Linguagem do Corpo Saúde Integral

Hereditariedade: como fugir?

Homens e meninos brancos com os polegares levantados.
tverdohlib / 123rf
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Todos nós somos acarretados por problemas genéticos durante nossas vidas, sejam eles leves ou graves.

Muitas pessoas acreditam que doenças hereditárias, aquelas passadas de geração para geração, não têm cura e por isso convivem sofrendo todos os dias com estas enfermidades.

Cristina Cairo afirma em seu livro que curar-se desses problemas só depende de você e que eles são como dívidas que precisam ser quitadas. Como? Acompanhe no trecho a seguir:

Hereditariedade segundo Cristina Cairo

Em 1980 iniciei minha caminhada dando aulas de ginástica para um grupo de amigas, pois até então eu não havia iniciado a faculdade de educação física.

Ao mesmo tempo em que nos divertíamos, cuidávamos do físico, atendendo aos apelos naturais de nossa vaidade feminina.

Necessitando de exercícios para correção de um desvio de coluna que me torturava desde menina, acabei aprendendo muito com os médicos ortopedistas que me tratavam. Isso aconteceu entre os meus treze e dezessete anos de idade. Nesse período fui submetida a rigoroso tratamento fisioterápico já que eu apresentava sérios problemas com entorses nos tornozelos. Ficava a maior parte do tempo entrevada numa cama, com dores fortíssimas na coluna.

Nesses momentos de crise eu recebia a assistência e o carinho dos meus pais, o que me confortava muito. Essas crises, aliás, se repetiram por muitas vezes ao longo dos anos.

O desvio de coluna afetava outras articulações como os quadris, visivelmente deslocados, e uma perna ligeiramente mais curta do que a outra. O médico que me assistia foi categórico: “Seu problema é hereditário. Só através de uma cirurgia vai ser possível pôr fim ao seu sofrimento”.

Como se não bastasse todo esse drama, para minha tristeza eu ainda era estrábica e enxergava muito pouco com uma das vistas, tendo de usar óculos com uma das lentes grossa e pesada. Segundo os oftalmologistas, essa deficiência teria fortes indícios hereditários.

Essas heranças indesejáveis obrigaram-me a observar mais atentamente o físico de meus pais e de parentes próximos. Notei que meu nariz é idêntico ao de minha mãe; que minha panturrilha (barriga da perna) é muito semelhante a de meu pai; que meus olhos são iguais aos de minha tia, irmã de meu pai; que meus cabelos eram tão enrolados como os de outra tia.

Minha mãe costumava dizer que eu tinha “gênio de cão”, assim como o de meu avô materno. Fiquei revoltada com essas comparações, pois me sentia como uma marionete nas mãos de meus antepassados.

Em determinados momentos de minha vida, com todas essas informações bombardeando-me a cabeça, cheguei a afirmar, um tanto irada, a quantos que me ouvissem, que eu era filha adotiva. Acreditava, assim, que as pessoas parariam de comentar que eu era feita de pedacinhos da família.

Ledo engano! Sempre fui tão parecida com minha mãe que, em muitas oportunidades, perguntavam-nos se éramos irmãs.

Diante disso resolvi, simplesmente, ignorar esses fatores hereditários, tentando ser diferente, pois meu coração me dizia que eu não era obrigada a permanecer “escrava” dos genes.

Mulher branca segurando a mão de criança branca.
tverdohlib / Unsplash

Eu ainda não tinha ideia de como proceder para corrigir minhas deficiências físicas e de personalidade. Entretanto, rezava, dia e noite, para poder enxergar e obter a cura de minha coluna.

Recuando um pouco no tempo, quando eu tinha doze anos de idade, lembro-me que minha mãe levou-me para assistir a uma palestra na igreja Seicho-no-iê. Fiquei tão impressionada com essa filosofia oriental que passei a frequentá-la com mais assiduidade e a ler os livros escritos pelo seu líder, mestre Masaharo Taniguchi.

Um dos ensinamentos altamente positivos que conheci, lendo os livros da Seicho-no-iê, alavancou minha convicção de que a doença não existe: “Você é filho de Deus perfeito”, ensinavam seus preletores. Porém, essa afirmativa ficou, para mim, tão cansativa que eu não conseguia, na época, interiorizá-la.

Entretanto, continuei a busca incessante, estudando medicina oriental e lendo muito sobre medicina tradicional.

Já na faculdade, durante o curso de educação física, entre todas as matérias, interessei-me profundamente pela anatomia e fisiologia.

Incomodada durante muito tempo com a palavra “hereditariedade” e rejeitando a teoria de que se é hereditário nada se pode fazer para mudar, mergulhei de corpo e alma nos estudos da medicina chinesa, passei a ler sobre tudo que se referisse ao comportamento humano, tais como parapsicologia, Bíblia (Novo e Velho Testamento), psicologia aplicada, astrologia, numerologia, budismo, espiritismo, cristianismo, livros de autoajuda, Ordem Rosacruz, livros de magia, de simpatia e até livros sobre anjos.

Na verdade, ao beber desses conhecimentos, percebi que estava fazendo uma síntese de tudo isso e que, finalmente, eu havia descoberto uma porta para começar a mudar meu corpo, meu ambiente e meu destino!

Abandonei o tarô, as simpatias, a quiromancia e tudo aquilo que poderia “mostrar” o meu destino já traçado, pois eu não queria ser influenciada pelas minhas próprias magias e criações.

