Você talvez já tenha encontrado alguém totalmente perdido em suas ações. É bem possível também que você se veja assim em alguns momentos.
Quantas coisas você faz no famoso “piloto automático”? Você se pega distraída, sem saber o que fazer? Ou já fez algo sem “se tocar”?
Vejo pessoas que param no meio do corredor do supermercado. Que estacionam ocupando duas vagas. Andam na contramão. Que consomem, consomem, consomem e nunca estão saciadas. Que derramam palavras sem sentido ou ofensivas apenas porque precisam emitir sua “preciosa — e correta — opinião”. Vejo pessoas que dizem uma coisa e fazem outra.
Em outra esfera, tem gente que não percebe quando um pensamento negativo, autossabotador ou julgador invade… Que não percebe o que é joio ou o que é trigo.
Se faz algo porque ama e tem significado ou porque precisa responder à demanda de outro alguém.
Que andam de um lado para o outro na “correria” de todo santo dia, mas não sabem para quem nem para onde estão indo. Assim, ficamos extremamente cansadas. Exaustas. Sem guiança, perdidas.
E uma hora o corpo grita pedindo pausa. Tudo isso porque, na grande maioria das vezes, é muito provável que estejamos no passado, no futuro ou distraídas num tempo qualquer que não é o aqui e o agora!
Não viemos aqui a passeio — embora possamos desfrutar, com consciência e mais plenitude, justamente por nos entregamos à Presença!
Imagine toda sua energia gasta em passar distraída pela vida, rolar feeds, julgar os outros e se preocupar com opiniões alheias ou fatos que ainda não o são convertendo-se em atenção para si mesma?
Isso muda tudo. Atenção é tudo. Atenção é cuidado. Cuidado é amor. Estar atenta é estar disponível, de prontidão. É estar presente e trazer à presença aquilo com que nos importamos, o “objeto” da nossa consciência. Quando estamos realmente presentes, ficamos mais inteiros (sendo o que realmente somos).
Aprendi no exercício dos jogos teatrais de Viola Spolin 3 perguntas básicas para o “ator” – projetado aqui como aquele que age, que faz, que atua, ou seja: uma posição que todos nós podemos assumir em nossas vidas! São elas:
- Quem sou eu?
- Onde estou?
- O que estou fazendo?
É só parar. Para se olhar. Sentir. Cultivar esse hábito em si como um primeiro passo.
No Jardim em Flor, dou um empurrãozinho, estimulando o foco e atenção da semana, tendo a arte como intermediária.
A partir de propostas com escrita criativa, desenhos, movimento, colagens, tecelagem — tudo de forma online, autoguiada e com meu acompanhamento —, é possível se perceber nas suas criações, nas suas atitudes, nos seus pensamentos, reconhecendo, acolhendo e transformando seus padrões de comportamento. Você abre seu coração para a verdadeira percepção…
Ao final de cada mês, há Perguntas para Desabrochar a qualidade trabalhada. É um processo calmo e introspectivo, mas que gera esse compromisso de auto-observação aos poucos, com a consistência de que toda implementação de hábitos precisa. Singelas ações que, quando repetidas, incorporam-se em sua rotina e se tornam uma forma de ser.
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Desde que iniciei esses processos, em 2015, as anteninhas ficaram mais alertas. As correções ficam mais vez mais rápidas, sem julgamento e autopunição. Apenas me percebendo. Sentindo quem sou, onde estou e o que estou fazendo a cada momento. Viver fica mais fluído e leve.
Venha cultivar a Alma no Jardim em Flor