como “nós” em nossa vida quando não tratamos de desatá-los.
O não julgamento não implica tolerar tudo, mas entender os limites de nossa compreensão acerca do todo. Em todo sistema familiar devem haver limites do que deve ser permitido (ou não), desde que com respeito.
O não julgamento exige treinamento da mente e observação constante de si mesmo, e a constelação familiar vem para facilitar muito esse processo.
O “não julgar” se mostra cada vez mais efetivo, dado o nível de expansão de consciência. Ele nos faz entender que não somos perfeitos e que não podemos exigir perfeição de ninguém.
O maior desafio se mostra em exercer o não julgamento como observadores sem sairmos do nosso lugar como pai/mãe ou filho(a).
Por mais que não se queira olhar para as questões malresolvidas com nossos pais, isso pode nos trazer consequências prejudiciais, inclusive para nossa saúde, e isso a psicossomática nos elucida em sua abordagem na somatização de emoções reprimidas e não trabalhadas.
Só podemos levar para nossa vida os ensinamentos e tomar o que nossos pais puderam fazer nas condições deles com o que também puderam receber e nos transmitir. É impossível preencher todas as necessidades e satisfazer todas as expectativas dos nossos pais, assim como eles não podem fazer o mesmo conosco.
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Quanto mais condenamos nossos pais, mais agimos como eles e mais ainda sofremos na carência do que eles não puderam nos dar, e cuja falta buscamos compensar de muitas formas, até mesmo destruindo quem somos, seja por meio de vícios ou de doenças.
Quando nos desapegamos daquilo que não nos cabe carregar, sintonizamo-nos ao que pertence somente a nós mesmos, então conseguimos nos abastecer do que nos faltou e do que nos faz mais completos em nossa essência.