Linguagem do Corpo Saúde Integral

O significado psicológico de doenças em crianças

Mulher branca consolando menina branca.
fizkes / 123rf
Escrito por Eu Sem Fronteiras

É de pai para filho que os conhecimentos são passados e renascidos a cada geração.

De saúde mais frágil, as crianças tendem a sofrer mais com problemas de saúde. Mas você sabe a origem dessas doenças?

Em seu livro, Cristina Cairo afirma que os problemas de saúde em crianças têm origem nos sentimentos de seus pais que não dão importância às emoções do dia a dia. Leia e cure seu filho!

O significado psicológico das doenças em crianças por Cristina Cairo

A proposta deste livro é bem clara e simples: que todo ser humano se dê uma chance de se permitir enxergar além de suas próprias crenças e dos ensinamentos padronizados por certas religiões, e por sua própria educação.

De pai para filho, repetem-se os mesmos ensinamentos, porém com pequenas variáveis para a adaptação às novas gerações, e esquecem-se de vasculhar os preceitos dos antigos por acreditarem que eram povos primitivos. Com isso, ignoram as grandes catástrofes que dizimaram civilizações inteiras e destruíram seus conhecimentos muito mais avançados do que os nossos atuais.

Pesquisas nas áreas da arqueologia, da paleontologia, biologia, antropologia, etc, já comprovaram que a nossa civilização é um recomeço, um alvorecer dos primeiros degraus galgados há muito por outros povos não mais existentes.

Da matemática ao conhecimento mais profundo sobre o funcionamento da mente humana, aqueles povos mantinham-se e desenvolviam-se de formas diferentes da nossa: diferenciavam-se dos pensamentos ocidentalizados imediatistas e racionais. Possuíam a fórmula mais completa e em constante desenvolvimento de uma psicologia holística, enxergando o ser vivo como um todo e eram especialmente dotados de um poder de compreensão subjetiva, ao ponto de aceitarem, com facilidade, que todos nós nos projetamos, uns nos outros, e vivemos em busca do mesmo objetivo final.

Homem e mulher segurando bebê no alto.
Marcos Paulo Prado / Unsplash

No antigo Egito, há mais ou menos dez mil anos, os habitantes reuniam-se no desjejum para a interpretação de sonhos e simbologias corporais a fim de solucionar seus problemas do cotidiano, tomar grandes decisões, curar-se de suas doenças e mesmo para outros rituais. E ainda nos deixaram esses ensinamentos através dos desenhos encontrados em escavações arqueológicas.

Na Grécia antiga Pitágoras fundou sua Escola Itálica, 492 anos antes de Cristo, onde ensinava matemática, numerologia, linguagem facial (fisiognomonia), linguagem do corpo, ginástica, doutrina comportamental dos essênios (parte da filosofia de Jesus), e prezava os bons pensamentos, pois sabia que era responsável pelo seu próprio destino e pelo que transmitia aos seus familiares e para o mundo.

O filósofo Sócrates, fiel seguidor da doutrina de Pitágoras, repetiu a famosa frase: “Conhece-te a ti mesmo”, que marcava a entrada do Templo de Apoio em Delfos.

O pensamento era a base de suas vidas, pois conheciam a força construtiva e destrutiva da imaginação que gerava seus destinos.

Para muitos, falar hoje sobre a força do pensamento tem a conotação, mal informada, de magia, não de forças energéticas científicas que geram algo através da atração e repulsão dos átomos.

Saiba que pensar é mover as energias do corpo através do sistema nervoso e este, por sua vez, identifica-se, gradualmente, com as energias sólidas ou sutis do ambiente. Muitas das superstições criadas no passado, como alguns tabus do pecado, por exemplo, surgiram para controlar os pensamentos humanos que, por serem livres, representavam perigosas máquinas criadoras do mal. Somente o medo poderia freá-los.

Pensar e visualizar algo significa mostrar ao inconsciente aquilo que você mais valoriza e, com isso, ele interage com seu mundo interior e exterior fabricando no seu corpo, ou em seu ambiente, o que foi pensado: os pensamentos de crítica fazem com que a pessoa criticada apresente, cada vez mais, motivos para crítica.

Ao contrário, se tivermos pensamentos de elogios, também faremos com que a pessoa elogiada apresente mais motivos para elogios.

Mulher indiana segurando criança no colo.
Yogendra Singh / Unsplash

Não estou afirmando, em termos psicológicos, que ao verbalizar algo a alguém, estamos induzindo-o a um determinado comportamento. Refiro-me, isto sim, às energias sutis do simples pensar, que são tão fortes em influência como o verbalizar.

