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Os limites entre a autossuficiência e a arrogância

Imagem conceitual da luta contra o egoísmo
prazis / 123RF
Escrito por Eu Sem Fronteiras

O mundo moderno é agitado, frenético e constante, sobretudo porque vivemos em um tempo em que as posses e as conquistas são o que mais importam. E é inegável afirmar que, uma vez inseridos nesse contexto, nós, seres humanos, acabamos desenvolvendo um estilo de vida mais independente e autônomo, pois, afinal, a modernidade também é sinônimo de individualismo e falta de interesse pela vida em sociedade.

Dessa forma, para cuidarmos de nós mesmos e de nossos próprios sentimentos, a autossuficiência é uma ferramenta essencial, e que também ajuda a lidar e conviver com essa realidade. No entanto, em algumas situações, a independência em excesso pode se transformar em arrogância, um traço de personalidade muito negativo e que pode nos levar a agir de forma indiferente com aqueles com quem convivemos no dia a dia e que mais amamos, ferindo a eles e a nós mesmo a longo prazo.

Portanto vamos nos aprofundar, a seguir, nos conceitos da autossuficiência e da arrogância e compreender a linha tênue existente entre essas duas faces da independência humana.

O que é autossuficiência?

A autossuficiência é uma postura de vida marcada pela autoconfiança e pelo amor-próprio. Uma pessoa autossuficiente acredita em si mesma acima de tudo e sabe que a felicidade plena e a realização pessoal de cada um de nós não dependem de ninguém mais além de nós mesmos.

Esse tipo de independência pode ser financeira ou emocional; mas em ambos os casos, ela consiste na determinação e coragem de lutar pela própria emancipação e liberdade, para que não necessitemos nem dependamos de ninguém.

Mulher com cabelo castanho em camisa de manga comprida em pé com os olhos fechados se abraçando,
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O que é arrogância?

A arrogância, por sua vez, é o lado negativo da autossuficiência. Ela ganha vida quando uma pessoa se sente tão independente e única que sua autoconfiança se transforma em egocentrismo, o que a leva a tratar os outros com desrespeito, sarcasmo e desdém apenas por acreditar ser melhor do que o restante do mundo.

A arrogância e o orgulho, infelizmente, podem estar presentes em todas as esferas de nossa vida, desde o nosso ambiente profissional até os nossos círculos familiares.

Como saber se é autossuficiência ou arrogância?

A princípio, a autossuficiência e a arrogância podem parecer semelhantes. No entanto, o principal fator para identificar se é uma ou outra são as características que constituem cada uma dessas personalidades.

Pedras de basalto zen no fundo
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Uma pessoa autossuficiente conduz uma vida equilibrada e confiante e entende que compartilhar vivências com outras pessoas é ótimo, mas também sabe que estar na sua própria companhia também é maravilhoso. Uma pessoa arrogante, por outro lado, fere constantemente os sentimentos dos outros com sua soberba e desprezo, afastando até mesmo aqueles que mais ama com sua falta de tato e consideração, o que a leva a estar sempre sozinha, mesmo quando não deseja.

Por que é importante refletir sobre os dois?

Refletir sobre a autossuficiência e a arrogância é muito importante para analisarmos como estamos construindo nossas vidas e nossas histórias. Esses dois parâmetros nos ajudam a entender o tipo de conexões que estamos formando no mundo e, inclusive, a avaliar a qualidade de vida que estamos proporcionando a nós mesmos.

Por isso, é necessário ponderar: “Estamos vivendo uma vida mais individualista, porém cheia de confiança e otimismo, ou estamos espalhando negatividade, diminuindo os outros e vivendo solitariamente com nosso ego e orgulho?”. Com base nesse pensamento, é possível prestar atenção aos pequenos detalhes e mudar nosso comportamento, se necessário.

Homem de braços abertos  em cima de uma pedra
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Como reconhecer o limite entre ambas?

Para reconhecer e compreender onde termina a autossuficiência e onde começa a arrogância, é preciso, acima de tudo, observar os sentimentos que nossas atitudes provocam em outras pessoas.

Uma pessoa arrogante e presunçosa está sempre disposta a humilhar e desrespeitar aqueles que ela acredita serem “inferiores” a ela, e os círculos sociais que ela frequenta são marcados pelo desconforto, pela negatividade e, em muitos casos, até mesmo pelo medo de opiniões e comentários maldosos.

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Já uma pessoa genuinamente autossuficiente leva positividade por onde passa, buscando sempre encorajar o próximo a enxergar a sua própria luz e capacidade, influenciando a conquista do autoconhecimento e do amor-próprio. A autossuficiência, portanto, também anda sempre de mãos dadas com a empatia.

A autossuficiência deve ser aliada à humildade

Não há nada de errado em se sentir suficiente para si mesmo e capaz de proporcionar a própria felicidade. Entretanto, para que esse sentimento não extrapole a dose certa, a autossuficiência deve estar sempre aliada à humildade e à simplicidade.

Busque sempre utilizar o poder e a crença que você sente em si mesmo em prol de boas causas e para ajudar o próximo. A empatia pode transformar vidas, e nós também podemos auxiliar o outro a encontrar essa fonte de força e independência que mora dentro de cada um de nós e que é tão necessária ao longo da vida.

A autossuficiência é, sim, uma peça fundamental para a vida moderna. Entretanto, uma vez autossuficientes, não podemos considerar essa independência como um consentimento para tratar nossos semelhantes com arrogância, soberba ou prepotência. É preciso, portanto, que nos utilizemos da empatia e da sensatez presentes dentro de todos nós para guiarmos nossas ações e construirmos uma postura ética e justa no mundo.

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