Os livros de colorir tiveram uma explosão de vendas nesse ano, como o caso do livro Jardim Secreto, de Johanna Basford, ocupando a posição número 1 nos rankings de mais vendidos. A propaganda dizia que o livro ajuda a relaxar, mas a questão é: os livros de colorir ajudam mesmo no alivio do stress?
De certa forma podemos dizer que sim, porém isso é muito relativo. Hoje, vivemos em uma sociedade extremamente agitada, principalmente para as pessoas que moram em cidades grandes onde ter um momento de paz é muito raro. O trânsito, o barulho e o trabalho excessivo nos deixam completamente estressados.
Também temos os aparelhos eletrônicos que interferem na nossa concentração, muitas vezes não nos permitindo manter o foco em uma única atividade e acabam nos levando ao esgotamento mental.
É nesse âmbito que podemos considerar os livros de colorir como uma forma interessante para redução do stress. Colorir é uma arte, atrativa para crianças, adultos, idosos.
Quando colorimos associamos, principalmente, a sensação da fase em que estávamos na escola primária. É como voltar a ser criança, por isso atraiu tantos jovens e adultos, pessoas que estão vivendo os momentos da vida onde existem mais atividades estressantes.
Ao colorir, nos focamos em uma única tarefa, e nos ligamos a ela. Sendo assim, colorir ajuda a aliviar a mente.
A estética contida nesses livros é excitante, e ao colori-los temos a sensação de prazer em ver a beleza do desenho ganhando cores. Os detalhes que são percebidos depois de pintados e o sentimento de um trabalho artístico realizado aguçam o sistema nervoso e nos dá um imenso prazer.
Você também pode gostar
Contudo, é importante lembrar que o livro não é uma terapia. Nenhum estudo comprovou esse fato, ou seja, não podemos esperar uma cura para o stress. Também é necessário a compreensão que nem todas as pessoas encaram colorir como uma forma anti-stress. O livro pode ser concebido como um hobby, colorir para esvaziar a mente, se acalmar, ter um momento introspectivo e, dependendo de como o encare, divertido.
Texto escrito por Giulia Maquiaveli da Equipe Eu Sem Fronteiras.