Sentir ou não sentir, eis a questão!
Acho que todo mundo, ao ler essa frase, deve se perguntar: está correto? Bom, o escritor William Shakespeare escreveu para uma de suas obras mais famosas, “A tragédia do príncipe dinamarquês”, em que no ato III, na cena I, ele fala: “To be or not to be, that is the question”, então trago para vocês um trecho, traduzido por Pericles E. da Silva Ramos, para relembrarmos:
Ser ou não ser, eis a questão: será mais nobre
Em nosso espírito sofrer pedras e flechas
Com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja,
Ou insurgir-nos contra um mar de provocações
E em luta pôr-lhes fim? Morrer… Dormir: não mais.
Dizer que rematamos com um sono a angústia
E as mil pelejas naturais-herança do homem:
Morrer para dormir… é uma consumação
Que bem merece e desejamos com fervor.
Dormir… Talvez sonhar: eis onde surge o obstáculo:
Pois quando livres do tumulto da existência,
No repouso da morte o sonho que tenhamos
Devem fazer-nos hesitar: eis a suspeita
Que impõe tão longa vida aos nossos infortúnios.
Quem sofreria os relhos e a irrisão do mundo,
O agravo do opressor, a afronta do orgulhoso,
Toda a lancinação do mal-prezado amor,
A insolência oficial, as dilações da lei,
Os doestos que dos nulos têm de suportar
O mérito paciente, quem o sofreria,
Quando alcançasse a mais perfeita quitação
Com a ponta de um punhal? Quem levaria fardos,
Gemendo e suando sob a vida fatigante,
Se o receio de alguma coisa após a morte,
– Essa região desconhecida cujas raias
Jamais viajante algum atravessou de volta –
Não nos pusesse a voar para outros, não sabidos?
O pensamento assim nos acovarda, e assim
É que se cobre a tez normal da decisão
Com o tom pálido e enfermo da melancolia;
E desde que nos prendam tais cogitações,
Empresas de alto escopo e que bem alto planam
Desviam-se de rumo e cessam até mesmo
De se chamar ação. […]
Enaltecidos com essa epifania célebre e profunda que remete todos a grandes reflexões existenciais, volto o olhar da existência do ser, para o seu eu mais profundo, onde você sente, vibra em energias e frequências variadas, e onde suas emoções e pensamentos são de fato o que o torna quem você é, fazendo parte e formando sua ipseidade, que é tudo o que nos define e diferencia como indivíduos.
Assim como temos um código DNA único, temos uma frequência energética e emocional única, gerada pelos nossos pensamentos, os quais geram nossas emoções e, por sua vez, são responsáveis pelas nossas ações, ações essas que tornam o ser tão único perante o todo da existência. Existimos e coexistimos junto de uma magnífica criação da inteligência superior ímpar, por muitos inominável, por outros nomeada das mais diversas formas, mas que, no início, no meio e no fim de tudo, é uma frequência, uma energia, um ponto primário de todas as coisas. Assim como também surgimos de um pequeno ponto, um farelo de energia, e evoluímos a indivíduo celular, assim nos bipartimos a toda nossa criação humana.
Então vamos questionar, nas atuais conjecturas da nossa era existencial, principalmente ainda imersos nessa transformação interior forçada pela vivência dessa pandemia e de toda a transição energética e planetária da qual sofremos os efeitos.
SENTIR OU NÃO SENTIR. Essa é, pois, é a questão mais importante dos últimos tempos, visto que, em nosso mundo caótico, os sentimentos e as emoções ora são muito enaltecidos e estimulados, ora são temidos e censurados. É difícil lidar, compreender e saber quando podemos ou não revirar nossas vísceras mortais e permitir ao outro adentrar nosso íntimo imperfeito, nosso caos repleto de um turbilhão de emoções e pensamentos.
As emoções agem como ímãs que atraem ou repelem mais emoções e situações em nosso cotidiano, pois nosso corpo todo age como uma grande antena de transmissão e recepção das mais variadas frequências, e isso afeta não somente nossas atitudes, mas nosso corpo, físico e energético, bem como nossa existência e evolução.
