Comportamento

Um texto sobre sombras

Sombra de um monstro colocando as mãos em um vidro
Jakub Krechowicz / Shutterstock.com
Escrito por Maria Paula Macario

Todas as pessoas têm luzes e sombras dentro delas. No entanto, é difícil acessar as partes sombrias de nós, porque nos recusamos a aceitá-las. Felizmente o artigo da colunista Maria Paula Macário vai elucidar seus pensamentos sobre o tema, com o autoconhecimento. Saiba mais sobre o assunto!

Eu fico com a sensação de que, por mais que se fale de sombras dentro do universo dos assuntos relacionados com a espiritualidade, ninguém quer mesmo falar sobre isso. E isso, o que é, senão um reflexo de mim mesma? Aliás, é normalmente quando me pego julgando, criticando ou até mesmo só me incomodando com alguma situação que mais acesso minhas sombras mais escuras. É o famoso “tem algo aí”.

E eu venho tentando decorar isso, pra ver se pego mais rápido os ensinamentos e passo menos tempo com coisas me incomodando.

Ainda sobre as pessoas que fazem um trabalho espiritual com as sombras, acaba que nada são além do que todas as pessoas que fazem um trabalho também com a luz.

E, já que estamos falando sobre sombras, nesta manhã de terça-feira, início da minha fase pré-menstrual do ciclo, com minhas ferramentas, tentando entender o que o arquétipo da feiticeira estava me trazendo neste mês, passei pelos seguintes processos:

Mulher se escondendo das sombras de mão que tentam pegá-la
Cristina Conti / Shutterstock.com

. Estou me sentindo travada, certeza de que fiz/estou fazendo algo de errado
. Está me faltando humildade.
. Putz! Não sou humilde. Que saco!
. Vou procurar algo para ativar mais dessa energia em mim. Busco frequências, coloco uma meditação.
. Compartilho com alguém, desabafo.
. A pessoa nem respondeu, mas já começam a vir alguns insights.
. A Espiritualidade me abraça. Me encoraja. Aí eu sinto que faltaram também devoção e entrega, fé.
. Minha criatividade está de volta, e eu percebo como fui humilde em compartilhar com outra pessoa aquelas que são minhas sombras mais profundas.

Numa manhã qualquer de terça, recorri a pequenas práticas já bem comuns na minha vida – e, quando digo pequenas, é porque eu estava travada, sem inspiração e apenas fui levada a fazer o mínimo, que pra mim passou a ser natural. Simplesmente passou a ser necessário eu me perceber e me movimentar, por menos que seja, em direção a uma saída do sofrimento, por menor que este seja também.

E o que importa mais é a intenção.

Então, dentro desse espaço, tantas vezes sutil, percebo e agradeço: que bom que eu coloquei a intenção! A intenção é esse passo de fé. Lembrei logo dos ensinamentos de Jesus, quando os discípulos pediram que Ele aumentasse a fé deles.

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A nossa fé pode ser do tamanho de um grão de mostarda, e seu poder já é imenso, pois basta que ela exista. Basta uma fagulha sempre acesa.

E veja só: um texto sobre sombras acabou sendo um texto sobre luz.

Sobre o autor

Maria Paula Macario