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Mês do orgulho LGBTQIA+: Resiliência e empoderamento na diversidade

Bandeira LGBTQIAP+
Kavic.C's Images de Canva Pro
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Para alguns, junho pode ser um mês neutro, sem motivo algum para comemorar. Contudo, para a comunidade LGBTQIA+, o período junino representa anos de luta contra o preconceito e contra as pressões sociais, conhecido como Mês do Orgulho LGBTQIA+.

Se você não sabe o motivo da adoção desse mês, leia o artigo e considere apoiar a causa!

Para uns, o mês de Junho pode passar batido. Mas, para a comunidade LGBTQIA+, o mês representa a personificação e a celebração de todos os momentos sombrios que passaram, em forma da Parada do Orgulho, da aprovação de leis que pendem ao casamento homoafetivo e à aceitação da sociedade. Assim, Junho é conhecido como o Mês do Orgulho LGBTQIA+.

Por isso, em função de acrescentar um pouco mais de argumentos ao seu repertório intelectual, é importante saber o porquê dessa festança e de todos esses avanços que têm mostrado ser uma luz no final do túnel em relação ao preconceito institucionalizado.

Ficou curioso (a)? Continue lendo e se surpreenda com curiosidades sobre esse mês de luta

Por que o Orgulho LGBTQIA+ é celebrado no mês de junho?

Bandeirinhas LGBTs erguidas
inkdrop de Canva Pro

O mês de Junho não foi escolhido aleatoriamente. Muito pelo contrário – houve um movimento envolvendo um dos maiores bares LGBTQIA+ de Manhattan, o Stonewall Inn.

Tudo começou em 28 de junho de 1969. Era uma noite comum nesse local, até que a polícia foi acionada. Esse comportamento gerou uma revolta nos frequentadores e nos donos, já que outros comércios ficavam abertos até mais tarde e nada acontecia. Então, os clientes decidiram reagir às prisões e à apreensão de bebidas, jogando tijolos, copos, latinhas e outros objetos.

A partir daí, a história mudou, já que outros agentes da lei foram entrando com barricadas e com outros artefatos para se protegerem e todos presentes se defendiam, alegando não querer sair do local até que um acordo seja feito. Essa luta entre civis LGBTQIA+ e oficiais durou dias, mostrando a força da comunidade.

Um dia se passou até que um trato foi feito entre a polícia e os presentes. O caso ganhou tanta repercussão que a própria comunidade LGBTQIA+ nomeou esse dia como “Dia do Orgulho”, para mostrar que não é necessário ter VERGONHA por ser quem você é ou por quem você gosta!

É necessário ressaltar que esse movimento foi uma pólvora para que várias outras resistências fossem feitas ao decorrer daquela década. Interessante, não é?

Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

Como citado anteriormente, Junho é conhecido pela comemoração em relação aos direitos LGBTQIAP+. Contudo, é em 28 de Junho que tudo se concretiza, sendo institucionalizado como “Dia do Orgulho LGBTQIAP+”. Legal, certo?

Entretanto, a luta não para por aí, visto que todas as letras têm o seu dia específico para comemorar. Veja abaixo:

Lésbicas – 19 de Agosto
Gays – 28 de Junho
Bissexuais – 23 de Setembro
Transexuais – 29 de Janeiro
Queers – 28 de Junho
Intersexo – 28 de Junho
Assexuais – 6 de Abril
Pansexuais – 8 de Dezembro

Aprofunde-se no significado e nas pautas de cada “letra” da sigla LGBTQIA+

A Parada do orgulho LGBTQIA+

Tomando data, geralmente, na primeira semana de junho (em 2023, foi em 8 de Junho), a Parada do orgulho LGBTQIA+ é, além de uma verdadeira festa, um dia para refletir sobre tudo que foi conquistado por meio de tanta luta e por meio de tanto suor.

Esse evento que ocorre na Avenida Paulista, em São Paulo, além de reunir milhões de brasileiros, chama a atenção daqueles que moram no exterior. Por exemplo, nos últimos dez anos, a presença de russos e de europeus está ficando cada vez mais frequente, devido às leis criadas para barrar esses movimentos nos países de origem.

As participações são icônicas. Grandes nomes já apoiaram, como Luísa Sonza, Iza, Glória Groove, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Ludmilla e Pablo Vittar. Outros artistas que estão dominando a cena musical também já marcaram presença, como Paulete Pink, Majur e Thiago Pantaleão.

Além de tudo isso, é um verdadeiro momento econômico, visto que já chegou a registrar mais de R$10 milhões de lucro para a capital!

Criminalização da homofobia: existe mesmo penalização?

Mão colorida com as cores da bandeira LGBT
Pol Sole Salles de Getty Images no Canva

Apesar de todas essas razões para se orgulhar, a comunidade LGBTQIAP+ ainda precisa caminhar muito para se igualar, em termos de leis, com a população heteroafetiva. A violência é um dos motivos para isso. Só em 2022, 273 gays e travestis foram mortos, de acordo com o Observatório de Mortes e Violências contra LGBT+.

Outros empecilhos, como a desigualdade salarial e o preconceito social, podem ser considerados, já que milhões de LGBTs apanham na rua por simplesmente existirem e são hostilizados em ambiente de trabalho, tendo salários reduzidos ou sendo colocados em situações análogas à escravidão.

Um tópico que é importante, e cuja proibição tem consequências preocupantes, que vem sendo colocado em pauta nos últimos anos é a legalização do casamento LGBTQIAP+ no mundo. Em algumas nações, como a Hungria, o casamento entre essas pessoas é criminalizado e até mesmo citar isso na frente de crianças pode ser motivo para levar uma multa bem salgada. No Irã, Sudão e Somália, um casal LGBT pode ser morto a tiros ou decapitado.

No Brasil, a história muda um pouco, apesar de ser com passos de tartaruga. Desde 2019, o STF (Supremo Tribunal Federal) tem aprovado uma série de leis para criminalizar a homofobia, caracterizando-a como injúria e podendo colocar o infrator na cadeia por até 5 anos, além de uma sanção econômica que pode variar entre R$ 500 e R$ 2 milhões de reais.

A importância de garantir esses direitos é gigante, visto que são humanos como todos, apesar do quadro desumanizado que alguns grupos extremistas pintam. Enquanto o mundo não entender isso, a garantia de assistência fica cada vez mais impossível, colocando o povo LGBTQIAP+ em situação de marginalização.

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Ufa, falamos bastante, não é? Bom, o importante é que você, agora, sabe o motivo de orgulho e vai começar a apoiar seus amigos e familiares da comunidade ou a própria causa que tem ganhado espaço – finalmente! – nos últimos anos!

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