Eu nunca consegui realizar minhas metas de começo de ano.
No entanto, ao reler meus cadernos antigos – hábito que tenho desde sempre – percebi que o que eu escrevia (o que eu vivia e experienciava) existia!
Recentemente vi alguns conteúdos – também embalados pelo famoso tema de início de ano – que diziam assim: “não crie metas, crie processos”. O tema ressoou muito em mim, porque me remete à “inutilidade das coisas”, aos brinquedos, à arte, ao existir, tirando um pouco o foco de algo que está lá no futuro. E também porque tendemos a criar metas sobre conquistas, bens materiais, coisas externas. E os processos me remetem a mudanças de comportamentos, implementação de hábitos, ao “como” e não necessariamente ao “que”.
Tenho tentado, então, manter vivos os sonhos e as intenções, mas a cada momento, no caminho, criando minha vida no agora, criando “comos”, assim como aprendi no curso de Arteterapia, de abordagem humanista-existencial – o que importa são os processos!
Imersa nessa compreensão, me deparei com o livro “A alma precisa de tempo”, de Verena Kast. Separei dois trechos que amparam o que vinha dizendo:
O que falta cada vez mais é o ócio. Falta também a contemplação das coisas, a tentativa de transformar eventos em experiências e assim torná-los acessíveis como experiências interiores, que possam ser revividas, lembradas como marcos do desenvolvimento da identidade autobiográfica até a idade avançada. O que me importa é o coração quente, a consciência de que é importante criar um fundo de vida interior, emocional e criativa, que possa servir como nosso “lar”. Isso enriqueceria também os relacionamentos humanos.
Uma meta poderia ser: ter tempo para a alma. Ter tempo, respirar lentamente, desfrutar das experiências – ou, quando forem experiências difíceis, absorvê-las calmamente e, depois, soltá-las.
Kast, Verena. A alma precisa de tempo (Reflexões Junguianas) (p. 102). Editora Vozes. Edição do Kindle.
E se eu focasse mais nos “processos” do que nas “metas”? E se eu tomasse mais tempo para viver o que minha alma pede, experienciando o agora? E se eu vivesse com o “coração quente”?
Assim, trago 3 premissas Para Cultivar a Alma com foco em vivenciar o “como”, sem necessariamente ter algo a chegar no final – mas vivendo uma vida positiva e presente:
♡ A Alma precisa de tempo (pausas)
♡ A Alma precisa de abraço (acolhimento com autocompaixão)
♡ A Alma precisa de liberdade (alcançada por meio do auto-perdão)
Escreva uma Carta para sua Alma, contando sobre suas intenções em relação a ela, a sua vida interior. Como você poderia dar tempo para ela? Como vai abraçá-la? Como vai libertá-la? O que você vai soltar, perdoar, acolher para que sua Alma se sinta viva? Como você pode enriquecer mais seu verdadeiro lar?
(Se desejar, compartilhe seu texto comigo ♡)
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Com pausas, acolhimento e muita autocompaixão e perdão, vou conduzindo alguns processos, um sistema completo que chamo de Jardim em Flor. Este é meu “como”, que compartilho com você em pequenas trilhas. A primeira delas é uma homenagem à escritora Ana Jácomo, que embala com suas palavras o cultivo da Atentividade, Escuta e Coragem.
Vem vivenciar esses processos comigo?
Acesse aqui e saiba mais <3