Há pessoas que falam e reclamam muito simplesmente por não estarem em paz com elas mesmas. Fato. Canções já foram cantadas alertando que quem fala demais é porque não tem nada a dizer. Vivem repletas de amargura, traumas, dores não elaboradas e despejam tudo isso nos demais sob o pretexto de estarem empunhando bandeiras que supostamente representam a defesa dos fracos e oprimidos.
Mentira! E daquele tipo que é o pior… O mentir pra si mesmo. Essa categoria das inverdades é dotada de um poder destrutivo absolutamente perigoso, pois envolve a pessoa conduzindo-a por um caminho dentro do qual seu alimento principal será o vitimismo aliado a fortes doses de falta de autorresponsabilidade.
A partir daí, tudo sempre será visto como motivo para vociferar contra pessoas e coisas. Nada estará bom; sempre haverá um “mas”, um “se”, um “antes era assim” ou ainda um “antigamente era assado”. Em verdade, o fato é que o sujeito reclamão vai estar mesmo é frito, tostado no óleo fervente posto por ele mesmo através de sua mentalidade negativa e nebulosa.
Há ainda mais um risco, um outro veneno letal que atinge em cheio e penetra profundamente nesses falastrões sedentos por sofrimentos: seus egos. Isso mesmo, os egos que, esperta e sorrateiramente, se identificam como heróis da resistência e “confortam” os insatisfeitos por meio da ideia de que são pessoas como eles que detém o poder de mudar o mundo. Outra mentira! Ao se identificarem com as constantes, diárias e infinitas lamúrias, o que fazem não é contribuir para tornar o mundo algo melhor. O que conseguem, de fato, é viverem envenenados e com o humor pendendo quase sempre para o lado negativo da balança. Passam a crer que sarcasmos, ironias e afins se constituem em ferramentas importantes e que devem utilizá-las para alardear sua inteligência e seu pretenso senso crítico.
Em vez de RECLAMAR podemos somente, simplesmente e sabiamente escolher AMAR a realidade como ela se apresenta. Toda circunstância pode estar escondendo algo importante e valioso. Por trás das aparências observadas por intermédio das nossas lentes sujas, engorduradas, melecadas por crenças limitadoras surgidas sabe-se lá onde e muito bem alimentadas pelas falas lamuriosas e “normais” do dia a dia, certamente existem várias razões para que possamos nos abastecer da mais profunda GRATIDÃO.
Agradecer para SER mais leve, feliz e satisfeito. Plenitude no peito… esse é o poder que nos faz melhorar o que tiver que ser melhorado. Gratidão para viver em paz, tranquilo, contente — vivendo o presente como um presente que acabamos de ganhar.
O inferno não são os outros, nem tampouco as condições objetivas e passageiras que se fazem presentes nos infinitos contextos da existência. Inferno mesmo, e na real, são os nossos pensamentos, palavras e hábitos quando os escolhemos mal. Os dois últimos versos do poema “Invictus”, escrito por William Ernest Henley nos ensinam:
EU SOU O MESTRE DO MEU DESTINO.
EU SOU O COMANDANTE DA MINHA ALMA.
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Que sejamos sábios e capazes de transformar lamentação em AÇÃO: para dentro e para fora; do interior para o exterior — capitaneando nossas próprias vidas, corajosamente alinhados à essência divina que habita em nós.
Desse jeito é que a mágica acontece…
Gratidão!