Assim como o cão sabe quando seu dono está chegando em casa, mesmo em horários diferentes, e a uma distância não visível, as plantas e as crianças também possuem essa mesma percepção aguçada. E sofrem com o sofrimento interno de seus donos, ou pais, respectivamente, mesmo sem conhecimento consciente do fato. Os pensamentos são captados com mais intensidade pelos seres naturais, ou seja, sem resistências inconscientes e livres das crenças sociais.

Quanto às crianças, os pesquisadores constatam que elas possuem capacidade de percepção muito além do que se acreditava tempos atrás.

A revista de divulgação científica Superinteressante, edição de março de 2001, publicou matéria destacando as últimas descobertas sobre o comportamento do cérebro dos recém-nascidos.

Nesse trabalho, Andrew Meltzoff, professor em psicologia da Universidade de Washington, revela: “Ele é uma poderosa máquina de aprendizado que usa a mente como um grande cientista”. E prossegue: “Nos primeiros dias de vida, já reconhece faces, vozes e até os cheiros dos parentes. Antes dos sete meses é capaz de fazer distinção entre a sua língua materna e uma estrangeira. Mesmo antes de falar, aprende a se comunicar por gestos. E também a interpretar expressões faciais de felicidade, tristeza e raiva. E o mais intrigante: faz conexões de causa e efeito entre dois eventos de modo a prever, ou controlar, um terceiro”.

Ainda nessa mesma publicação, encontramos sobre o assunto: “Os escritores românticos do século XIX, como Willian Blake, tinham outra visão: acreditavam que os bebês possuíam um tipo de sabedoria intuitiva própria das mulheres e dos homens primitivos. Com essas e outras descobertas conclui-se: não há mente zero quilômetro. Enquanto o cérebro do bebê está se formando no útero da mãe, ele responde a estímulos externos – a partir do quinto mês de gestação, por exemplo – e é capaz de ouvir a voz dos pais. A partir daí, até o fim da vida, o seu destino é aprender”.

Família de pessoas negras.
Shawnee D / Unsplash

A programação neurolinguística (PNL) e a psicanálise concordam que podemos perceber e interpretar movimentos musculares e oculares de uma pessoa antes mesmo que isso venha a ocorrer, ou seja, capta-se a intenção que aparece, sutilmente, no não-verbal do corpo. Por isso as crianças e seres de grande sensibilidade perceptiva notam os sentimentos verdadeiros de uma pessoa mas nem sempre os interpretam conscientemente por falta de experiência para compreenderem certas emoções.

Os pais preocupam-se em dar aos filhos uma boa educação, estudos, alimentação e carinho, mas nem lhes ocorre que o verdadeiro desenvolvimento de sua criança deriva de seus sentimentos mais íntimos e, talvez, secretos. Na ausência dos pais, quem influencia a saúde da criança é a pessoa responsável por sua criação.

Todo pensamento, emoção e comportamento dos pais refletirá, objetivamente, no comportamento dos filhos, independentemente do que essas crianças trouxerem geneticamente.

A criança possui a necessidade instintiva de permanecer ligada à sua mãe – psicologicamente falando – desde a concepção até os sete anos de vida.

Segundo a psicanálise, isso tem como origem o complexo edipiano, mas essa influência vai mais além, pois uma mãe que carrega raiva em seu coração, por exemplo, e não pode verbalizar, por alguma razão, o que sente, causa na criança de até sete anos febre e garganta inflamada, ainda que a mesma esteja temporariamente longe da mãe. Neste caso podemos compreender, através dos estudos do inconsciente coletivo, que a somatização nas crianças está diretamente relacionada à intensidade da ligação afetiva entre mãe e filhos.

Isso ocorre, também, com crianças entre sete e catorze anos que projetam em seu corpo todo o emocional do pai: o mesmo instinto ou pulsão que uma criança sente pela mãe, da gestação até os sete anos, ela transfere para o pai, completando mais uma fase de seu desenvolvimento. Com isso, tudo o que o pai sentir, secreta ou abertamente, será percebido, inconscientemente, pelas crianças de sete aos catorze anos, somatizando ou imitando a somatização do pai.

Enquanto a psicanálise se atem às explicações libidinais ou aos mecanismos de defesa entre as pessoas e esquemas psíquicos, a sabedoria milenar das medicinas chinesa e egípcia reconhece a psicanálise em duas dimensões: a influência psicológica sobre o corpo e o ambiente, e a influência da mente humana sobre o planeta e o Universo.

Libertando as amarras dos conceitos que se ensinam em universidades e permitindo-se perder a ética imposta pela psicologia tradicional, podemos, finalmente, flutuar sobre um novo mundo mais antigo do que se possa acreditar.

