Autoconhecimento

Por que sentimos ciúmes?

Casal deitado na cama enquanto homem olha para a mulher mexendo no celular
blackCAT de Getty Images Signature / Canva
Escrito por Daiana dos Santos

Você é uma pessoa ciumenta? É possível que você consiga controlar esse sentimento em si. No entanto, se você ainda não tem essa habilidade, deve estar se perguntando por que sentimos ciúme. A resposta está disponível no conteúdo que preparamos, que vai te ajudar nos momentos de crise. Exercite seu autoconhecimento!

O ciúme não é uma emoção única, pois é um conjunto de vários sentimentos confusos e influenciadores, como raiva, ansiedade, medo, impotência, tristeza, desespero etc.
Sentimos ciúme quando consideramos a possibilidade de que nosso relacionamento seja ameaçado por um/uma rival. Tememos que nossa parceira/parceiro, amigos ou outras pessoas queridas percam o interesse por nós e desenvolvam relação mais próxima com outra pessoa.

No caso do ciúme, o relacionamento especial sempre está relacionado a três pessoas (e não me refiro aos trisais). É justamente a terceira pessoa que é interpretada como uma ameaça iminente.

O ciúme existe desde os primórdios da humanidade, como o ciúme de Caim por Abel, no livro de Gênesis, o primeiro da Bíblia Sagrada.

O ciúme também possui teorias sobre sua evolução: a do investimento parental e a da competição por recursos limitados, teorias que não abordarei aqui.

Isso quer dizer que, em algum momento da vida, já sentimos ou poderemos sentir ciúme. A questão é o que fazemos com esse sentimento.

3 Post-its com rostos desenhados
Liia Galimzianova de Getty Images / Canva

Pessoas que possuem crenças (ideias generalistas) distorcidas sobre si, os outros e o mundo tendem a ruminar o ciúme, tornando-o um problema para o relacionamento.
Por exemplo: se você acredita não ser uma pessoa interessante ou não ser capaz de manter o amor de outra pessoa por você (essas crenças são as lentes com as quais você se enxerga no mundo), isso te faz querer se proteger do pior.

Você também pode gostar:

O pior, nesse caso, é alguém atrapalhar seu relacionamento. Dessa forma, começa a busca por evidências de que o relacionamento está em perigo, o que gera desconfiança, perseguição, brigas e, muitas vezes, o término, confirmando as crenças.
Lembre-se: nossos pensamentos não são fatos. A mente de uma pessoa ciumenta em busca confirmações, em vez de fatos. De forma inconsciente, é uma tendência automática buscarmos informações que confirmem nossas crenças.

Então, se você considera que o ciúme é um problema na sua vida, observe seus pensamentos e tente fazer uma avaliação racional dos fatos que os apoiam ou, o oposto, não os confirmam. Se não conseguir fazer isso sozinho, busque ajuda especializada.

Referência bibliográfica: Livro “A cura do ciúme”, de Robert Leahy.

Sobre o autor

Daiana dos Santos

Psicóloga I Psicoterapeuta cognitiva-comportamental e Terapeuta sexual.

Daiana atua na área clínica, realizando psicoterapia individual na abordagem cognitivo-comportamental, terapia de casal e terapia sexual.
É ativa nas redes sociais, compartilhando informações com o intuito de desmitificar mitos e tabus e descomplicar a sexualidade humana.
Participa mensalmente do programa Sex Relâmpago no perfil da Rede Relâmpago no Instagram e Youtube, sob direção do Jornalista Victor Corso.
Além de abordar temas sobre a sexualidade humana, produz conteúdos através de vídeos e textos educativos, sobre outros temas relacionados a psicologia como, estratégias para amenizar sintomas da depressão, ansiedade e fobias, autoestima, autoconhecimento, entre outros. Oferece palestras, workshops e é idealizadora do e-book Inteligência emocional: dicas de como desenvolvê-la.

Instagram: @daiana.sdossantos
E-mail: daiana.sdossantos@gmail.com
Telefone: 11 95569 - 4247