Que não me perdoem os mal-humorados de plantão, porque nesse caso escolho não pedir nenhum perdão. E sim, felicidade é fundamental! Pra quê? Por quê? Pra tudo. Pra vida em todos os seus aspectos, nas circunstâncias e possibilidades ilimitadas que se abrem continuamente à nossa frente todos os dias.
Sempre é bom frisar que ser feliz não significa necessariamente estar sorrindo ou satisfeito o tempo todo. Emoções vêm e vão, surgem de acordo com nossas vivências e a partir de acontecimentos que nem sempre estão sob nosso controle. Felicidade é um campo diferente. É um estado de espírito; jorra de uma fonte interna. Configura-se como algo sutil e poderoso, tal qual uma programação invisível cujos comandos se estendem dos pensamentos até culminar nas ações das pessoas.
Um aborrecimento qualquer, ou as pequenas frustrações que às vezes ocorrem e até mesmo algum desafio mais sério que possa surgir eventualmente não são suficientes para dizimar a felicidade verdadeira.
Um dos locais nos quais a presença da felicidade se faz essencial, de um modo ainda mais especial, é a escola, cuja natureza já é repleta de sorrisos, brincadeiras, trocas de experiências e alegria. Mau humor e escola são como água e óleo: naturalmente não se misturam. Ao menos não deveriam se misturar, no entanto, lamentavelmente em alguns lugares, esse estado negativo de espírito acaba poluindo as salas de aula, salas de professores (principalmente) e demais espaços pedagógicos onde poderiam prevalecer sorrisos, empolgação e entusiasmo por ensinar e aprender.
Certa vez, o então candidato à presidência dos EUA, Barack Obama, disse que, quando as crianças pisam em uma sala de aula, o fator mais importante para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem é o professor. Obviamente, outros aspectos também devem ser levados em consideração, como as condições econômicas das famílias, estrutura da escola, local, metodologia, entre outras coisas, mas, acima de tudo, são os docentes que detêm o poder de transformar por meio da inspiração, da competência, da atitude e, ainda, do estado de espírito com o qual vivenciam a profissão.
É aí que surge o quesito – FELICIDADE – relacionado com o exercício do magistério. Antes de seguir, é importante esclarecer que apenas isso não é suficiente, de modo que ressalto que competência e formação de qualidade são outros fatores indispensáveis a uma boa pratica docente. Professor que passa o dia reclamando, praguejando ou colecionando falas odiosas perante os colegas, deveria ter o mínimo de respeito, principalmente por ele mesmo, e desaparecer do ambiente escolar. Mudar de profissão é uma opção, afinal, passamos grande parte do tempo trabalhando e é muito desperdício de tempo e de vida permanecer com essa energia negativa poluidora de ambientes.
É engraçado (talvez trágico) ver professores falando que os adolescentes são pestinhas imaturos. Fico me perguntando: Que tipo de extraterrestres esses infelizes eram quando estudavam? Será que eram como um abominável “jovem", que, porventura, tivesse 200 anos de idade, com chatice transbordando por todos os lados?
Muitos somente esbravejam que as crianças não têm responsabilidade ou disciplina para cumprir os compromissos escolares, entretanto, no que tange a suas vidas particulares, vivem protelando objetivos importantes, como fazer atividade física, se alimentar melhor, estudar mais e abandonar hábitos nocivos. Hipócritas!
Educação com qualidade de verdade somente pode acontecer a partir de cada professor. É uma escolha. Do individual para o coletivo. Do micro para o macro. Reclamação na maioria das vezes é uma miserável maneira de jogar frustrações para debaixo do tapete, fugir das responsabilidades e se amparar no falso conforto das desculpas.
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Confortável mesmo é gostar do que se faz; é adentrar uma sala de aula já sabendo de todas as contradições atreladas àquele espaço, entendendo que tudo é parte do pacote. Partindo-se disso, tudo fica mais leve, mais gostoso e o bem-estar dos envolvidos agradece enormemente.
Ser professor é maravilhoso!!!