Passei, então, a trabalhar com determinação objetivando compreender e aplicar com seriedade os ensinamentos de Cristo e outros avatares: “Seja-te feito conforme crestes”; “Tua fé te curou”; “Pedi e vos será dado; buscai e achareis”; “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível”; “Se não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Jesus Cristo); “Este mundo é manifestação da mente” (Buda); “Deus sabe o que é preciso antes de pedires” (Jesus Cristo).

Adepta que sou da filosofia oriental que prega que o corpo é projeção da mente e consequência de carmas acumulados em vidas passadas, e também nesta vida, pude entender que eu havia “herdado” de meus ancestrais não só os caracteres físicos e morais como também a falta de informações sobre a verdade. Compreendi que hereditariedade seria uma dívida que deveria ser resgatada por alguém da família. Para “quitar” o valor devido o descendente dessa família precisaria se esforçar para não repetir os erros do passado.

Decidi, então, abolir tudo aquilo que eu considerava pernicioso para o meu comportamento, fosse através das palavras ou dos pensamentos, sem preocupar-me se os demais membros de minha família iriam acompanhar-me ou não no meu novo raciocínio. Afinal, tornava-se de vital importância reunir provas antes de convidá-los para essa jornada. Não foram poucas as vezes em que me senti só e angustiada por não ser compreendida e ver negado qualquer apoio. Meus familiares ouviam-me, mas consideravam-me um tanto quanto sonhadora.

Homem branco segurando mãos de jovem branco.
Nathan Anderson / Unsplash

Assim, trilhei por longas estradas encontrando, esporadicamente, alguém que me esclarecia um pedacinho de meu quebra-cabeça nessa busca interna.

Passado algum tempo, finalmente me dei conta de que, pela persistência, as transformações no sentido da cura já se processavam a olhos vistos: as dores que eu sentia na coluna e o tumor que surgira numa das vértebras haviam desaparecido; dispensara os óculos anos antes, acreditando que conseguiria regredir o grau de astigmatismo que me atormentava. E consegui, pois recuperei plenamente minha visão. Quanto ao “gênio do cão” a que minha mãe se referia desapareceu dando lugar ao “gênio do gato”, bem mais tranquilo.

Aconteceu comigo o que muitos jamais imaginaram que pudesse acontecer: passei a ter a personalidade firme, porém maleável, aceitando a vida como ela é, ou seja, que tudo pode ser projetado com nossa força interna, portanto, sem precisar sofrer ou resistir aos problemas manifestados. E eu sabia que podia transformá-los!

Tudo o que aprendi sobre a linguagem do corpo com os orientais, psicanalistas e com os médicos psicossomáticos, procurei colocar em prática, para mudar, primeiro, a mim mesma e depois estender esses meus conhecimentos aos meus familiares, aos meus amigos e a todos aqueles que me honram assistindo, pessoalmente, às minhas palestras, ouvindo-as pelas rádios, ou acompanhando-as pela televisão.

Pela linguagem do corpo conheci meus medos, teimosias e defeitos de caráter, enxergando, que a herança que eu carregava física e mentalmente era consequência do meu comportamento e que, se eu interrompesse essa transmissão ambiental absorvida pelo meu subconsciente e invertesse minhas atitudes plagiadas devido ao meu convívio familiar, certamente chegaria àquilo que poderíamos chamar de antídoto contra o mal dos genes.

Foi o que fiz, com determinação e confiança e, com isso, meu corpo transformou-se para melhor, tanto em formato quanto em saúde e alcancei, consequentemente, a paz de espírito que não tem preço.

Portanto, caro leitor, conscientize-se, também, que não fomos condenados a viver com o mal que trouxemos física e psicologicamente para esta vida. Podemos modificar tudo através desse “antídoto” que os avatares e os grandes mestres em conhecimento oculto já praticavam.

Deixe o orgulho e os medos de lado e mostre-se disposto a fazer mudanças internas, pois só assim você conseguirá “quebrar” a influência genética em sua vida e, por consequência, na de seus descendentes que também comungarão dessa liberdade e felicidade.

Em meu livro anterior, Linguagem do corpo, você encontra tudo o que precisa saber sobre mudança comportamental para curar-se de doenças. Naquela obra leia sobre as partes de seu corpo, conheça-se mais intimamente e aprenda a libertar-se das emoções negativas.

Seja forte, alegre e perseverante e, quando menos esperar, perceberá que determinados problemas de estética, de saúde e ambientais foram eliminados de sua vida.

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O contrário acontece, por exemplo, no seio de uma família de obesos: o comportamento, as crenças e as emoções são idênticos, os quais acionam, inconscientemente, as glândulas que geram distúrbios orgânicos, provocando a obesidade ou pelo excesso de alimentação provocado pela ansiedade, insegurança, medo da perda ou, simplesmente, pela manifestação da glândula tireoide.

O obeso continuará a ser escravo da hereditariedade, até compreender que deve modificar suas crenças errôneas sobre si mesmo, passando a ser mais seguro, corajoso e ativo em todos os sentidos, principalmente perdoando os que o magoaram, mesmo que não estejam mais vivendo neste nosso mundo.

Não importa qual seja sua religião, ou crença, mas seja a que for, siga-a com absoluta fé, porque isso não altera essa grande verdade: os efeitos da hereditariedade podem ser interrompidos.

Só depende de você!

Texto baseado no livro de Cristina Cairo:
Linguagem do Corpo 2 – O que seu corpo revela

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