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Drag Queen e Drag King: Expressões artísticas que empoderam

Drag Queen segurando a bandeira LGBT
alessandrobiascioli no Canva
Escrito por Eu Sem Fronteiras

Drag Queen e Drag King ainda são conceitos distantes da sua realidade? Talvez essa realidade esteja mais perto de você do que imagina. Afinal, você poderia mergulhar nesse mundo, se quisesse. Ainda não sabia disso? No conteúdo que preparamos, você vai se surpreender com o universo drag, conhecendo a origem da arte e o impacto cultural que ela ainda tem. Aprofunde-se no tema!

Você gosta de se fantasiar? Os adereços que usamos nos ajudam a descobrir uma nova versão de quem somos, explorando nossas características que ficam escondidas ou incorporando novas qualidades. Por isso, fantasiar-se é um ato lúdico, divertido e transformador, assim como são as performances de Drag Queen e Drag King.

Atualmente, essas performances são populares, ainda que sejam uma prática antiga. A série “RuPaul’s Drag Race”, por exemplo, é uma competição entre Drag Queens que tem 15 temporadas. Mas o que é ser uma Drag Queen? E qual é o significado de ser Drag King? Descubra no conteúdo que preparamos.

Significado de Drag Queen

Drag Queen é uma arte performática que consiste em exagerar a feminilidade. Uma pessoa que faz drag queen, então, deve construir uma personagem bastante feminina, que pode usar uma maquiagem marcante, um cabelo longo e volumoso e roupas chamativas. Pabllo Vittar e Glória Groove são exemplos disso.

Inicialmente, a arte drag queen surgiu como uma forma de contornar uma proibição imposta às mulheres. Quando elas não podiam atuar nos teatros ingleses, eram os homens quem interpretavam papéis femininos, vestindo-se de acordo com a imagem associada às mulheres. O termo “drag”, inclusive, é uma sigla para “dress as a girl” (vestir-se como uma mulher).

Com o passar do tempo, a arte drag queen passou a ser utilizada pela comunidade LGBTQIA+ para romper os padrões da sociedade. A adição de “queen” (rainha) representa a ostentação das personagens, que podem ser criadas por qualquer pessoa, ainda que sejam comumente desenvolvidas por homens.

Significado de Drag King

Drag king deitado e olhando para a mão dele
carloprearophotos no Canva

Drag King é outra arte performática, mas o objetivo é exagerar a masculinidade. Dessa forma, o personagem deve ser bastante masculino, com barba, cabelo curto e roupas tipicamente associadas aos homens.

A arte drag king surgiu em 1660, quando as mulheres puderam atuar nos teatros ingleses, também como homens. Depois que a arte se espalhou pelo mundo, em oposição ao termo “queen”, “king” (rei) foi incorporado ao nome.

Mesmo que a maioria das personagens e das performances sejam elaboradas por mulheres, qualquer um(a) pode ser drag king. Rubão e Lucca von Füder são drag kings de sucesso no Brasil.

Diferenças entre Drag Queen e Drag King

Para evitar confusões entre os dois termos, veja quais são as diferenças entre drag queen e drag king:

1) Quem performa cada arte

Tanto a performance de drag queen quanto a performance de drag king podem ser realizadas por qualquer pessoa, de qualquer identidade de gênero e orientação sexual. No entanto, é mais comum que homens sejam drag queens e mulheres sejam drag kings.

2) A visibilidade

Por causa do machismo, a visibilidade dos artistas que fazem drag queen é muito mais alta do que a das artistas que fazem drag king. É possível citar filmes (“Priscilla, a Rainha do Deserto”), séries (“Nasce uma Rainha”) e celebridades (Lia Clark) do mundo drag queen com facilidade, mas é difícil nos referir à presença do universo drag king na mídia.