Emoções como raiva, medo, ansiedade, tristeza e estresse são as mais presentes no dia a dia e afetam, por vezes de forma silenciosa, nosso corpo e nossa mente. O medo mina todas nossas possibilidades de dar certo, de viver novas experiências e pode nos paralisar de tal forma a não conseguimos fazer nada. O medo é um inimigo cotidiano da humanidade. Em contraponto, o medo, para muitos, é algo inusitado e que desperta o desejo de superação e aquele gostinho de frio na barriga. Lembramos, então, daquela frase motivadora: “Se der medo, vai com medo mesmo”, porém o medo em descontrole pode causar, por exemplo, problemas não só emocionais; essa alteração de frequência vibracional pode causar problemas em órgãos, como nos rins, fora outros traumas. Já a raiva afeta muito nosso campo energético, minando nossa energia, deixando-nos quase que em um estado de meia fase. A vibração da raiva é tão baixa e pesada que ela pode afetar bruscamente o fígado, causando muito mal-estar; junto com o fígado, todo nosso sistema neurológico pode ser afetado, o que causa dores de cabeça, que são aquele sistema de alerta do nosso corpo para dizer: “Opa, algo está errado”. Nessas baixas energias também se encaixam a ansiedade, um estado em que você tem um desequilíbrio energético muito brusco, como se você vivesse numa montanha-russa. Você vibra alto, vibra baixo, vibra alto novamente, vibra baixo em seguida e quase nunca se estabiliza, afetando muito, por exemplo, o estômago e comprometendo todo o sistema alimentar, causando ânsias de vômitos, gastrites, apetite em excesso ou apetite nenhum e outros distúrbios.
E nesse complexo todo de emoções de baixa frequência, ainda temos o estresse e a tristeza. O estresse causa também uma alteração abrupta de nossa frequência energética, afetando diretamente nosso coração e nosso cérebro e, com isso, prejudicando toda nossa circulação sanguínea e a oxigenação do nosso corpo, comprometendo nossa capacidade de raciocínio, limites de certo e errado. Em casos graves, causa um apagão súbito ou fadiga severa. A tristeza pode vir junto a qualquer uma dessas outras emoções já mencionadas, como pode ser fonte delas ou ainda agir sozinha, já que prejudica muito nossa vibração, afetando áreas do nosso cérebro que podem nos prender em loops infinitos, fazendo com que revivamos o passado e fiquemos presos nele, gerando até um quadro depressivo. A energia da tristeza pode enfraquecer todo nosso sistema respiratório, pois ela vibra na frequência prânica, que carrega todas as coisas boas que precisamos para nossa estrutura energética, pois é pela respiração que conseguimos manter nosso ritmo. O ar é uma das nossas fontes de vida e existência. É um dos — senão o mais — importantes dos elementos, pois é por meio dele que tudo circula: as vibrações, as energias, as ondas. Precisamos do ar para viver e para nos comunicarmos com tudo.
Então precisamos conseguir manter nossos sentimentos e nossas emoções em um ritmo tal que possamos dar equilíbrio: nem sentir demais, nem de menos. Será possível?
Terapia auxilia muito nisso — tanto a terapia médica como acompanhamento com psicólogo, até com terapeuta/psiquiatra e administração de medicação para auxiliar a regular nosso sistema. Mas também temos as terapias alternativas, que são uma gama de terapias holísticas, integrativas e energéticas que buscam, de forma natural, trazer mais bem-estar à vida cotidiana com grande eficácia e que é procurada cada vez mais. Vale lembrar que nunca devemos parar um tratamento com medicamentos, sejam quais forem, sem orientação médica. Que fique de alerta.
A meditação, a prática de yoga, a cromoterapia, o banho com ervas, os chás, as essências, os aromas diversos, as massagens, os cristais, as orações, o convívio com a natureza, a mudança alimentar e de ritmo, as terapias de sono, dentre tantas outras, podem auxiliar muito nossas vidas, a fim de termos mais qualidade existencial e a cura para problemas que nem sempre são do corpo, mas da alma — e nem sempre dessa existência, mas sim de todas as nossas vivências como seres de luz.
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Procure o que te faz bem, o que faz vibrar o seu coração nas mais altas frequências, e ali exista em todo seu esplendor.