Assunto polêmico e de atração de pesquisas atuais, o “mindfulness” ou atenção plena tem sido associado a um estado próximo àquele atingido pela meditação, entretanto, aplicado em outro contexto.
O “mindfulness” – em inglês a junção das palavras “mind” = mente + “fullness” = total” – ou atenção plena é, na verdade, um estado atingido por certo tipo de meditação em que a consciência e o foco ficam “aguçados” por mais tempo.
Ou seja, após certa prática de meditação, consegue-se fazer com que a atenção fiquei muito desenvolvida, ligada, de maneira plena, a tudo aquilo que acontece a sua volta.
A ativação da atenção em 100% se mostra difícil diante de todas as distrações de nosso dia a dia, entretanto, ela pode significar uma interiorização maior em que seus esforços estejam destinados a enfatizar os sentidos do corpo a fim de perceber mais o contexto em que se encontra.
Como funciona
Ativar a atenção plena não é algo fácil. Assim como o momento de meditação tradicional, entrar neste estado de conhecimento exige passos cuidadosos e ainda mais difíceis por se tratarem de uma prática constante, para que se possa manter o ponto atingido dentro de uma rotina cheia de outros atrativos.
Comece por simplesmente prestar mais atenção em todas as suas ações e movimentações.
É impossível rastrear toda a atividade do cérebro, mas é possível captar muito do que normalmente passaria desapercebido.
Por exemplo, a respiração. Ato quase que automático, colocar o ar para dentro e para fora é imperceptível para quase todos. Busque identificar os esforços e movimentos do corpo enquanto esta ação ocorre.
O mesmo pode ser feito em outras situações simples como a mastigação, o movimento dos olhos. O mexer dos dedos, o engolir de saliva, entre outros.
A percepção destes inicialmente não pode ser realizada em ambiente não propício. A meditação deve ser realizada em lugares silenciosos, de olhos fechados, para que a interiorização seja profunda e a identificação efetiva. Apenas após certo período de prática é possível levar tal atividade para a “vida real”, este é o passo mais difícil da meditação.
Resultados
Segundo estudos da psicologia no Ocidente, o estado mindfulness consiste, na prática, em notar objetos e situações de forma diferente. Por exemplo, olhar para um objeto usual como um livro e enxergá-lo com muitas outras funções como estante, peso de porta, suporte, etc.
Seria então, um processo de abstenção de definições padronizadas por meio de um pensamento mais profundo e criativo, aguçado pelos sentidos do corpo humano. Assim, aquele que dispõe de atenção plena dá diferente valor a cada etapa dos processos de sua vida. Ao invés de estar sempre visualizando resultados, enfatiza os passos para que se chegue lá e concentra-se em realizá-los de maneira atenta, viver plenamente. O que a filosofia denomina como “saber da experiência”.
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Os benefícios são inúmeros. Já que a concentração se encontra elevada, o desempenho em tarefas é diferenciado, as atitudes são mais racionais e conscientes. Sendo assim, é possível controlar compulsões, tomar decisões de maneira mais razoável, vigiar melhor seu corpo em questão de alimentação, atividade e funcionamento, identificando por si mesmo aquilo que lhe faz melhor ou pior.
- Escrito por Julia Zayas da Equipe Eu Sem Fronteiras.