A ciência depende de estudiosos e pesquisadores que lhe tragam respostas palpáveis para serem aceitas e oficializadas. Lentamente, tudo caminha para o todo e não poderemos frear essa verdade. No século XII, quando se acenderam as fogueiras da Inquisição, pessoas acusadas por um tribunal especial de dominicanos de praticarem feitiçaria e magia eram lançadas vivas às chamas.

Essas mesmas feitiçarias e magias amaldiçoadas pela ignorância que imperava na época viriam a ser, no século XX, oficializadas pela medicina convencional através da acupuntura, homeopatia, musicoterapia, hipnose, alfagenia e de muitos outros tratamentos para a cura.

Quando afirmo que doenças em crianças de até catorze anos são reflexos do comportamento psicológico dos pais é porque, além dos estudos profundos sobre medicina chinesa e psicanálise, pude também vivenciar cem por cento desses casos, por mais de 25 anos em palestras, cursos e atendimentos a pais com filhos doentes.

O que impede os pais de considerarem as doenças dos filhos como reflexo total de seus próprios sentimentos é a resistência inconsciente em aceitar conhecimentos que ultrapassem sua compreensão e, por extensão, não querer ver em si mesmos o comportamento negativo que adoece o filho. Fomos condicionados através da educação, dos livros, escolas, mídia e até por médicos resistentes, que o ser humano é uma máquina com defeitos, que quebra com facilidade e que depende de fatores externos para viver com saúde… ou adoecer. O subconsciente das pessoas está fortemente influenciado pelas advertências feitas pela vovó, pelas comadres e vizinhas, tais como: “Cuidado, não coma manga com leite que faz mal à saúde!”; “Não tome golpe de ar nas costas, menina, porque isso provoca pneumonia!”; “Não lave a cabeça quando estiver menstruada, filha, porque você pode ficar louca!” e outras “não faça isso” ou “não faça aquilo”.

Ora, muitas dessas crenças acabaram ganhando cunho científico dados os números estatísticos de casos simples como estes e outros de contaminações por contato físico ou ambiental, com vírus, produtos químicos, produtos radioativos ou tóxicos. Os casos são tantos que fica difícil entender que existam outros fatores por trás disso tudo.

Mulher branca beijando bochecha de bebê.
Omar Lopez / Unsplash

Conhecendo a linguagem do corpo, podemos driblar essas associações de ideias, que o consciente faz provocando somatizações.

Eu gostaria de estar, pessoalmente, com cada um de meus leitores e poder responder às suas dúvidas a respeito desta questão, porque, pessoalmente, o assunto se torna intenso e, com isso, poderíamos explorá-lo a fundo e provar que qualquer dano ao corpo tem a ver com a emoção mais constante ou escondida no inconsciente.

Segundo Freud, geramos formas criativas inconscientes de comunicar nossas frustrações e dores emocionais através de enfermidades. Pelos mesmos impulsos inconscientes também somos induzidos a trabalhar em lugares que nos predispõem a acidentes e doenças.

Parece absurdo, não é mesmo? Mas essa realidade precisa ser experimentada por cada um, para perceber a verdade contida nessas leis universais. Deixe sua mente livre por alguns instantes. Qual é o problema em acreditar em algo que pode mudar sua vida? Talvez você não queira assumir a responsabilidade das doenças em seus filhos e prefira eximir-se de culpas transferindo-as a alguém ou a algo, não é mesmo?

Na verdade, a culpa não é de ninguém, mas da ignorância.

Acredite! Vamos, juntos, trabalhar com “novos” métodos antigos, transformar o cérebro, evoluir e romper os grilhões desse grau primário em que vivemos.

Por mais que se recorra à tecnologia ou às explicações intelectuais e científicas para justificar todos os acontecimentos, jamais se conseguirá eliminar os males definitivamente enquanto se pensar que eles existem independentemente de nossa vontade.

Assumir responsabilidades não significa assumir culpas. Significa, isso sim, resgatar seu próprio poder interno.

Seus filhos precisam de sua paz interior para viver. Eles sentem ódio quando vocês, pais, estão odiando e sentem amor quando vocês estão amando.

Perceba as adaptações inconscientes que seus filhos fazem em seus próprios comportamentos quando vocês estão tendo pensamentos de indignação, de amargura, de tédio, frustrações ou explosões de ira, que tiveram de ser guardados dentro de vocês, para não piorar uma situação familiar ou profissional. Observem em seus filhos o sentimento mais sutil que está em vocês.

