Alimentação consciente Nutrição

Já está sabendo? Pét-Nat é tendência!

Duas taças de vinho em cima de uma superfície de madeira na qual várias garrafas estão apoiadas
ValentynVolkov / Getty Images Pro / Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Uma cerveja gelada durante o verão é uma delícia. Mas você já pensou em trocar a latinha por uma taça de vinho natural? Se a ideia lhe parece estranha, espere para conhecer a nova (não tão nova assim) tendência das vinícolas: o pét-nat.

Por mais que essa bebida tenha se popularizado apenas nos últimos anos, ela já existe desde o século 16, em Limoux, na França. Pét-nat é a redução carinhosa para “pétillant naturel” – ou “espumante natural”, em português. Borbulhante, leve, seco e absurdamente refrescante, é uma alternativa de personalidade para os dias mais quentes.

Falando em personalidade, o que dá o nome e o aspecto jovial desse drink é a técnica utilizada em sua produção. Conhecida como “ancestrale” ou “dioise”, ela veio antes mesmo do “champenoise”, método de fabricação do nosso queridinho champanhe. É uma forma mais simples de preparar o vinho, que exige muito cuidado para fazer jus à milenaridade do pét-nat. Continue lendo para saber mais.

Para entender esse método tradicional de fermentação, é preciso saber como ele acontece atualmente. O champanhe, por exemplo, passa por duas etapas de fermentação: a primeira, em um tanque de aço inoxidável, e a segunda, dentro da própria garrafa – que é quando o vinho adquire as borbulhas.

Já a técnica ancestral é aquela utilizada antes desses aperfeiçoamentos, feita apenas em uma etapa. Nesse caso, o vinho é colocado dentro da garrafa antes de a fermentação estar totalmente completa, ou seja, antes de todo o açúcar se tornar álcool. O pét-nat também não carrega adição de sulfitos nem qualquer outra substância, já que as leveduras dentro da garrafa atuam como conservantes.

Mas, para que a produção dê certo, o engarrafamento precisa ser no momento ideal. Do contrário, a bebida fica com menos borbulhas do que deveria, ou a garrafa estoura na hora de abrir. Segundo os profissionais das vinícolas, é quase como “fazer um parto”.

Quando bem feito, o resultado é um delicioso vinho natural, cuja principal qualidade é o frescor. O teor alcóolico é mais baixo que o do champanhe, e o sabor pode ser adocicado ou mais seco. As uvas mais utilizadas são as chardonnay, pinot noir, niágara e Isabel. Quase como uma cerveja artesanal, tem na tradição o diferencial para os tempos modernos. Além disso, combina com vários alimentos. Descubra abaixo quais são eles.

Várias garrafas de vinho alinhadas
ValentynVolkov / Getty Images Pro / Canva

Com o que harmonizar

À beira do mar, na sombra de uma árvore ou até mesmo na varanda da sua casa, o pét-nat vai muito bem com queijos, frutos do mar e saladas. Tudo que o brasileiro ama consumir durante o verão! A ideia é esta mesmo: refrescar, principalmente nos dias mais quentes.

Se for ao lado dos amigos, fica ainda melhor. Você precisa experimentar reuni-los em uma mesa de bar, trocando a cerveja por um pét-nat. Dá para conversar, paquerar e se divertir enquanto degusta um bom vinho. É diversão na certa!

Ah! E por ser um produto natural, que adota a filosofia da mínima intervenção, combina muito com petiscos leves, tá? Para harmonizar, os amantes desse espumante optam por receitinhas mais saudáveis. Isso tem muito a ver com o estilo de vida ao qual a bebida está diretamente associada. Que estilo é esse? Continue lendo para descobrir!

Estilo de vida

Da mesma forma que o pét-nat resgatou os métodos milenares de se fazer vinho, existe, atualmente, um movimento de retorno aos tempos anteriores ao consumismo exagerado.

Com os avanços do capitalismo e a industrialização de todas as esferas da sociedade, viver bem ficou cada vez mais difícil. Na alimentação, no lazer ou em qualquer aspecto que seja, os produtos visam o lucro, mesmo que, para isso, a qualidade fique em segundo plano. Cada vez mais, vemos os efeitos terríveis de dietas baseadas em alimentos ultraprocessados, carregados de agrotóxicos e que se dão por meio da exploração dos animais.

Grupos contrários a esse tipo de produção começam a fazer barulho, defendendo, por exemplo, estilos de alimentação alternativos, como a vegetariana ou a vegana. A tendência do pét-nat surge exatamente neste contexto: o de procurar opções naturais, com pouca ou nenhuma interferência, que garanta a satisfação individual e o bem-estar coletivo. Para quem se identifica com esse tipo de pauta, o vinho é a opção perfeita para degustar sem se preocupar com possíveis malefícios causados ao meio ambiente.

Legal, né? Aliás, se você chegou até aqui, é porque o pét-nat te deu água na boca. Veja o tópico abaixo e descubra onde você pode conseguir o seu!

Pessoa oferecendo uma garrafa de vinho mostrando-a em suas mãos
gregory_lee / Getty Images Pro/ Canva

Onde encontrar?

Confira algumas opções para escolher o seu pét-nat favorito:

  • Beba Bem em Casa: produtora de vinhos e bebidas artesanais. A especialidade são espumantes com a mínima intervenção. Entregas para todo o Brasil. Vendas pelo WhatsApp (11) 98307-5271. Mais informações no Instagram.
  • Enoteca Saint VinSaint: bistrô e loja de vinhos naturais, orgânicos e biodinâmicos com carta sazonal. Também entrega para todo o Brasil pelo site.
  • Maniacs: loja virtual que vende os rótulos da Morada Cia. Etílica, incluindo cervejas. Entrega para todo o Brasil pelo site.
  • Wines4U: importadora de vinícolas que prezam a produção orgânica e artesanal ao redor do mundo. Entrega para todo o Brasil pelo site.

Você também pode gostar:

Agora que você já conheceu o pét-nat e sabe onde comprar, que tal experimentar essa novidade deliciosa durante o verão? Temos certeza de que não vai se arrepender de acrescentar uma taça de tradição com gostinho de refrescância e uma pitada artesanal na sua vida!

Sobre o autor

Eu Sem Fronteiras

O Eu Sem Fronteiras conta com uma equipe de jornalistas e profissionais de comunicação empenhados em trazer sempre informações atualizadas. Aqui você não encontrará textos copiados de outros sites. Nossa proposta é a de propagar o bem sempre, respeitando os direitos alheios.

"O que a gente não quer para nós, não desejamos aos outros"

Sejam Bem-vindos!

Torne-se também um colunista. Envie um e-mail para colunistas@eusemfronteiras.com.br