Drag Queen e Drag Kings na cultura

Uma maneira de saber mais sobre o universo drag queen/drag king é acompanhando as manifestações dessa arte na cultura. Descubra por quais exemplos você pode se aprofundar nessas performances:

Livros sobre Drag Queens

1) “Drag Queens – Arte, Cultura e Sociedade”, de Ally Brown, Nelly Winter, Paola Joy, Petilaine Queen e Sophie Boomèr

Escrito por cinco drag queens, o livro apresenta essa expressão artística de forma analítica, interpretando qual é o papel desse tipo de arte na sociedade contemporânea.

2) “King of Hearts: Drag Kings in the American South”, de Baker A Rogers

A obra em inglês, cujo título pode ser traduzido como “Rei dos corações: Drag Kings no sul dos Estados Unidos”, lança luz sobre artistas de drag king que ainda são invisibilizados na sociedade.

3) “Becoming Ted”, de Matt Cain

O livro em inglês é uma história fictícia na qual um homem é abandonado pelo marido e aproveita essa oportunidade para descobrir uma nova versão de si, por meio da arte drag queen.

4) “Drags”, de Paulo Vitale

A obra é um apanhado de 46 relatos de drag queens, com fotos dos artistas montados e desmontados feitas pelo fotógrafo Paulo Vitale, um dos mais importantes do Brasil.

5) “Salete Campari – Uma Drag Queen”, de Angela Oliveira

O livro é uma biografia do artista brasileiro Francisco Sales Rodrigues, feita pela jornalista Angela Oliveira, que dá vida à personagem drag queen Salete Campari.

Séries e filmes sobre Drag Queens/Drag Kings

1) “Priscilla, a Rainha do Deserto”, de 1994

O filme conta a história de duas drag queens e uma artista trans que viajam pelo deserto em um ônibus chamado “Priscilla”, apresentando um show de drag queen para diferentes públicos.

2) “A Gaiola das Loucas”, de 1996

O longa-metragem acompanha Armand, dono de uma boate de drag queens, em uma missão de causar uma boa impressão no pai da futura nora dele, que é um senador conservador.

3) “All That Drag”, de 2022

O documentário produzido por drags revela a história de cinco drags brasileiras (Malayka SN, Ginger Moon, Don Valentim, Natasha Princess e Penelopy Jean), apresentando as vitórias e os desafios de cada uma delas.

4) “Nasce uma Rainha”, de 2020

A série brasileira é um reality show comandado por Glória Groove e Alexia Twister, com o objetivo de guiar seis drags em uma jornada de sucesso e autoconhecimento.

5) “RuPaul’s Drag Race”, de 2009

A série, que começou em 2009 e continua sendo produzida até hoje, é um talent show entre drag queens, comandado por RuPaul.

Podcasts comandados por Drag Queens/Drag Kings

1) “The Drag King Cast”, de Loose Willis e John Travulva

O podcast comandado por dois drag kings aborda temas como história, sexualidade, moda e o universo drag, de forma leve e divertida.

2) “Consuela Banana Responde”, de Consuela Banana

Neste podcast brasileiro, a radialista e drag queen Consuela Banana promete trazer reflexões sobre a sociedade de um jeito fútil, para fugir de uma realidade ruim.

3) “Santíssima Trindade das Perucas”, de Bianca DellaFancy, Duda Dello Russo e LaMona Divine

As três drags queens que apresentam o podcast abordam temas da cultura pop, histórias sobre a comunidade LGBTQIA+ e notícias com muito bom humor.

4) “Bom dia Drag Queen”, da Cia Canastra de Teatro

O podcast conduzido por Alexia Twister, Loulou Callas, Mercedez Vulcão, Thelores e Vera Ronzella informa as notícias da semana de diversos segmentos, indo desde moda até astrologia.

5) “Salviadagen”, de Spadina Banks

A drag queen Spadina Banks usa o formato do podcast para falar sobre as vivências da comunidade LGBTQIA+ em Salvador, capital da Bahia.

Tudo sobre outros tópicos da comunidade LGBTQIAP+

Depois de se aprofundar no universo drag, você já sabe o quanto pode ser transformador produzir e consumir o trabalho de drag queens e drag kings. Para garantir que mais pessoas tenham essa consciência e possam apoiar essa forma de arte, compartilhe este conteúdo com seus amigos!

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