Ainda, de Freud: “Toda doença é psicossomática, visto não haver doença somática inteiramente livre de influência psíquica. Um acidente pode ter ocorrido por motivos psicogênicos e tanto a resistência contra as infecções quanto todas as funções vitais são incessantemente influenciadas pelo estado emocional do organismo e até a mais “psíquica” das conversões pode basear-se em facilitação puramente somática. A influência dos afetos inconscientes secreta hormônios quantitativa e qualitativamente diversos, desta forma influindo eles no sistema nervoso vegetativo e nas funções físicas”. (Citado por Otto Feniche em Teoria psicanalítica)

Mulher e menina negras abraçadas.
Sai De Silva / Unsplash

É necessário que as pessoas melhorem a qualidade de pensamentos, emoções e comportamentos antes de se tornarem pais.

Geneticamente transmitimos para os nossos descendentes nossas qualidades e defeitos físicos. E, também, os psicológicos e comportamentais, com os quais continuamos, ao longo do tempo, a bombardear o subconsciente dos filhos através de atos, ou pensamentos que lhes passamos e, principalmente, pela verbalização. Na doutrina budista se diz tsutsumi quando se quer mostrar ao homem o envoltório de ilusão que o faz acreditar no mal objetivo da vida. O budismo ensina que todos devem libertar-se de crenças errôneas através do guedatsu, que significa purificação, iluminação, um estado totalmente livre dos grilhões e assim transformar a sequência genética libertando os filhos dos efeitos das leis da causalidade.

Da mesma forma Jesus pregou: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres” (João 8, 31-32).

Você assimilou que liberdade é essa que pregaram? Você pode responder?

Pense sobre todos os motivos possíveis que podem gerar sofrimentos nas pessoas e em seguida avalie as justificativas repetitivas e comuns, ou intelectualmente dadas, para explicar esses sofrimentos, principalmente quando diz respeito às crianças.

As respostas são as mesmas: “É virose!”; “É má alimentação!”; “São problemas congênitos”; “E bucho virado!”.

Por que não parar por um instante e perceber que quando ocorre algum problema com a criança é sinal evidente de que algo não está bem no íntimo da mãe ou no do pai, legítimo ou não?

Anseio, sinceramente, caro leitor, que você se torne livre das crenças pós-Inquisição, crenças criadas para centralizar a vida do homem sob o domínio de outros homens.

Acredite em seu coração e não no seu raciocínio condicionado a aceitar os fatos apenas porque cientistas revelaram ao mundo suas descobertas. Pesquisadores do mundo inteiro alternam-se em novas descobertas, eliminando suas antigas conclusões num desafio permanente de si próprios, como ocorreu no final do século com relação à AIDS: criaram acirrada polêmica entre eles em fase da conclusão que alguns cientistas chegaram de que nem todos os soropositivos são portadores do vírus HIV, embora ainda se trate de especulação científica.

Homem e menina negros lavando as mãos.
CDC / Unsplash

O que quero dizer é que o ser humano possui o domínio de todos os acontecimentos de sua vida, já provados por médicos e cientistas de várias áreas.

Aos interessados em obter maiores conhecimentos sobre a ciência da mente inseri, ao final destas páginas, indicações de livros e profissionais dedicados à comprovação da verdade sobre a força interior do ser humano.

Se por um lado pessoas desinformadas fazem alusões debochadas sobre este assunto, por outro, médicos de renome internacional (americanos, japoneses, alemães e mesmo brasileiros) já aplicam em seus pacientes os métodos milenares de cura pela alfagenia, orientando sobre mudanças comportamentais e elevação dos padrões de pensamentos.

Tenha em mente que, ao conhecer profundamente a comunicação da linguagem do corpo, você poderá detectar facilmente os problemas físicos e psicológicos das crianças, apenas observando seus próprios sentimentos.

A criança reflete todo o interior dos pais através da introjeção e projeção psicológica e espiritual. Portanto, entenda que seu filho deve ser levado ao médico sempre que ele apresentar algum sintoma de doença, mas não deixe de analisar seu próprio comportamento e reconhecer seus filhos nele refletidos.

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É claro que não é fácil achar, rapidamente, a causa devido a resistências próprias do ser humano, mas se você persistir um pouco nessa reflexão, encontrará, sem dúvida, a semente dessas enfermidades e aí o passo seguinte é procurar ser feliz, relaxar e desapegar-se de certos valores que só lhe causam aborrecimentos.

Cure seu filho!

Procure observar, atenta e docilmente, que a causa psicológica das doenças nessas crianças está estreitamente ligada aos sentimentos dos pais, que, geralmente, não percebem o que estão sentindo por não darem a devida atenção às pequenas emoções do dia a dia.

Veja, agora, alguns exemplos de doenças em crianças (de zero a catorze anos) com significados psicológicos, lembrando que no primeiro volume de Linguagem do corpo o leitor poderá encontrar ene causas de somatização de doenças.

Texto baseado no livro de Cristina Cairo:
Linguagem do Corpo 2 – O que seu corpo revela

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