Autoconhecimento

Beleza em todos os tamanhos

Escrito por Eu Sem Fronteiras

Por que será que temos a tendência de enxergar com mais facilidade os nossos “defeitos” do que nossas qualidades? Isso acontece devido aos padrões sociais e à todas as cobranças a que nós nos submetemos, às vezes, até mesmo de forma inconsciente.

A aparência rege nossos dia a dia e o perfeccionismo, a busca pelo corpo perfeito a acompanha de diversas maneiras. A mídia impõe, ao longo do tempo, diferentes tipos de corpo expostos como meta a ser atingida, como o protótipo do que é bonito. Não só a mídia sustenta estes mitos, mas o consumo, as lojas que criam roupas com formatos de acordo com tais medidas, as revistas e comerciais que só trabalham com modelos de tal tipo, e até mesmo os olhares e julgamentos na rua para aqueles que estão fora do que foi imposto como “certo”.

Cada um, cada um

O grande problema disto tudo está no fato de que somos todos diferentes, cada um com seus gostos, preferências, estilos de vida e portanto é impossível criar um padrão comum para que todos sejam iguais fisicamente, muito menos psicologicamente.

Cada um de nós tem uma história e é tão irracional quanto impossível tentar tornar a vida de todos a mesma, perdendo a essência da originalidade e as diferenças naturais que compõem uma sociedade e a vida em grupo.

Conceito de beleza

Além disso, o conceito de beleza acompanha tais varações. O que consideramos bonito, feio, chato, legal, agradável ou não, e todas as nossas outras opiniões são resultado da junção entre nossa personalidade e nossas experiências. Ora, sendo cada personalidade e experiência divergente para cada ser, impossível que a opinião se torne igualitária para todos.

shutterstock_345372191

Quando se fala no conceito de beleza, muito já foi modificado dentro deste formato de imposições. Houve tempo em que os padrões de beleza eram as moças gordinhas, já atualmente, bonitos são os homens musculosos e as mulheres magérrimas. Entretanto, até que ponto se fala de beleza, saúde ou simples superficialidade de aparências?

A existência desta constante exposição e contato com as medidas perfeitas traz, inconscientemente, uma desvalorização de si, por não estar dentro do que é julgado bonito. Sem perceber, encrustamos tais ideias em nosso subconsciente, como pretende a mídia e o mercado, e passamos a nos desvalorizar a ponto de diminuir nosso amor próprio e causar aquela estranha sensação de constante insatisfação, de olhar-se no espelho e sempre achar que algo está errado, que aquela gordurinha não devia estar ali, que o nariz está grande demais, o cabelo não está brilhante como o da propaganda, a barriga não está definida quanto a da revista…

O caminho da dita felicidade

Impregnadas por tais ideias vendidas, muitas pessoas passam a modificar seu modo de vida em função de atender as exigências da sociedade. Pode-se citar alguns casos em que tal mudança é benéfica, por exemplo: Alguém que há muito tempo não se alimenta bem, tem uma vida sedentária e não saudável passa a mudar seu pensamento e tomar iniciativas a fim de obter melhor estilo de vida influenciada pela visualização constante de padrões mais esbeltos e saudáveis. Porém, não é tão simples assim.

O grande problema está na maneira com que essa influência funciona na vida das pessoas, não muito como um incentivo benefício, porém muito mais como uma exigência, um fardo, um sofrimento.

A fim de se encaixar e ser bem aceito, muitos de nós ignora os meios para tal fim e passa a agir de forma inconsciente gerando outros grandes problemas como depressão, distúrbios alimentares, exageros, estresse e outras doenças e perturbações.

As loucuras

Os caminhos mais comuns são dietas malucas, de todos os tipos: Lua, Sol, sopa, detox, redux, paleo etc.; cirurgias de todos os tipos: redução, lipoaspiração, “tira daqui, põe ali…”; tratamentos estéticos: massagem redutora, relaxamento, drenagem, etc.; treinos exagerados ou ingestão de suplementos alimentares e/ou repositores alimentares sem limites.

São tantas as opções e junto delas, todos os perigos. A preocupação com o corpo perfeito e a insegurança com si mesmo tem se tornado mais importante que o bem-estar e saúde em si.

É de extrema importância que as pessoas conheçam seu corpo de modo que possam orientar mudanças conscientes e efetivas em seu modo de vida, quando necessário. Não a fim de se encaixar nos padrões de beleza, mas sim de ter mais saúde e ser mais feliz, independentemente do que acham os outros.

A escolha certa

O primeiro passo para se cuidar de forma inteligente é livrar o pensamento das citadas imposições. Lembre-se sempre de sua originalidade e beleza, todos nós temos algo de especial e bom a ser valorizado e esta atitude deve começar por nós mesmos.

Não se deixe levar pelo que diz o senso comum. Tenha sua própria opinião e autoconfiança, valorize suas habilidades e qualidades, explorando-as da melhor maneira possível. Sendo assim, terá mais disposição e sabedoria para iniciar as mudanças necessárias sem cometer loucuras e se prejudicar.

Coloque a saúde antes da vaidade. Seja mais independente para realizar aquilo que quer, sendo feliz. Não é necessário sofrer. Um bom profissional pode lhe dar orientações que facilitem mudanças de hábito alimentar e de exercícios físicos, por exemplo.

Você também pode gostar

Sem se prender a metas comuns, as suas metas são, com certeza, muito mais realistas e satisfatórias. Não importa se seu manequim é 34, 36, 38 ou 40, uma rotina sem sofrimentos e uma saúde consistente são muito mais valiosas do que isso.

  • Escrito por Julia Zayas da Equipe Eu Sem Fronteiras.

Sobre o autor

Eu Sem Fronteiras

O Eu Sem Fronteiras conta com uma equipe de jornalistas e profissionais de comunicação empenhados em trazer sempre informações atualizadas. Aqui você não encontrará textos copiados de outros sites. Nossa proposta é a de propagar o bem sempre, respeitando os direitos alheios.

"O que a gente não quer para nós, não desejamos aos outros"

Sejam Bem-vindos!

Torne-se também um colunista. Envie um e-mail para colunistas@eusemfronteiras.com.br