Convivendo

Futebol e drogas

Recorte de um jogador prestes a chutar a bola de futebol.
olegdudko / 123RF
Escrito por Nilton C. Moreira

Sempre falaram que o esporte é algo saudável e que quem vai por esse caminho torna-se uma pessoa melhor fisicamente. Concordo! Além disso, dizem: “temos de incentivar ele no esporte, pois, assim, ele fica longe das drogas”. Será?

Falando sobre esportes, temos assistido a escândalos eclodindo em vários locais. Recentemente, tivemos apedrejamento de ônibus que transportava jogadores, invasões de campo e confronto de torcidas em via pública, demonstrando o desequilíbrio e o desejo que ainda sente o ser humano de praticar o mal.

Ademais, vemos que não é apenas por parte de torcedores fanáticos que a violência se apresenta. Jogadores também exteriorizam raiva, pois dentro das quatro linhas agem com deslealdade para com o colega. Até treinadores explicitam violência quando chutam garrafinhas d’agua ou xingam o juiz.

Recentemente, assistimos à fúria de um jogador agredindo um árbitro, desferindo chutes na cabeça violentamente; fora as ofensas que são ditas verbalmente ou por sinais e a manifestação de racismo por parte de torcedores.

Punições são brandas e bem diferentes do ambiente fora do futebol, pois, numa empresa, deslizes são punidos com demissão e, na função pública, respondemos a processo administrativo, o qual pode ensejar perda do cargo. No futebol, por exemplo, aos clubes não lhes interessa punição severa, pois acabariam ficando sem o profissional. O máximo que ocorre em certos casos é a perda do mando de campo por determinado período.

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Claro que, desde os tempos remotos, o homem digladiava nas arenas em nome de um espetáculo que envolvia sangue, mas era época da barbárie, onde eram colocadas nos locais de espetáculos pessoas de má conduta para serem devoradas pelas feras; havia também os torneios de centuriões até a morte. É bem verdade que vemos no futebol a violência maior, pois é o esporte mais popular, já que nos primeiros anos de vida é costume presentear o filho com uma bola, incentivando-o ao esporte na intenção de que fique fora das drogas.

Não basta que jogadores demonstrem fé antes dos espetáculos e elevem ao alto a cabeça e braços agradecendo ao Pai o gol feito. É preciso mais equilíbrio, menos ofensas para que as arenas sejam palco de espetáculos sadios, e não de violência que acabam insuflando torcedores fanáticos que, muitas vezes, estão sob efeito de drogas e praticam crimes que ensejam a morte de pessoas. Hoje, a droga está entrelaçada na sociedade e vemos muitos esportistas usuários, o que afeta o comportamento em geral.

Não basta demonstração de fé, é necessário praticar em todos os níveis o que Jesus nos ensinou.

Sobre o autor

Nilton C. Moreira

Policial Civil, natural de Pelotas, nascido em 20 de maio de 1952, com formação em Eletrônica, residente em Garibaldi-RS, religião Espírita, casado.
Email: cristaldafonte@gmail.com
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