A palavra “pai” é simples, composta de apenas três letras. Mas seu significado é imenso e complexo, carregado de expectativas, imagens e histórias. Para que um pai exista, é preciso que uma criança seja gerada, transformando a união de dois em três. Assim como na trindade do Pai, Filho e Espírito Santo, a relação entre pai, mãe e filho é uma tríade sagrada. Mas o que realmente significa ser pai?
Muitas vezes, quando pensamos em pai, a imagem que surge é a do homem forte, provedor, protetor. Ele é o chefe da família, o sustento e o guia. É aquele que ensina os primeiros passos, que está lá para corrigir e incentivar, que protege seus filhos de todo mal. Essa visão idealizada do pai como um herói é confortante, mas a realidade pode ser bem diferente.
O pai também pode ser apenas um homem comum, fazendo o melhor que pode. Ele pode ser alguém que tenta, mas não tem todos os recursos, que se esforça para ensinar, mas às vezes falha. Ou pode ser um homem que não oferece nada, porque ele mesmo está vazio por dentro.
Há pais que, mesmo com 30, 40 ou 50 anos, ainda agem como meninos, imaturos e incapazes de assumir suas responsabilidades. A sociedade está repleta de homens com baixa inteligência emocional, que agem mais como filhos do que como pais, esperando serem cuidados em vez de cuidar.
E existem aqueles pais que esquecem de ser pais. Eles nem sabem a data de nascimento de seus filhos, pois estão tão envolvidos em suas próprias vidas que se esquecem dos outros, mesmo daqueles que são carne de sua carne. São “homens” que estão perdidos em suas próprias redomas, incapazes de perceber o impacto de suas ausências.
Um pai que abandona seu filho ou permite que ele seja ferido está passando por problemas profundos. Pode ser falta de amor-próprio, baixa autoestima, insegurança ou insensibilidade. Mas, independentemente da razão, um pai ausente deixa um vazio enorme na vida de um filho. É como se faltasse uma parte importante do seu ser. Sem a presença do pai, quem dá incentivo, quem mostra o caminho? Quem valida os sentimentos do filho?
Se você cresceu sem esse pai presente, você sabe o quanto dói. A ausência, a dor, a sensação de rejeição podem ser esmagadoras. Mas o que fazer quando o pai que deveria proteger não está lá? Quando ele é o que machuca ou permite que outros machuquem?
A resposta talvez seja buscar forças na trindade espiritual. Entregar-se ao Pai Celestial, aquele que nunca abandona, aquele que sustenta e guia mesmo quando tudo parece perdido. Pode ser que seu pai terreno não tenha cumprido seu papel, mas o Pai do Céu sempre estará lá para você. É ele que carrega suas energias e segura sua mão quando ninguém mais vê.
E ainda assim, mesmo que seu pai terreno tenha falhado, ele fez algo certo: trouxe você ao mundo. De certa forma, já é um ato de amor. Talvez ele tenha feito apenas isso, mas isso foi o suficiente para você estar aqui, viva, lutando, sendo a pessoa maravilhosa que você é. Honre isso. Não precisa amar seu pai, mas pode ser grata por existir.
Você é uma centelha de vida perfeita. Você é luz, grandiosa, inspiradora. Se alguém não consegue ver isso, é problema dele, não seu. Se um pai falha em amar, a falha é dele, porque você é digna de todo o amor do mundo.
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Seja luz para as pessoas ao seu redor, ilumine com sua presença, porque você já venceu ao nascer. Levante-se e siga em frente. Lembre-se das palavras de Jesus: “Levante e ande.” Ou, como em “Procurando Nemo”, continue a nadar. Você é forte o bastante para superar tudo isso.
Não se deixe prender pela falta de amor de um pai que não soube amar. Você é mais do que isso. Seja honesta, tenha integridade e amor no coração. O resto se constrói dia após dia. E lembre-se: você é amada, você é única, você é capaz de tudo. Acredite nisso e siga em frente. Deus acredita em Você, acredite em você também.