Espiritualidade

Os des(compassos) da vida

Imagem ilustrativa de um pássaro voando sobre as águas e o céu azul com nuvens amareladas
danymages de Getty Images / Canva
Escrito por Luiz Guimaraes

A Humanidade caminha de forma trôpega, desvinculada do verdadeiro sentido da vida. Absorta fortemente na vida material, busca ardentemente amealhar bens como se fôssemos proprietários de tudo que adquirimos.

Esquece de que, em realidade, nada nos pertence, conforme o Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI: “Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado, não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens” (…).

Vale ressaltar as palavras do grande orador espírita Divaldo Pereira Franco: “O que temos, nós deixamos, o que somos nós levamos. Não basta saber, é indispensável ser. O amor que se faz apaga o mal que se fez. Vale a pena amar, o amor é alma da vida.”

Segundo o livro O Evangelho de Chico Xavier, de Carlos Antônio Baccelli, Item 7, temos: “A questão mais aflitiva para o espírito no além é a consciência do tempo perdido…”. Essa assertiva leva-nos a um questionamento: como estamos aplicando o nosso tempo?

Como criaturas perdidas no tempo e no espaço — agimos à semelhança de uma nota dissonante na Orquestra Divina direcionada para o bem —, na ilusão de chegarmos à verdadeira harmonia e Paz com o Criador. Exauridos pelo tempo desperdiçado nas atribulações da vida, seguimos rumo às dores e sofrimentos que nós mesmos criamos.

Os sentimentos equivocados das vidas pretéritas fustigam-nos na presente existência, consumindo nossas energias que poderiam ser carreadas para aqueloutros nobres que nos conduzirão para a paz interior. Se direcionarmos esses potenciais para as ações altruístas, deixando egoisticamente de nos preocupar somente conosco, chegaremos à consciência lúcida que nos conduzirá para a prática da fraternidade com os nossos semelhantes.

Apercebendo-nos de que a vida material é efêmera diante da imortalidade do Espírito, haveremos de redirecionar nossos pensamentos e comportamentos, que resultarão no despertamento da Luz Divina adormecida em todos nós. Por oportuno, referimo-nos ao que encontramos em Mateus 5:16: “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”.

As enfermidades do corpo, as dores e sofrimentos decorrem das imperfeições d’alma e, se buscarmos as devidas correções, as consequências no corpo físico irão desvanecendo… Contudo, trata-se de um processo de reeducação, no qual a vontade, a fé e a perseverança devem conviver conosco.

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Conhecendo os postulados da Doutrina dos Espíritos e assimilando seus ensinamentos, iremos admitir que o tempo é agora! Vivamos o presente envidando nossos melhores esforços para o bem. Façamos uma nova história para o amanhã que nos espera para colhermos os bons frutos semeados (toda experiência, exitosa ou não, é fonte de aprendizado).

Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
www.cecpj.org.br cecpj YouTube

Sobre o autor

Luiz Guimaraes

Sou médico diplomado no ano de 1972, pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Já era funcionário do Banco do Brasil e em 1977 assumi o cargo de médico no serviço da Instituição. Em 1988, assumi a chefia daquele serviço e em 1996 aposentei-me. Escrevo para o Jornal do Commercio e Diário de Pernambuco (ambos em Recife) sobre a Doutrina Espírita e também sobre nossa conjuntura política. Sou membro efetivo da Academia Pernambucana de Música desde 1998.

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