Autoconhecimento

5 conselhos para se perdoar pelo passado

Mulher sorrindo de braços abertos.
pheelingsmedia / 123RF
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Só existem duas certezas na vida para nós, seres humanos: 1) Nossa vida vai chegar ao fim; 2) Nós vamos cometer erros. Isso é tão normal que, quando erramos, costumamos até dizer: “Eu errei, sou humano também”. Se já é difícil perdoar o outro, dependendo do erro, como perdoar si mesmo pelos erros do passado?

Muitas vezes, quando olhamos para trás em nossa trajetória do lugar onde estamos, é fácil julgar nossos erros e acabarmos nos sentindo mal por isso, mas saiba que esse comportamento só vai atrapalhar sua jornada de autoconhecimento e sua relação consigo. É preciso se perdoar, e aqui estão 5 conselhos para fazer isso:

1 – Aceite o erro

Antes mesmo de se perdoar, você precisa aceitar o seu erro, aceitar que errou e, acima de tudo, aceitar que está tudo bem! Todos erramos. E não erramos às vezes, erramos diariamente mesmo, em maior ou menor grau. Então você não é nenhuma pessoa horrorosa por ter cometido um erro. Ou vai dizer que ninguém nunca errou com você?

Portanto entender a sua própria condição de ser humano, ou seja, de alguém que está vivendo e tomando decisões o tempo todo, o que naturalmente leva ao erro, é fundamental. Aliás, pense nisto: analise aí as últimas 2 horas do seu dia. Quantas pequenas decisões você tomou, do tom de voz numa conversa a uma mensagem que mandou?

Então quando estiver pesando demais na sua própria consciência, pare e pense nessas pequenas decisões que você toma o tempo todo e veja como você costuma acertar muito mais do que costuma errar em sua rotina.

2 – Você não era quem é hoje

Experiência. Maturidade. Chame como quiser, mas é inegável que, conforme o tempo passa, nossa percepção a respeito do mundo, das pessoas, da vida e, principalmente, de nós mesmos vai mudando, então é comum que reavaliemos o que achamos de tudo isso. É comum, normal e talvez até necessário.

Mulher sentada em uma ponte olhando para o horizonte em um lago.
Alexandr Podvalny / Pexels

Quantas vezes você já se pegou percebendo que já não gostava tanto assim de algo, de alguém, de uma atividade ou algo assim? É normal, porque o tempo passa e vamos mudando com ele. E isso é essencial de entender na hora de avaliar os seus erros.

A pessoa que você era naquela época fez seu melhor ou, pelo menos, o que era possível ser feito no momento em que cometeu o que você chama de erro. Ela não tinha noção das consequências que você tem hoje, então não é justo julgá-la. Se ela não é quem você é hoje, é justo medi-la com a sua régua atual?

3 – Você replicou um erro?

É comum, ao longo da vida, que acabemos replicando erros que cometeram conosco ou até mesmo os mesmos erros que já cometemos alguma vez no passado. E isso acontece por causa das nossas crenças e dos valores enraizados subconscientemente em nós. E isso não tem nada a ver com espiritualidade, mas com psicologia.

Um exemplo: se somos expostos desde cedo a comédias românticas do tipo felizes para sempre, é comum que queiramos isso para nossas vidas quando nos relacionarmos. E aí muitas vezes destruímos relacionamentos por causa disso, repetindo esse erro com frequência.

A solução é uma só: terapia. Em processo terapêutico, com a ajuda de um psicólogo, você vai começar a entender por que comete alguns erros, quais influências a maneira como as pessoas o magoaram tem nisso e por que você está sempre repetindo esses mesmos erros. Mudar é possível, basta se abrir a isso!

4 – Males que vêm para o bem

Quantas vezes você se martirizou por um erro, por uma oportunidade perdida ou por arrependimento qualquer e, lá na frente, todo esse sofrimento se justificou, colocando você exatamente onde você deveria e/ou queria estar?

Aqui vai mais um exemplo: você está empregado, surge uma nova proposta de emprego, mas você recusa. Meses depois, perde o seu emprego e o arrependimento bate forte… Você sofre, culpa-se, martiriza-se, mas, um mês depois, consegue um emprego melhor do que os dois! E aí, cometeu mesmo um erro? Vá com calma antes de se julgar.

Mulher sentada olhando para um pôr-do-sol
Max Andrey / Pexels

O ditado “há males que vêm para bem” não existe por acaso. Em boa parte das vezes, ele se confirma em nossa vida, mostrando que algumas situações incômodas ou alguns erros que cometemos, na verdade, acontecem para o nosso bem, para algo positivo que ainda não podemos ver, mas que veremos depois — mesmo que seja experiência para não errar assim de novo!

5 – Pegue leve como pega com os outros

Você julga, ofende e joga ainda mais culpa nas costas de amigos, parceiros, familiares e conhecidos que vêm conversar com você a respeito de um erro que cometeram? Provavelmente não, né? Então por que você faz isso consigo mesmo? É preciso ter mais delicadeza consigo!

Quando percebemos um erro, isso naturalmente nos coloca numa posição de vulnerabilidade, de reconhecer nossas fraquezas, nossas deficiências. Não faz nenhum bem, portanto, cutucar ainda mais as feridas, exagerando no julgamento e na culpa, que já podem ser grandes.

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Em vez de ficar martelando um prego na ferida da culpa, que tal se acolher? Não é assim que geralmente lidamos com pessoas amadas que se abrem a nós após um erro? Aceite o seu erro, perdoe-se, acolha-se e, se precisar, até se mime um pouquinho para se confortar. Ou vai dizer que você nunca mimou alguém triste por um vacilo?

Independentemente de qual tenha sido o seu erro, ficar se culpando ainda mais não vai resolver nada. Pelo contrário, só vai trazer ainda mais dor e sofrimento. Então tente se perdoar, aceitar sua condição de humano que, como qualquer outro, erra, e siga mais experiente, maduro e evoluído com os aprendizados absorvidos! Você merece o seu amor, não o seu julgamento.

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