Autoconhecimento Psicanálise

A definição de ego por Carl Jung

Mulher branca apontando para si mesma.
khosrork / 123rf
Escrito por Eu Sem Fronteiras

A psicologia é responsável por estudar o homem como ser pensante, ou seja, de que maneira fatores tanto biológicos como sociais podem influenciar em seu pensamento e consequente comportamento.

Por fazer análise mais profunda das causas e consequências de fenômenos humanos, essa área de estudos, muitas vezes, se difere da explicação de ideias do senso comum, das religiões ou instituições. Como por exemplo quando se trata do conceito de Ego.

Confundido com o egoísmo e com a simples noção do “eu”, para a psicanálise, o termo designa algo maior: a consciência, a identidade com si próprio.

Carl Jung, psicólogo analítico do século XIX, Carl Gustav Jung desenvolveu diversos estudos na área da psicanálise com foco nas relações entre consciente e inconsciente e tipos de personalidade. Em seus estudos inclui a análise do ego e sua função e funcionamento no corpo humano.

Para Jung, o Ego é parte constituinte da mente humana, como um processo funcional composto por tudo aquilo que vimos, convivemos e percebemos. Sendo assim, é muito mais do que o simples “eu”, é a junção de lembranças, sentimentos e ideias que posicionam nosso comportamento e nos tornam conscientes.

Ilustração de gato olhando-se no espelho e vendo leão.
mohamed Hassan / Pixabay

Considera que a personalidade é constituída pela junção do ego com aquilo que chama de “self”, que seria uma parte “suprema” do indivíduo responsável por mover o ego e sua consciência, este, encarregado de desvendar e interpretar o que parece inconsciente e desconhecido.

Ao contrário do conceito religioso por exemplo, que define o “desconhecido” como sombras ou trevas e não admite sua interiorização e desenvolvimento, exteriorizando-os como “personalidades superiores”.

A predominância do “self” consiste em uma etapa da “individuação” dos seres, que ocorre ao longo da vida.

A análise de psicólogos e estudiosos como Freud, Jung, e outros, descreve essa formação a partir do momento em que se atua na manipulação do ego desde o momento em que se nasce. O ego é, então, o contato da mente com a tal “sombra desconhecida” tomando consciência da atitude e interpretação que se deve ter.

Essa singularidade de entendimento posiciona cada ser humano originalmente na sociedade e grupo em que vive, sendo de extrema importância para a formação de seres sociais.

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Para que essa atitude de comportamento e reação “natural” seja cabível a convivência social, ela limita-se a normas pré-estabelecidas por um comportamento coletivo, ou seja, as regras comuns se sobressaem sobre as normas individuais em questão moral. Por conta disso, a individuação é algo pessoal e primitivo da identidade do ser, porém, fortemente contaminado e guiado pelas condições externas alteradoras de consciência.

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