Convivendo

Halloween

Mulher adulta entregando doces para crianças fantasiadas no Halloween
Yuganov Konstantin / Canva
Escrito por Ana Racy

Hoje, gostaria de falar sobre uma data bastante importante para mim: 31 de outubro. Mas o que isso tem a ver com reflexão e autoconhecimento? Para mim, tem muita coisa, especialmente porque esse é o dia do meu nascimento, e nascer em uma data em que se comemora o Dia das Bruxas pode trazer algumas reflexões.

Alguns de vocês, meus leitores, familiares e amigos, sabem que trabalhei por 30 anos com o ensino da língua inglesa, e o dia 31 de outubro é muito comemorado nos Estados Unidos e em alguns outros países. Antigamente, não havia comemoração de Halloween no Brasil. No entanto, com o aumento no número de escolas de línguas, o Dia das Bruxas começou a ser mais conhecido e comemorado e era uma forma de vivenciar a cultura do país da língua estudada.

Como nada é por acaso, a escolha da minha primeira profissão me oferecia a oportunidade de ter sempre festa no dia 31, tanto no trabalho quanto em família, porque as pessoas saíam pela escola e pela vizinhança pedindo doces e usando a frase: “Doces ou travessuras?” (“Tricks or treats?”). Desde então, nos fantasiamos, decoramos a casa, e a festa está feita com muita alegria e diversão.

Abaixo, uma breve ideia sobre a origem do Halloween.

Segundo Rainer G. Sousa, “a festividade do Dia das Bruxas acontece um dia antes da Festa de Todos os Santos e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão ‘all hallow’s eve’, que significa ‘a véspera de todos os santos’.

Pelo fato de 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o Halloween nasce como uma preocupação simbólica, em que a festa, cercada por figuras estranhas e bizarras, teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas”.

Diversos elementos de Halloween, como velas, abóboras e aranhas.
PublicDomainPictures / Pixabay / Canva

Muitas pessoas pensam que eu me incomodo por ter nascido em uma data de estranha comemoração. Mas, para mim, foi sempre motivo de alegria, porque, independentemente de qualquer situação, a festa está sempre pronta! Hoje, tenho bruxas de todos os tipos, e todas foram presente de aniversário.

Reza a lenda que as bruxas tinham um nariz grande com verruga na ponta, unhas compridas, risada assustadora, usavam sapatos pontudos com fivela em cima e faziam muita feitiçaria. Mas elas eram mulheres com muito conhecimento da natureza e usavam elementos naturais para a cura. Eram inteligentes, e essa inteligência podia ser usada para o bem ou para o mal. Podemos pensar se isso acontece só com bruxas ou se serve para todos nós.

Há outras explicações ligadas à religião e diferentes épocas na história da Humanidade para essa data, mas não serão enfatizadas aqui.

Atualmente, existem cursos para que as pessoas conheçam mais sobre o assunto, e, no Dia das Bruxas, celebra-se um vínculo com a essência do Universo e o equilíbrio entre as energias positivas e negativas.

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No início do artigo, eu disse que o tema traz reflexão e a citação do Rainer G. Sousa mostra o porquê. Ao compreender o motivo, podemos deixar as superstições e preconceitos de lado para viver um dia de alegria, conexão e equilíbrio energético.

Portanto, abaixo o preconceito, e viva a compreensão!

Desejo a todos um Happy Halloween.

Sobre o autor

Ana Racy

Psicanalista Clínica com especialização em Programação Neurolinguística, Métodos de Acesso Direto ao Inconsciente, Microexpressões faciais, Leitura Corporal e Detecção de Mentira. Tem mais de 30 anos de experiência acadêmica e coordenação em escolas de línguas e alunos particulares. Professora do curso “Psicologia do Relacionamento Humano” e participou do Seminário “O Amor é Contagioso” com Dr. Patch Adams.

E-mail: anatracy@terra.com.br