Autoconhecimento

Sensações onde ninguém lhe entende

Homem sentado em um sofá, tomando chá e olhando para a janela
Kosamtu / Getty Images Signature / Canva

“Quem vê aponta, fala, mesmo em um simples olhar, com sentença de condenação. Assim sendo, ocorre o rompimento, um afastamento definitivo porquanto não há diálogo para compreensão, apenas um brado de mentes vazias fechadas em seus limites condicionados.”

Não é fácil viver na solidão quando se é excluído. Neste momento é preciso fazer silêncio e deixar que os frutos apareçam ao longo do tempo. Neste momento é preciso saber que a partir daqui é só você em companhia de si mesmo. Uma observação é que você é a sua melhor companhia e que apenas Deus sabe de verdade o que aconteceu, pois tudo ocorreu pela provocação. Lá atrás deu-se à luz pelo excesso de uma sequência de apontamento sem fundamento, o que gerou tudo isso que você vive hoje.

Quando se vive muitos anos com uma rotina, um costume semanal, seja de ordem social, religiosa, institucional e outros; quando há um rompimento nisso, o cenário se torna inédito, novo, agiganta-se a solidão e muitas emoções e sensações podem ser sentidas nesse nível de exclusão. Uma ótima notícia é que muita das vezes, isso pode ser melhor para você, haja vista que, ao cabo que o tempo passar e você se encontrar consigo, será muito mais feliz, afinal a solidão vale ouro e lapida consciência e tomadas de decisão, mudando postura, costumes e trazendo por vezes a liberdade tão sonhada outrora.

É natural que haja lágrimas nos primeiros meses, sim. É normal essa sensação de abandono e carência, pois ninguém está dentro de você para sentir a dor da injustiça que você sente. Inevitavelmente haverá aqueles que dirão que não foi injustiça, e sim regra de conduta e disciplina, entretanto existe uma coisa que precisamos analisar: se houve erro, se ocorreu um problema de tamanha gravidade, existe uma coisa chamada diálogo continuado para compreensão da trajetória. Claro, não se justifica, entretanto é necessário que haja essa apreciação para ajudar ou finalizar qualquer tipo de expectativa. Assim, em última instância, não havendo empatia e diálogo, cada um segue seu caminho no teatro da vida onde, debaixo do sol, tudo é vaidade, inclusive você, inclusive eles. Não responda, faça silêncio, siga em paz de espírito sem se condenar com essas vozes que te falam na mente.

Sensações mil ocorrem, sim, lágrimas, uma leve depressão e angústia misturado com sentimentos mil. Sua consciência diz que agora é só você e Deus no deserto, nas noites, onde for, no trabalho, na escola, nas ruas, onde você olhar se sentirá sozinho ou com uma sensação de estranhamento, enjoo misturado com alegria, liberdade e esperança. A neurociência, que estuda o cérebro humano, comportamento humano e suas tomadas de decisão, aponta que entre um trauma e um rompimento existem duas vias dolorosas a decidir: seguir pelo caminho da liberdade ou se entregar à condenação e deixar entrar a depressão. Nesse sentido, existem estudos científicos que provam que a maioria das pessoas optam inconscientemente por cair na depressão pelo fato de que elas se sentem um lixo, se condenam, vivem então de comiseração e vitimização. Uma pena, afinal, se escolhessem por seguir a liberdade de espírito seriam tão felizes.

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O que é a felicidade? Ela pode ser alcançada tomando uma atitude? Pois bem, você, eu, nós só poderemos afirmar se nós passarmos pelo túnel que batiza essa experiência, do contrário teoria e palavras cedo ou tarde darão lugar à frustração. Como educador e filósofo, sempre discuti diversos temas por ler muitos livros e me manter sempre bem informado, contudo na vida pessoal precisamos saber equilibrar muitas coisas e tomar certas decisões dentro de um cronograma legal do qual sua decisão não venha ferir ninguém. Outra observação é que o espírito artístico, poético, filosófico não deve ser confundido com a vida pessoal, pois uma é a glória do Sol e outra a glória da Lua, entretanto até entre estrelas e estrelas há diferença de esplendor. Para finalizar, mantenha suas emoções sobre sua sindicância e não transfira a culpa para ninguém das coisas que você viveu e viverá, porquanto que leis servem para serem cumpridas, entretanto sua vida, só por você pode ser vivida e ninguém te manda. Você é dono da sua existência. A liberdade é questão de responsabilidade.

Abraços e aceitação, partindo para outra missão.

“Não busque paz ali ou por lá; aprenda a se valorizar. Sim, você precisa desenvolver sua estrutura emocional. Repare nas coisas simples, na natureza, no Universo, ocupe sua mente e seu tempo estudando, fazendo o que gosta. Fique perto das pessoas de quem você quer estar, perto da família ou dos amigos, portanto, na prática, seja incrível nessa existência e ilumine os olhares que te apontam por meio dos frutos do tempo em silêncio, em silêncio — Filósofo Nilo Deyson Monteiro Pessanha.

Sobre o autor

Nilo Deyson Monteiro Pessanha

Sou filósofo, escritor, poeta, colunista e palestrante.
Meus trabalhos culturais estão publicados em diversas plataformas. Tenho obras e livros publicados.

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Sou uma incógnita que deve ser lida com atenção e talvez somente outras gerações decifrem meu espírito artístico. Sou muitos em mim e todos se assentam à mesa comigo. Posso não ser uma janela aberta para o mundo, mas certamente sou um pequeno telescópio sobre o oceano do social.

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