Entenda o aumento do consumo bebida alcoólica entre mulheres e como aproveitar a vida social com equilíbrio
Que as mulheres mostraram que é possível ser e fazer o que querem já não é mais novidade. Há conquistas importantes para celebrar até aqui, embora as multitarefas tendam a ser desgastantes e façam com que as buscas por lazer e relaxamento sejam necessárias.
Beber um drink, por exemplo, pode ser uma opção de diversão, assim como pode se tornar um hábito autodestrutivo. Esse é um dos alertas dos especialistas sobre o aumento do consumo de bebida alcóolica entre as mulheres, nos últimos anos.
Conforme dados do relatório “Álcool e Saúde dos Brasileiros: Panorama 2022”, conduzido pelo Centro Informações sobre Saúde e Álcool (Cisa), o aumento no consumo de álcool ocorreu entre todas as faixas etárias, com um crescimento mais significativo durante a pandemia, entre mulheres de 18 a 34 anos.
Mais sobre os cuidados com a bebida
Gatilhos femininos e a bebida
Para o psicólogo e especialista em psicanálise lacaniana Pedro Gobett, os gatilhos para as mulheres consumirem mais bebida alcóolica merecem atenção individual. Quando se trata do universo feminino, “a singularidade é uma marca”, comenta.
No entanto, alguns gatilhos passaram a se assemelhar aos dos homens, desde que a mulher conquistou espaço social, afetivo e no mercado de trabalho, com a globalização e os movimentos sociais.
Dificuldades financeiras, conflitos familiares e nos relacionamentos afetivos, frustrações em objetivos diversos podem ser alguns dos motivadores para o aumento do consumo de bebida alcóolica. “Quando os objetivos almejados parecem distantes de serem realizados, a mulher pode até desenvolver um quadro depressivo”, alerta o psicanalista.
Fique atenta aos sinais
Happy hours, festas e festivais voltaram a fazer parte da vida social, na pós-pandemia de covid-19. Para apreciar os momentos com equilíbrio, é necessário que a mulher fique atenta aos sinais do seu corpo. Gobett compartilha três fases para reconhecer que é importante apertar o botão de alerta:
• Fase macaco, na qual ocorre uma desinibição, uma euforia, e, tal como um macaco, provoca risos.
• Fase leão, que se caracteriza pela agressividade e pela valentia, podendo agredir fisicamente ou verbalmente alguém, chegando a causar arrependimento no dia seguinte.
• Fase porco, na qual ocorre a perda das funções fisiológicas, e a pessoa não consegue ter um senso de qualquer medida higiênica.
Ao identificar algumas dessas características, cabe buscar o auxílio de um profissional.
O segredo está na quantidade
O corpo da mulher pode reagir biologicamente de forma diferente do corpo do homem e desencadear problemas à saúde, como gastrointestinais, neurológicos, de fertilidade e de aumento de peso.
A recomendação da Cisa é que a mulher consuma uma dose de 14 g de álcool em um único dia ou sete doses por semana. No Brasil, a dose recomendada corresponde a uma lata de cerveja (com 5% de álcool), 150 ml de vinho (que contém 12% de álcool) e 45 ml de destilado — como vodca, gin, tequila (com 40% de álcool).
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Se estiver triste ou eufórica demais, não beba
Quando não aprendemos a ouvir o corpo e as emoções, o brinde que poderia ser feito apenas por diversão pode se tornar um problema em diversas áreas da vida.
Portanto, vale observar os momentos de tristeza e euforia, na hora de beber. Dentro de uma taça de gin, pode existir um gosto que o mundo desconhece.
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