Quem nunca saiu de casa e depois ficou em dúvida se trancou a porta? Fazer as coisas de forma automática é comum entre os terráqueos, pois a maioria das pessoas vive apressada, mas para quê e por que tanta pressa?
O mundo gira numa certa velocidade, e tudo que se relaciona com a vida de um ser humano é guiado pelo tempo. Será se nós nos deixamos ser controlados pelo tempo ou nós o controlamos?
O estilo de vida atual vê o tempo como um vilão, pois quem nunca ouviu a frase: “Eu gostaria que o dia tivesse mais de 24 horas”. Será se isso é mesmo necessário? Ou é porque nós é que estamos equivocados em relação ao tempo?
Primeiramente, a natureza não erra, se o dia tem as horas que tem, é porque elas são suficientes para realizarmos todas as tarefas de um ser humano. Então, há algo errado no que fazemos, na nossa rotina tem um ou mais desvios daquilo que realmente fomos incumbidos de realizar na Terra.
Assim, um exemplo de desvio é o olhar apenas para a matéria, para o corpo físico e para as necessidades passageiras. Dessa forma, a criatura se perde mergulhando num trabalho que suga todas as energias, ou num relacionamento abusivo, ou numa vida social extremamente ativa, ou tudo junto e algo mais, com isso, esquecendo do que mais importa: as emoções, o íntimo, o psiquismo, a alma, tudo que é imaterial e eterno, fica para depois, ou sequer é lembrado de ser cuidado e aprimorado.
Portanto, a vida vira um carrossel de ilusões materiais, uma corrida por aquisição de bens mundanos, enquanto se toma remédios para dormir, para emagrecer, para ansiedade, para compulsões, etc. Poque não se sabe onde está o maior tesouro da vida, o próprio ser do espírito.
Destarte, as criaturas realmente têm pressa para acumular dinheiro, adoecendo o corpo e a mente, tornando-se vítimas do tempo, em vez de fazer dele um aliado. Porém, a alma atrai aquilo de que ela necessita para ser atendida, ou seja, doenças, situações difíceis e desafiadoras, objetivando um despertar e uma mudança na maneira de enxergar a vida, isto é, com um olhar além do visível.
Você também pode gostar
Logo, percebe-se a essencialidade de prestarmos mais atenção ao que diz respeito a alma, pois com pressa e automaticidade, ninguém consegue enxergar-se, sentir-se e conhecer-se, para que o desacelerar ocorra não por uma tragédia e sim pelo entendimento de que o tempo é submisso a nossa mente, ao nosso modo de viver e não nós a ele. Já que o terráqueo não tem poder sobre nada, a não ser sobre o próprio espírito e as próprias escolhas.
